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Entraram no apartamento em silêncio. O lugar era bem mais aconchegante do que a cobertura onde o bilionário morava, os moveis eram bonitos e rústicos, uma lareira na sala, sofá aconchegante e a cozinha interligada.
- Fique a vontade, vou tomar um banho e ja volto - disse deixando suas coisas no balcão da cozinha e se dirigindo para o interior do apartamento.
Henry ficou inquieto, todo aquele lugar emanava a essência de Natasha... Foi até a estante com livros e sorriu ao notar que ela ainda guardava os exemplares que ele havia lhe dado de presente enquanto namoravam. Pegou um dos livros antigos de Romeo e Julieta e foleou encontrando sua dedicatória. Sentiu uma sensação estranha no peito, estava contente por estar ali e ter a oportunidade de passar mais um tempo com Natasha, porém toda aquela aproximação o fazia reviver coisas que forçou-se a esquecer enquanto estavam separados. Sempre foi perdidamente apaixonado por aquela mulher, mas a teimosia e o orgulho que ambos tinham sempre os fazia brigar e discordar de tudo... A unica coisa que valia a pena era o sexo de reconciliação.
- Você não gosta de livros, ou finalmente decidiu adquirir um pouco de cultura nos últimos anos? - a voz da morena o fez se virar.
Ela estava parada com um vestido simples e os cabelos úmidos, estava tão linda que o fez suspirar.
- Eu ainda não gosto, mas fui atraído pelos livros que eu te dei quando namorávamos.
Ela sorriu e se sentou no sofá.
- Eu jamais desperdiçaria um livro meu por que o romance não deu certo, presente é presente... O que importa é a minha coleção.
Ele revirou os olhos e se sentou na poltrona próximo a ela.
- Onde sua irmã está? Tentei falar com ela hoje e não consegui - comentou.
Henry respirou fundo e deixou o livro de lado.
- Fernanda está em São Petersburgo - Natasha arregalou os olhos, porém ele não a deixou falar - Você conhece minha irmã, ela colocou na cabeça que irá encontrar nosso filho antes de qualquer investigador.
- Isso não vai dar certo... Eu mesma já tentei tudo isso - disse desanimada.
Permaneceram em silêncio por um tempo, falar sobre a criança que ambos compartilhavam abria feridas que não podiam controlar.
- Seu apartamento é muito bonito - comentou para quebrar o gelo a fazendo rir.
- Obrigada, e isso está péssimo - se ajeitou novamente no sofá - Não conseguimos agir normalmente Henry, está na hora de admitir.
- Tudo bem - Ele deu de ombros - não agimos mais com jovens com hormônios a flor da pele que só sabem fazer duas coisas: Discutir e transar. Acho que posso conviver com isso.
Ela sorriu.
- O que planejou para hoje? - disse a russa sem maiores pretensões, tinha que admitir que as coisas estavam diferente entre eles e por mais absurdo que parecesse, não estava com pressa. A presença do homem que fez parte de grande parte de sua vida era reconfortante e nostálgica, a fazia sentir mais nova e sem problemas.
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Jogo do Prazer
RomanceAlto, forte, arrogante e dominador. Este era Henry Edwards, o CEO mais disputado de Londres. Capa de milhares de revistas de celebridades e empreendedorismo, tudo parecia perfeito... Mas poucos sabiam sobre o passado do bilionário, sobre as más esco...