Our First Night

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Ela é uma daquelas garotas que nunca precisam fazer o menor esforço para que os homens se apaixonem por elas. Dois tipos de homens raramente fazem: os homens maçantes geralmente têm medo de sua esperteza e os intelectuais geralmente têm medo de sua beleza. 

F. Scott Fitzgerald

Sábado . 01/02/2018

Já se passava da meia-noite e eu me encontrava enfeitiçado pelo seu corpo e seus movimentos, toda multidão em sua volta parecia irrelevante, talvez eu estivesse a colocando sob um pedestal, mas não me importava, não é como se eu fosse ter uma chance com ela, ainda mais após nossa desavença. Entretanto, de acordo com a Discovery News, pesquisadores descobriram que se apaixonar tem um efeito semelhante ao de usar cocaína: o cérebro libera vários químicos que induzem a pessoa à euforia, como a dopamina, a oxitocina, a adrenalina e a vasopressina: Eu me sentia extasiado em relação a ela.

- Com licença, Dan vamos pegar outra bebida. - Eu não escuto de fato seu mandado, apenas sigo Harry. - O que aconteceu? Você ficou paralisado desde que a garota entrou?

- Eu a conheço, Harry.

- O que? Como a conhece? - Nós nos sentamos em uma mesa ao lado do banheiro feminino.

- Nós debatemos sobre o sino em cima da porta da minha cafeteria predileta.

- O que?! Isso não faz sentido, parceiro.

- Depois eu te explico, agora eu preciso tomar algo mais forte. - Respiro fundo e bagunço os fios escuros sob minha cabeça.

- Tudo bem, vou te trazer algo. - Meu amigo diz percebendo que só assim eu me acalmaria. - Vodka ou rum?

- O que você acha? - Ele assente.

Sou deixado sozinho por alguns minutos dessa vez, respiro profundamente e me pergunto o que havia de tão especial naquela garota. Eu não sou alguém com muitas historias românticas para contar, pelo menos não tanto quanto eu gostaria todas as mulheres com quem já fiquei acabaram por tornarem-se minhas amigas ou términos amenos. Talvez eu só estivesse um pouco carente, de qualquer forma ainda tinha um acordo com Emma de que se continuarmos sozinhos até os quarenta, nos casaremos.

O único problema é que Emma, minha melhor amiga, continua a morar em Londres, logo não tenho certeza que nosso acordo será mantido caso as circunstancias sejam as mesmas. Antes que eu possa continuar a me perder em devaneios, a famosa dona dos olhos claros passa por mim para ir ao banheiro, consigo vem uma garota com características orientais. Suas risadas indicavam que já haviam tomado álcool o suficiente e que também tinham um grau de amizade notável, mas eu não era um grande detetive, suas pulseiras idênticas as entregavam.

- Ei, você por aqui? - Ela diz risonha e então vejo que ela tinha me reconhecido. - Não te imaginaria em um lugar desses.

- Não estou certo de que isso é um elogio. - Ela enruga o nariz e sorri de lado.

- Está mais para uma constatação. - Ela cochicha algo para amiga que se vai, enquanto isso a vejo se sentar a minha frente.

- Você...? - Ela me interrompe.

- Acho que ainda não fomos propriamente apresentados, sou Alex. - Ela estende a mão. - Alexandra na verdade, porém pode me chamar de Alex.

- Daniel. - Apertamos as mãos.

- Então Daniel, nunca te vi aqui e venho quase todas sextas. - Ela tem uma feição pensativa no momento. - O que faz aqui nesse fatídico dia?

- Você não precisa falar corretamente, pelo menos não como eu, caso seja o que pretende. - Ela faz a mesma coisa com o nariz.

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