Pretty Woman (G!P) Mirandy CONCLUÍDA

PW- Anos depois-Eu lembro de cada detalhe

O tesão instalado entre as duas era visível. Matavam a saudade das semanas que estavam afastadas, ambas agarrando-se, sentindo a temperatura subir. Quando um gemido escapa da boca de Miranda, como se fosse um botão de alerta, o corpo de Andrea se afasta.
Andrea- Ah meu deus.
Miranda- Andrea...
Andrea- Eu preciso ir embora.
Miranda- Não. Espera, eu...
Andrea abaixa o olhar e vê Miranda ereta.
Andrea- Eu preciso ir embora.
Miranda- Andrea, não vai embora. Vamos conversar.
Andrea dá as costas e sai apressada
Miranda estava com sua respiração descompassada, confusa com o que tinha acabado de acontecer. Mas um sorriso brota em seus lábios.

—PW—

No outro dia, Miranda estava dormindo quando sente a cama afundando.
Miranda- O que você quer?
Caroline- Bom dia, pai
Mesmo com os olhos fechados, Miranda imagina a cara deslavada da filha! Conhece todos os traços de sua filha e sabe que quando ela a chamava de pai daquela maneira, era uma espécie de defesa, mas geralmente um sinal de bandeira branca.
Miranda- Me deixa dormir
Caroline- Ah qual é? Eu trouxe até café da manhã na cama!
Miranda- Vai embora!
Caroline- Mãe, por favor
Mesmo sonolenta, Miranda se vira e encontra a filha com uma bandeja repleta das coisas que ela gosta e uma rosa na mão.
Miranda senta-se recostada na cabeceira e encara a filha.
Caroline entrega a rosa a mãe que a pega, porém não demonstra qualquer reação.
Caroline- Trouxe tudo que você gosta.
Coloca a bandeja no colo da mãe.
Miranda- Acha que vai me comprar com uma rosa e comida?
Caroline- E se eu te fizer uma massagem nos pés?
Miranda encara a filha com um olhar friamente sério.
Caroline- Olha, eu sei que pisei na bola! Ok? Eu entendi. Essa rosa e a bandeja é um pedido de desculpas! Sei que você e a mamãe estão passando por um momento muito delicado e eu piorei as coisas! Me perdoa, mãe! Eu vou tentar me comportar.
Miranda- Não quero tentativas, Caroline. Quero resultados concretos. Não consigo compreender o que está acontecendo com você.
Caroline- Eu também não. É que me parece apenas diversão.
Miranda- Deixa de ser diversão quando isso se torna um vício. Onde encontrou aquela criatura sombria de ontem? Num cemitério?
Caroline- Numa boate.
Miranda- Olha, eu não quero que você pare de se divertir. Mas não quero que você se torne uma devassa. Sua mãe e eu estamos realmente preocupadas. Querida, você é linda, tem uma posição invejável numa das maiores empresas do país. Tem uma situação financeira desejada.
Caroline- Eu sei disso
Miranda- Tire férias. Vá viajar por alguns dias. Acho que a empresa está sobrecarregando você.
Caroline- Não. Não é isso.
Miranda- Não é sobrecarga? Então o que é?
Caroline- Acho que também quero alguém.
Miranda- O quê?
Caroline- Eu quero encontrar alguém que acorde mal humorada ao meu lado, ou que me incentive a chegar mais cedo em casa...Quero alguém que me beije quando eu for trabalhar. Acho que quero discutir com alguém sobre qual restaurante vamos jantar porque tem a melhor sobremesa...Entende?
Miranda finalmente entende que sua filha queria amor. Caroline e Cassidy presenciava esse tipo de discussão entre as mães.
Miranda- Filha, olhe bem pra mim.
Caroline a encara.
Miranda- Você quer encontrar alguém especial, isso eu posso compreender, mas não vai conseguir se continuar com esse desespero todo. Encontrar alguém especial é um objetivo extraordinariamente árduo as vezes. Como quer encontrar alguém se antes de conhecer você as leva pra o meu escritório ou pra o sofá ou pra o motel?
Caroline sorri em desaprovação de si mesma.
Miranda- Não vai conhecer a pessoa através de um orgasmo, Caroline.
Caroline- Eu sei.
Miranda- Reveja seu conceito de conhecer as pessoas. Sua mãe e eu transamos na primeira noite e...
Caroline- Oh merda, mãe. Eu não quero saber disso.
Miranda- Não banque a puritana. Andrea pegou você e sua parceira no meu escritório, que aliás será desinfetado hoje.
As duas riem.
Miranda- O ponto é que, mesmo tendo relações com ela no mesmo dia, me apaixonei pela sua mãe dois ou três dias depois que estávamos juntas porque nós nos permitimos nos conhecer.
Caroline sorri.
Miranda- Entendeu?
Caroline- Entendi.
Miranda- Ótimo. Dessa vez, abrirei mão da consulta a um especialista, mas se houver uma próxima vez, eu não terei opção a não ser internar você numa clínica de reabilitação.
Caroline engole a seco quando percebe a seriedade nas palavras de sua mãe.
Miranda- Você chegou ao limite da bebida. Não deixarei que esteja destruída para tentar consertá-la, estamos entendidas?
Caroline- Sim, mamãe.
Miranda- Ótimo!
Caroline- Bom, vou deixar você tomar seu café sossegada.
Miranda apenas concorda e come um pedaço de torrada.
Da porta, Caroline para.
Miranda- O que há?
Caroline- Eu sinto muito
Miranda- Eu sei.
Caroline- E sinto muito por você e a mamãe estarem nessa situação.
Miranda- Bom, ao menos essa situação me rendeu um beijo.
Caroline- O quê?
Caroline estava boquiaberta.
Caroline- Ah, Priestly, minha garota. Parece que a sua noite foi melhor que a minha.
Miranda- Sai daqui.
Acerta a filha com a torrada, que gargalha.
Miranda- Vai limpar meu escritório.
Caroline sai rindo.