II

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(S/n)

Boquiaberta, em choque, impressionada e, muito provavelmente, com cara de sonsa, observo quem seria o novo integrante da máfia.

— Como...? — as palavras não saiam e, ao que tudo indica, Caleb e Noah estavam como eu.

— Qual o problema com vocês três? — David franziu o cenho, enquanto Finn apenas sorria.

— Nós já conhecemos ele — Caleb comentou.

— É mesmo? — David intercalou seu olhar entre nós três e Finn.

— Ahn, sim... nos conhecemos do internato mesmo — Finn sorriu.

— Ótimo, assim já sabem como cada um é — David sorri de orelha a orelha.

Por que ele tá tão animado?

— Bem, vocês podem mostrar a casa para ele? — o olhar dele vai para Caleb.

— Eu... tenho que verificar os computadores — Caleb coça a nuca e David assentiu. Seu olhar vai para Noah.

— Preciso... ajeitar a sala de armas.

Seu olhar foi para mim e, sem nem me deixar criar uma desculpa esfarrapada igual aos dois garotos ao meu lado, David já exclama.

— Pode começar com o andar de baixo mesmo, (S/n) — ele olha para seu relógio. — Preciso ir.

Enquanto David falava sobre algo com Finn, Caleb e Noah sussurram para mim.

— Cuidado com o lobão, ovelhinha — eles riem baixinho.

— Vão a merda — bufei e revirei os olhos.

— Bom, todos as suas funções e, (S/n)... — levanto o olhar para ele, que apenas arqueia uma sobrancelha.

Por incrível que pareça, eu sempre entendia o que ele quis dizer. Poderia ser um "seja gentil", "tome juízo", "o que você fez?", esse tipo de coisa. E, para aquele momento, creio que seria um "seja gentil". Reviro os olhos e assenti. Meu pai sumiu entre um dos diversos corredores.

— O que quer ver primeiro? — me viro para o garoto em minha frente.

— Não sei praticamente nada daqui, então, estou em suas mãos — ele dá um sorrisinho de canto.

— Tá sorrindo assim por quê? — arqueio uma sobrancelha.

— Não se pode nem sorrir mais? — o sarcasmo era evidente em sua voz.

— Tá, tá, chega. Vamos logo com isso — reviro os olhos e começo com o "tour".

A cada corredor que passávamos, apenas a minha voz era ouvida, Finn não falou nada ou sequer riu. Pensei em acreditar que ele realmente levou a sério aquele comentário meu sobre seu sorriso.

— Olha, aquele comentário sobre o seu sorriso... — ele me olha — não quis dizer que você não "podia" sorrir. — faço aspas com as mãos. — Apenas estranhei o fato de um sorriso aparecer a cada cinco segundos.

— Pelo jeito que você falou isso antes e agora, parece até que não gosta de ver as pessoas sorrir — franzi o cenho.

The Boy | Finn Wolfhard |Where stories live. Discover now