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Pov Miranda

Aquele calor e peso sobre mim, me era deveras muito estranho, me mexo um pouco, incomoda pelo que me limitava os movimentos e abro os olhos lentamente, a primeiro momento estranho completamente o ambiente, alguns segundos depois me recordo de onde estou e com quem estou, Andrea estava com a cabeça afundada em meu pescoço, sua respiração estava cadenciada, seu braço em volta de mim e suas pernas enroscada na minha. - O que está acontecendo comigo? - Questionei mentalmente, como consigui dormi bem com aquela garota colada em mim? Impossível!

Com cuidado tirei seu braço de mim, e tentei escorrer para fora da cama sem acordá-la, depois algumas tentativas, consegui, me cobri com roupão e antes de sair olhei para ela deitada ali, nua, boca entre aberta, lábios mais volumosos que o habitual, cabelo bagunçado, suas coxas haviam marcas das minhas unhas, suas nadegas alguns vermelhos, provavelmente ficaria roxo. Passo a mão na nuca e suspiro lembrando da nossa noite, sinto um frio na barriga ao ver as imagens na minha memória da Andrea de quatro apoios enquanto eu a penetro com meus dedos e puxo seus cabelos, batia em sua bunda ela me olhava com desejo. Balancei a cabeça tentando dissipar aquilo, não era hora. O que estava acontecendo comigo?

Sai em direção a cozinha, segunda vez que estava pisando naquele ambiente apesar de ter vivido uma vida nessa casa. Nunca fiquei sem empregados, e literalmente ela foi escolhida com alguns toques meus repassada pela decoradora. Mas, cá estou eu, sem empregados e tendo que relembrar como se faz um café,  sorriu de mim mesma.

Depois de esperar o café ficar pronto na máquina, pego uma xícara e me sirvo do meu combustível, levo até a boca e realmente não saiu ruim como imaginava que seria, olho para um ponto qualquer e volto os pensamentos naquela garota que estava nua no meu quarto de hóspedes. O que vai ser depois desse final? Como vai ser na Runway? O que me aconteceria se alguém descobrissem? Eu não posso, não devo continuar alimentando...

- Bom dia! - Ela me tira dos pensamentos, me abraçando por trás.

Aquele contato que eu jamais aceitaria de ninguém com exceção das minhas filhas, ela o fazia e eu não sei porquê eu deixava. Senti um beijo casto em minha nuca, o que fez me arrepiar. Andrea com certeza me deixava vulnerável e isso não era bom. Ser vulnerável nunca era bom!

- Bom dia, Andreah!- Proferi com a voz rouca.

Me virei para ela e nos encaramos por tempo demais, seus olhos estavam brilhantes, e meu coração estava em paz, uma paz que eu não nunca havia sentido com ninguém, engoli em seco e deaviei o olhar perguntando se ela queria café, ela fez uma careta e disse que faria um café da manhã para a gente comer, e antes disso, ela se aproximou ainda mais e colocou seus lábios aos meus.

- Gosto do gosto do café vindo da sua boca.- Ela sussurrou e voltou a me beijar e eu passivamente deixei.

Ela se afastou lentamente e mais uma vez prendeu seus olhos aos meus. Aquilo definitivamente não era só um final de semana de sexo, e poderia ser a ruina tanto minha quanto dela. Provavelmente ela sairia machucada e eu arruinada profissionalmente.
Será apenas aquele final e nuca mais.

- Vou tomar um banho, fique a vontade.

Ela concordou com a cabeça e eu me afastei ouvindo ela cantarolar enquanto pegava as coisas, sorri, era boa aquela sensação que essa bobagem me causava, balancei a cabeça em negação e por fim consegui sair da cozinha.

Olhei para toda extensão do meu quarto e sorri mais uma vez, nunca senti como se aquele quarto fosse de um casal, e sim apenas meu com um intruso, entretanto fechando os olhos e me recordando do quarto de hóspedes, me senti mais familiarizado que o meu próprio quarto.

-Isso não tem como dar certo, Miranda. - Minha razão tentava me alertar.

- Só esse final de semana eu passo um borracha em tudo e sigo minha vida normalmente. - Sussurrei para mim mesma, bloqueando aquelas preocupações antecipadas e segui para o banheiro.

Desejo Latente (Mirandy) Where stories live. Discover now