Entrando em acordo.

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Adam voltou para Washington hoje de manha e eu já sinto um vazio dentro de mim tenho que me acostumar que nós só ficaremos juntos aos finais de semana mais será que agüento até lá?

Preciso de uma estratégia para conviver com o Jake na empresa não quero ele misturando as coisas estarei lá exclusivamente para ajudar o pai dele. Ainda borbulha em minha cabeça aquela historia de que ele não vai desistir, mal sabe ele que isso aconteceu no dia em que ele aceitou tudo o que aquela magricela fizera a mim.

Talvez se entrássemos em um acordo de boa convivência tudo sairia bem, mas será que ele aceitara minhas condições?

Volto para casa pra me arrumar para o primeiro dia como dona da Matarazzo e Hutchman construtora só de lembrar tudo o que aconteceu ontem já me embrulha o estomago as coisas realmente saíram do controle, mas no fundo ela mereceu quem sabe assim ela não cresce e deixa de ser mimada.

Converso um pouco com meu pai até dar o horário para ir à empresa.

— Você esta bem em enfrentar eles sozinha?- pergunta pensativo.

— Claro pai, sei que tudo dará certo.

— Precisando de mim e só me ligar esta bem?

— Sim pai, ligarei se eu precisar.

Chegando a empresa vejo vários trabalhadores me encarando e uma sensação muito estranha normalmente que assumia as empresas e o Adam mais ele já trabalha em duas em Washington e ter que ficar vindo até aqui será muito fora de mão e sairia mais caro. Talvez eles estejam surpresos por ver uma mulher aqui. Não vejo o Sr. James e nem o Jake em lugar nenhum não devem ter chego ainda.

Já na minha sala que é muito espaçosa começo a arrumar minhas coisas em cima da mesa e pretendo já começar a dar andamento nas obras que já estão com contratos assinados. Escuto baterem na porta.

— Pode entrar.

Vejo uma cabeleira negra e um par de olhos azuis aparecerem na porta e já sinto meu corpo esquentar, respire fundo Elle.

— Bom dia Senhora Presidenta. - diz Jake todo sorridente.

Será que eu consigo ser imune a isso?

— Bom dia. - respondo sentindo o coração sai pela boca.

Ele entra e vejo que esta com uma camisa social azul marinho e calça jeans preta. O meu Deus precisava usar roupas de caimento tão perfeito assim?

— Vim te dar boas vindas à empresa e te entregar estas flores.

Rosas vermelhas como sempre, já posso chorar?

— Obrigada Jake elas são lindas. - sorrio timidamente.

Sinto sua mão em meu rosto, prendo o ar ao sentir seu toque em minha face, fecho os olhos para aproveitar a sensação de sua palma quente, volte a si Elle meu subconsciente grita. Afasto-me rapidamente dele antes que eu faça alguma besteira que não possa consertar.

— Precisamos estabelecer algumas coisas entre nós. - digo exasperada.

Ele coloca as mãos no bolso e olha para mim com a testa franzida.

— Como assim?

E melhor eu colocar tudo para fora de uma vez.

— Eu estou aqui para ajudar seu pai Jake e não pra relembrar o passado, o que passou já foi e acho melhor tentarmos sermos amigos ou colegas de trabalho que tem uma boa convivência se não isso tudo virara um inferno para ambos. - digo rapidamente.

Respiro fundo pra tentar acalmar meus nervos.

— Eu não acho que o que a gente teve esteja no passado e concordo em termos uma boa convivência.

— Até quando você vai ficar achando que a gente ainda pode ficar juntos Jake?- pergunta exasperada.

— Eu nunca irei desistir Elle vou te provar que quem deve estar ao seu lado sou eu. Eu era um adolescente quando tudo aconteceu e eu me arrependo até hoje por não ter me posicionado naquele momento em que a Alicia te humilhava. Eu não sabia o que fazer tudo aconteceu tão rápido que...

Levanto minha mão eu não agüento ouvir mais nada.

— Não quero saber suas razões Jake como eu disse o que esta no passado ficara lá.

Ele me olha tristemente e corta meu coração mais um pouco porque ainda dói depois de tanto tempo.

— Precisamos estabelecer um acordo que seria não tocar mais neste assunto em nenhum momento, só nos falarmos quando necessário e que você mantenha sua noiva longe daqui.

— Tudo bem. - diz se virando para sair da minha sala.

Arrependimento me bate assim que ele sai e corro atrás dele.

— Jake. -o chamo quando o alcanço.

Ele se vira e olha pra mim parecendo surpreso.

— A gente poderia tentar sermos amigos?

Vejo seus olhos mudarem e adquirir um brilho.

— Podemos, vou gostar muito de ser seu amigo.

Estendo a mão para ele que aperta a minha sinto aquela energia passando pelo meu corpo percebo que ele também sente.

— Poderíamos almoçar juntos?

— Jake são oito horas da manha. - digo rindo.

— Não custa tentar né?- diz sorrindo lindamente.

— Vamos ver como vai transcorrer o manha e te falo ta bom?

— ok, ficarei esperando.

Despeço-me e volto a minha sala pensando que talvez não seja uma má ideia tentarmos sermos amigos, só espero que de certo.

A manha passa rapidamente quando vejo já e quase uma da tarde, os contratos estava uma loucura alguns atrasados e outros com clausuras quebradas para arrecadar mais dinheiro Sr. Martin queria mesmo quebrar a empresa.

Meu estomago ronca alto e coloco a mão em cima dele.

— Calma bebe daqui a pouco mamãe te da comida - digo e passo a mão pelo meu estomago.

— Você esta grávida?- pergunta Jake parado na porta do meu escritório.

Pulo da cadeira ao assustar com a voz dele. Olho com cara feia para ele.

— Sabe não é legal assustar as pessoas assim. - digo o fuzilando com o olhar.

— Você não me respondeu!- diz parecendo nervoso.

— Não Jake, eu não estou grávida. - diz exasperada.

Ele parece relaxar com a minha resposta, é talvez não seja uma boa idéia sermos amigos.

Caminhos CruzadosWhere stories live. Discover now