Ato VII - Inimicus

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Olá, meus amores!

Finalmente trago o capítulo mais revelador até agora, que vai alimentar algumas teorias.

Me digam se o Wattpad notificou vocês, por favor. Ultimamente ele tem bugado bastante.

Sei que tudo ainda está confuso, mas é proposital. O grande plotwist do enredo não vai e nem deve ser revelado logo de cara, pois pode estragar a experiência de imersão na história.

Portanto, fiquem atentos aos detalhes e pistas para compreender o que está por vir.

Boa leitura!

Boa leitura!

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ATO 7: INIMICUS

i.ni.mi.cus substantivo masculino

1. inimigo

(...)

Washington, EUA. 2013.

Encolhida em sua dor muda, Maeve Donovan seguiu com os poucos familiares e os incontáveis amigos e sócios de seu pai que, agora, percorriam um caminho por entre túmulos e flores. Quatro homens desconhecidos - provavelmente pagos para executar tal serviço - levavam o caixão de mármore em textura sombreada.

Maeve não reagira desde que soube da morte do pai.

Depois da inesperada ligação e do anúncio feito por James na noite anterior, as notícias correram rápido, alastrando-se como um câncer.

Os mais prestigiados membros da alta sociedade de Washington deram a graça de sua presença no funeral de Benjamin Donovan. A causa da morte era simples: um ataque cardíaco.

Segundo Katherine, Benjamin havia se levantado no meio da noite em busca de um copo d'água. Descera as escadas e seguira para a cozinha. Ela estranhou sua demora e desceu minutos mais tarde para verificar se ele estava bem. Fora assim que o encontrara. Caído ao chão. Cacos de vidro partidos do copo que ele provavelmente havia segurado estavam ao seu redor, espalhados por toda parte.

Ela chamara uma ambulância e, lá mesmo, os paramédicos já lhe informaram para se preparar para o pior. Levaram-no para um hospital particular da cidade. O mais bem-conceituado de todos.

A conclusão fora rápida, clara. Não havia mais nada a ser feito.

Benjamin Donovan falecera às duas horas daquela madrugada.

As palavras dele ainda estavam presas na mente de Maeve enquanto ela caminhava lentamente, liderando todos os outros que ali estavam presentes. Uma fila que mais parecia andar no corredor da morte. Todos vestiam preto, apresentando suas condolências à jovem Sra. Braxton que acabara de perder o pai de forma tão súbita.

Maeve, por sua vez, não se importava se as pessoas realmente sentiam muito ou se estavam apenas fingindo, tentando ganhar sua amizade. Pois, era óbvio, todos estavam desejosos de sua companhia desde o dia em que se casara. Era incrível como as pessoas mudavam da água para o vinho quando o dinheiro, o poder ou somente o próprio status estavam envolvido na questão. De repente, a multidão parou.

Blasphemia | ROMANCE LÉSBICOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora