PW- Anos depois- Ainda tenho uma chance

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Andrea- Eu não devia ter contado as gêmeas onde eu estava.
Miranda- Podemos conversar?
Andrea- O que você quer?
Miranda- Eu posso entrar?
Ela cruza os braços e me encara.
Miranda- Trouxe um lanche pra você.

Ergo a sacola do restaurante favorito dela, mas Andrea não reage.

Miranda- Por favor, Andrea.

Ela dá as costas e eu entendo como um sinal positivo. Entro e vejo ao redor que não havia quase mobília.

Miranda- Não tem móveis...Quer dizer que é algo provisório e eu ainda tenho uma chance?

Coloco a sacola com o lanche em cima da bancada da cozinha.

Andrea- O que você quer, Miranda?
Miranda- Pedir desculpas.
Andrea- Não precisava ter vindo aqui para me pedir desculpas. Por que não me enviou uma mensagem? Não era assim que nos comunicávamos ultimamente?

Uma patada

Andrea- Vindo aqui acaba com a sua excelente técnica de afastamento.

Outra patada.
Andrea- Não acha?

Miranda- Eu mereço

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Miranda- Eu mereço. Na verdade, eu mereço muito mais. Eu sei que você está muito magoada comigo e com toda razão, mas...
Andrea- Não tem MAS, Miranda. Eu estou realmente muito magoada com você e ponto final. Não é de hoje. Nós nos afastamos por sua causa. Não me admiraria ter a certeza das suas amantes.
Miranda- Ai, pelo amor de deus. Eu não tinha cabeça para transar com você, acha que eu teria para transar com uma estranha?

Andrea me encara ainda mais furiosa.

Miranda- Não...Espera...Não era isso...Não...
Andrea- Vai embora, Miranda.

Miranda- Espera...Eu fiquei nervosa. Espera.
Andrea- Me diga logo o que você quer e vai embora. Estou cansada.
Miranda- Andrea, eu posso ter sido ausente, ter sido grosseira e ter te afastado em diversas ocasiões, mas eu jamais tocaria em outra mulher que não fosse você.
Andrea- Ah claro.
Miranda- Andrea, eu não minto para você. Desde a nossa primeira vez, eu jamais estive com outra pessoa e você sabe disso.
Andrea- Sei?
Miranda- Andrea, assim você me ofende.

Andrea ri e eu noto a ironia

Miranda- Eu sei. Estou sendo hipócrita sobre quem ofendeu quem, mas por favor acredite em mim. Eu nunca traí você.
Andrea- Traição não é apenas ir para cama com outra pessoa, Miranda. Vai muito além disso.
Miranda- Mas...
Andrea- Já terminou de falar o que queria? Preciso me arrumar para ir ao médico.
Miranda- O que aconteceu? É algo com o bebê?
Andrea- Não
Miranda- Está indo em qual médico?
Andrea- Para com isso. Não é da sua conta em qual o médico eu irei.
Miranda- Eu sou sua esposa. Tenho direito de...
Andrea- Você perdeu o seu direito quando gritou na minha cara que essa gravidez não era desejada por você.
Miranda- E era desejada por você?
Andrea- Não foi um planejamento, Miranda. Eu também serei avó, esqueceu? Eu sei exatamente a idade que eu tenho. Eu não deixei acontecer de propósito ou planejei que engravidar agora. Acha que por algum momento eu pensei: ' Ah, meu casamento está num mar de fracassos, estou numa idade complicada e serei avó em breve. Acho que é a hora perfeita para engravidar'?

Eu sentia o rancor dela a cada palavra.

Andrea- Aconteceu um deslize que eu jamais acreditei que aconteceria nesse momento da minha vida, mas em nenhum momento eu encarei meu bebê como um erro. Da mesma forma que não encarei a gravidez das gêmeas como um erro. Pelo contrário: Eu tenho filhas extraordinárias e isso é uma das minhas maiores alegrias. Sempre tive a certeza que elas foram a melhor benção que já me aconteceu.
Miranda- Eu também tive essa certeza, Andrea. É obvio que esse bebê também é uma benção! Eu quero muito esse bebê.
Andrea- Ah. Seu comportamento deixou isso bem óbvio.
Miranda- Essa criança...
Andrea- Esse bebê é meu, Miranda. Minha responsabilidade.
Miranda- É nossa responsabilidade. Você não a fez sozinha, estamos juntas nessa nova jornada.

Andrea solta uma gargalhada.

Miranda- Andrea, eu estou falando sério.
Andrea- Tem certeza? Porque me pareceu uma piada.
Miranda- Meu amor, me escuta.
Andrea- Miranda, se você já acabou...
Miranda- Eu não acabei. Você não quer me ouvir.
Andrea- Tem razão. Não quero! Agora, por favor, vá embora!

Dou um passo em direção a minha esposa, mas ela recua.

Miranda-Andrea, por favor!
Andrea- Nossos problemas não se resumem ao seu surto quando descobrimos sobre a gravidez, Miranda, e você sabe muito bem disso!
Miranda- Então vamos conversar para resolver tudo. Eu sei que errei muito com você e eu quero consertar as coisas.
Andrea- Algumas coisas não tem conserto, concorda?

O celular dela toca e ela se afasta para atender.

Andrea- Oi. Não. Não precisa vir me buscar...Tudo bem. Nos encontramos lá. Muito obrigada, beijos.

Desliga o telefone com um sorriso no rosto e aquilo me deixa intrigada.

Miranda- Quem era?
Andrea- Não é da sua conta.
Miranda- Se vai ao médico, não acha que a outra mãe do bebê deveria acompanhar você?
Andrea- Não, não acho. Agora, por favor, saia.
Miranda- Quem vai te acompanhar, Andrea?

Eu a encaro por alguns segundos, enquanto ela segura a porta agora aberta.

Andrea- Saia, Miranda. E não venha mais aqui sem me ligar antes.

Me dou por vencida e sigo até porta.
Passo para o corredor e ela me encara.

Andrea- Você falou sobre a ausência dos móveis serem um bom indício para ser algo provisório.

Eu a encaro.

Andrea- Meus móveis chegarão amanhã.

Fecha a porta na minha cara ao mesmo tempo que quebra o meu coração.
Como eu posso ser tão imbecil? Será que perdi mesmo a mulher da minha vida?

—PW—

E assim duas semanas passaram.
Com ajuda das gêmeas eu me mantinha atenta a tudo que acontecia com ela, mas não é suficiente para mim. Estar longe de Andrea está me destruindo.
Chego ao apartamento depois de mais um dia exaustivo de trabalho e, antes que eu pudesse tirar meus saltos, o meu telefone dispara.

Miranda- Alô
Caroline- Mãe...
Escuto a voz engasgada da minha filha e ao fundo um barulho alto de uma sirene de ambulância.

Miranda- O que...O que aconteceu?
Caroline- É a mamãe...
Miranda- Meu deus. O que aconteceu com a Andrea?
Caroline- Estamos indo para o Presbyterian.
Miranda- Eu chegarei em alguns minutos.

Saio desesperada e imploro ao motorista que me leve ao hospital o mais rápido possível

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Saio desesperada e imploro ao motorista que me leve ao hospital o mais rápido possível. Claro que para mim a viagem parece durar um século.
Chego às pressas e logo encontro Caroline no corredor.

Caroline- Mãe.

Ela me abraça com força.

Caroline- Que bom que você chegou.
Miranda- O que aconteceu?
Caroline- Estávamos jantando e ela estava se divertindo. Brincando sobre a minha solteirice e de repente ela ficou pálida e disse que estava sentindo dor...E começou a gritar...E...
Miranda- Ela sangrou?

Caroline me encara

Miranda- Caroline, Andrea sangrou?

Minha filha confirma e eu sinto meu coração doer.

Pretty Woman (G!P) Mirandy CONCLUÍDADonde viven las historias. Descúbrelo ahora