(0.2) ㅡ De volta para casa

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      O orgulho sempre está ao meu lado. O que acontece quando você deixa de fazer algo por puro orgulho?  Bom, a minha resposta para essa pergunta é bem simples: você se arrepende. No meu caso, eu realmente me arrependo de não fazer algo que eu queria tanto, por conta do famoso 'egoísmo' e 'orgulho'.

     Era para eu ter ido para Fernandópolis na semana passada, mas eu — Elizabeth, resolvi ficar remoendo o fato de eu ser a "filhinha ruim" e chorando por uns três dias. 

    Tomei vergonha na cara e decidi pedir minhas férias imediatamente para poder ir até a casa dos meus pais e também rever meu namorado — o Aron. Ele estava diferente comigo, não me tratava mais como sua namorada e muito menos me ligava quando eu estava livre (como ele fazia a duas semanas atrás).

    Sigo em direção a cafeteria e pego a estrada novamente para ir ao trabalho. Chegando, encontro minha colega, a Marina.

— Bom dia, Mari. Como está se sentindo hoje? — entrego seu café do dia.

— Bom dia Beth, estou bem, obrigada pelo café. Ahn, você já se decidiu se vai de uma vez para Fernandópolis?

— Então amiga, depois de alguns dias remoendo, irei sim. Vou tentar pedir férias hoje — dou um leve sorriso de esperança.

— Boa sorte! — ela sorri também — E o seu namorado, o Aron? Ele vem te respondendo?

— Não. Já tentei ligar, mandar mensagem e nada. Até desisti, esse menino está aprontando alguma coisa...

— Liza, não fique assim... deve ter acontecido alguma coisa, você ainda não sabe.

    A realidade é que a Marina tem a absoluta razão, eu não posso simplesmente sair julgando o Aron por conta de não me responder. Ele pode estar ocupado, com muitas tarefas para realizar ou até mesmo doente/cansado demais para conseguir me responder. Bom, pelo menos era o que queria acreditar que fosse.

    Assim que acabou meu horário de serviço no período da manhã, decido ir até a sala do meu chefe e conversar com ele sobre as férias. Sinto-me um pouco nervosa e com um pouco de ansiedade.

— Entra Elizabeth, o que devo a honra?

— Olá senhor Roney, estava querendo conversar sobre as minhas férias. Estou precisando ir visitar meus pais, sei que nunca pedi isso ao senhor, mas eu realmente preciso ir até a minha cidade...

— Bom, vendo como você vem se comportando ultimamente, vou te dar uma trégua e adiar suas férias. Você é uma excelente profissional, Elizabeth.

— Muito obrigada, senhor Roney. — Abro um grande sorriso.

— Você pode tirar o dia de folga e já considerar como férias para pode se organizar e arrumar as malas. Tenha um bom dia, até daqui um mês. — ele aperta minha mão e me acompanha até a porta.

— Tchau senhor Roney, obrigada novamente.

     Saio de sua sala e ando até meu escritório para pegar algumas coisas que serão úteis para a minha viagem. Marina me olha, um pouco duvidosa, querendo me perguntar alguma coisa.

— O que foi Mari?

— Como foi com o senhor Roney?

— Ele aceitou e me deu o resto do dia para organizar as malas... — Marina bate palmas e me dá um abraço de alegria pelo ocorrido.

     Termino de pegar minhas coisas, dou um beijo de despedida nela e peço um automóvel por aplicativo.

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⏰ Last updated: Jun 27, 2020 ⏰

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