Cartas na mesa-part-2

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Seu polegar toca meu lábio inferior com delicadeza e vejo uma vontade voraz de me morder em seus olhos de anjo, mais que parecia um capetinha por me fazendo esperar para senti-lo tocar seus lábios no meu como se tivesse medo que aquilo não fosse real.

Se isso fosse um sonho eu não queria acordar, senti-lo assim era mais do que eu havia sonhado desde o dia em que vi o Jake ele tinha se tornado um tormento em meus sonhos... Com aquele jeito de menino, com sorriso frouxo, ele tem a mania de falar olhando nos olhos da gente isso faz meu corpo sempre se arrepiar, mesmo que na maioria das vezes que ele se dirigiu há mim o assunto não era nada agradável, mas como ele disse essa era à forma dele de chamar a minha atenção mesmo de uma forma meio babaca de ser.

A pressão que os lábios dele fazia nos meus me fizeram levitar e me sentir flutuando iguais aqueles astronautas que fazem treinamento na câmara com zero de gravidade, seus dedos massageando o meu coro cabeludo me fazem-me sentir mais relaxada e perco a tensão de toda aquela conversa que estávamos tendo.

Depois de alguns minutos ele interrompe o beijo já sorrindo daquele jeito que só ele sabe.

— Mais doce do que eu imaginava. - diz rouco e recuperando o fôlego.

— Bobo. –digo envergonhada com o que disse.

— Acho que já estou viciado, não vou conseguir ficar longe de você depois que descobri o quanto é bom seus lábios nos meus. – diz acariciando meu queixo e com o rosto ainda perto do meu.

— Não precisa ficar longe de mim. –Digo com a esperança em meu coração de que nós fiquemos juntos.

O garçom aparece e quebra todo o clima que estava entre-nos, ele se distancia de mim e se alinha em sua cadeira como se nada houvessem acontecido, homens adoram disfarçar quando estão em um momento romântico.

Conversamos enquanto comemos e ele me conta que é filho único como eu, que sonha em ser um jogador de futebol ou um grande medico que seus pais não são muitos de dar amor e ele sempre esteve sozinho, fiquei com pena dele, mas graças a Deus meus pais preferem perder o emprego a deixar de passar um tempo comigo.

Conto que estava com medo de vir para cá por não conhecer ninguém e não é fácil refazer o circulo de amizades depois de certa idade, contei o que o ex-amigo do meu pai nós fez passar com toda a falcatrua que armou, e expliquei porque sou tão retraída e não confio em todo mundo de primeira.

— Nunca passei por isso mais deve ser uma barra você ver seu mundo desmoronar e ter que se refazer do zero em um lugar totalmente diferente onde não se conhece ninguém.

— É horrível, mas eu fui forte pelos meus pais.

— Mais com tanta gente aqui em Atlanta você foi fazer amizade com Mattews Collins?

Solto uma gargalhada já percebi que ele não gosto do Matt e morre de ciúmes dele.

— Há o Matt foi o primeiro a falar comigo, sem dizer que ele é meu vizinho então uma coisa puxou a outra e eu gosto muito dele e da família dele.

Jake solta uma bufada parecendo muito exasperado só porque disse que gosto muito do Matt bobinho.

— Não confio nas intenções dele para com você!- diz me encarando com a cara fechada.

Reviro os olhos com o que ele diz sobre o Matt gostar de mim.

— Para de ser paranóico entre mim e o Matt só existe amizade, ele e louco pela Lizandra que faz aula de artes comigo. - digo tentando fazê-lo entender que eu gosto dele e não do Matt.

— Sei vou ficar de olho nele.

Dou uma mordida em sua bochecha lhe fazendo sorrir de novo e esquecendo essa teoria boba de que o Matt gosta de mim, só na cabeça oca do Jake mesmo.

Caminhos CruzadosWhere stories live. Discover now