5. Quando a música pede a companhia de um chapéu rosa.

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- Nah, não acho que ele faça algo assim. - Taehyung opinou. - Invadimos a casa deles, não fodemos com tudo. Aliás, não fizemos nada demais ali dentro. Ele ferrar com o nosso teste é completamente desnecessário, não há motivos para tal. O daria razão se nós tivéssemos feito alguma merda naquela casa, roubado algo ou destruído, mas não.

- Poxa, eu estou indeciso agora. Eu tenho receio de negar a ajuda e ele não me devolver meu crucifixo, mas tenho medo de aceitar e ele nos prejudicar propositalmente. - comento, brincando com a tampa de uma caneta aleatória.

- Esqueça o assunto por agora, ele chegou. - Taehyung diminuiu o tom de voz e eu assenti, concordando. - Mas quero que saiba que você tem o meu apoio para aceitar a ajuda, assim como também terá caso decida não aceitar.

Acenei positivamente e me ajeitei em minha cadeira, focando meu olhar no quadro. Minha cabeça girava e girava em relação ao assunto, embora eu fizesse de tudo para não surtar, estava quase á beira de um.

Jeon Jungkook ganhou minha atenção quando caminhou da porta até o fundo da sala, levando consigo meus suspiros de encantamento e receosos quanto á confiança que eu não tinha sobre si. Tive que passar as mãos pelos fios lisos de meu cabelo e os jogar para trás, mordendo meus lábios tão fortemente que os senti dormentes após soltá-los.

Esse garoto tem estado em meus pensamentos por mais tempo que deveria.

🍒

As horas foram gastas nos três primeiros horários maçantes de química, física e para me fazer ter um choque mental, sociologia. E mesmo que o conteúdo das matérias fossem longo e cansativo, eu perdi toda a minha linha de raciocínio em outras coisas que não acrescentariam em nada no meu boletim.

Entretanto, tinha uns momentos em que eu despertava com cutuques de Taehyung ou bolinhas de papel que sobrevoavam por toda a sala quando os caras do fundo resolviam importunar. Bem, isso durou até que Namjoon reclamasse sobre. Depois disso, não se escutou um barulho sequer na sala de aula. Arrisco a dizer que os alunos controlaram até mesmo o som de suas respirações.

Eu me lembraria de reclamar sobre isso mais tarde á Namjoon, os murmurinhos que rondavam a sala era a única coisa que ainda me mantinha desperto, e ele acabou com isso.

- Talvez um café possa te ajudar. - Hoseok comentou assim que o sinal tocou e eu me vi livre para curtir o intervalo.

- Isso não é sono, é só cansaço mental. Estava pensando em muitas abobrinhas. - respondo, juntando meu material e o deixando organizado no canto da parede. Sentar ali é a minha salvação.

- Ei, ei. - Rosé apareceu na porta de nossa sala. Sorri de lado e fui com os garotos até ela.

- Poxa, você está tão linda. - elogio, observando como o uniforme vermelho das lideres de torcida davam vida a garota de pele branca.

- Ah, valeu, Park! - ela agradeceu, sorridente e deixou um soquinho em meu ombro. - Essa jaqueta do time de basquete te deixa lindo, você está solteiro? - nós brincávamos algumas vezes com flertes, nada que pudesse acabar em algo.

- A jaqueta é minha, Jimin roubou. - Hoseok se meteu, passando o braço em volta do meu pescoço. - Ele eu não sei, mas eu estou solteiríssimo, gata. - piscou o olho para Rosé.

Segurei um riso, virando-me em direção a Taehyung que postava stories. Notei a presença do trio logo ao fundo da sala, já em pé. Arqueei as sobrancelhas e puxei Jin pelo braço, ele procurava por algo no bolso de seu casaco.

- Quadra, tudo bem? - só escutei essa parte da fala de Rosé. - Nós estamos ensaiando, gostaríamos da presença de vocês. - ela fez joia com os dois polegares.

ROCK MÁFIAWhere stories live. Discover now