Na manhã seguinte, Galileo toma café e corre para o Covil do Pombo. A polícia não conseguirá conter a ameaça que estaria na igreja, por isso decide ir sozinho e revestido com o seu arsenal de cálcio. Galileo verifica os gráficos do adversômetro em conjunto e os índices malignos apontam para o Pacheco, como o esperado. Galileo anda até o poleiro e olha fixamente para o visor vermelho do capacete, até ele se acender. O herói vira e abre os braços.

- Asas!!- grita Galileo.

As asas da Armadura do Pombo se abrem, junto com o resto da armadura e revestem o corpo de Galileo. A montagem é concluída e o herói se transforma em Coleombo, saindo do Covil do Pombo e se preparando para ilustrar o céu gonçalense.

- Para o céu! E constante!!- grita Colombo.

O herói toma impulso e ganha o céu luminoso da cidade. Coleombo aciona os circuitos de seu capacete e monitora através dos circuitos de vídeo da Igreja Evangélica do Pacheco, a mais nova ameaça. A entrada permanece intacta porque a Estrada do Pacheco é muito movimentada naquela hora da manhã. A criatura havia entrado pela lateral. Coleombo já conhece todas as entradas e será mais sorrateiro e imprevisível.

Na Igreja Evangélica do Pacheco, Lecion já havia retirado os instrumentos musicais, os computadores, o cofre e destruído o púlpito e o altar. Agora faltava a sua "assinatura", antes de deixar o local. O demônio fica de cócoras se preparando para defecar em linha reta no altar da igreja. Uma pancada violenta é desferida em seu quadril com uma vassoura, fazendo o cabo da mesma se partir e o demônio rolar em uma cambalhota, dolorido.

- Ai! Ai! Ai! Ai! Ai! Ai!- grita Lecion.

- É hora da limpeza!- diz Coleombo, jogando o cabo partido para o lado.

- Coleombo! Eu sabia que nossos caminhos iriam se cruzar um dia!- diz Lecion.

- Você me deixou empombado! Não terei pena de você!- diz Coleombo, erguendo as asas de cálcio.

- Vou cortar essas asinhas de ferro, pra você aprender a não meter o bico onde não é chamado!- diz Lecion, soprando uma rajada de fogo.

Coleombo fecha as asas em forma de escudo e corre em direção ao demônio suíno. O isolamento térmico do forro da Armadura do Pombo consegue filtrar o calor e liberá-lo através das juntas da armadura. Ao chegar próximo, as asas se abrem e Coleombo desfere um violento soco no focinho de Lecion, fazendo-o cair novamente.

Lecion se levanta enfurecido e corre de encontro ao seu oponente. O demônio suíno faz de sua imensa cabeça um aríete e derruba Coleombo, o lançando longe. O herói se levanta rápido e segura firme no longo e pesado banco da igreja. Coleombo faz todo o esforço e só consegue levantar um lado do banco. Lecion acha graça da tentativa frustrada do herói. Galileo suava dentro da armadura. Mais do que força, ele precisava de criatividade para nocautear o demônio.

- Asas!!- grita Coleombo.

As asas da armadura se abrem, dando mais equilíbrio para Coleombo. O herói faz mais esforço e consegue erguer o banco completamente, para espanto de Lecion. Coleombo gira o longo e pesado móvel subitamente, atingindo em cheio o demônio suíno e o lançando dolorido contra a parede. Lecion se levanta tonto e não tem tempo de desviar do imenso banco que desce com toda a força e velocidade em cima dele, nocauteando e apagando os seus sentidos.

Coleombo retira o banco de cima dele e o acorda com uma bofetada. Lecion vai recuperando os sentidos aos poucos, enquanto Coleombo continua batendo nele com sua luva metálica.

- Acorda, seu babaca!!- grita Coleombo.

- O que você quer?!- diz Lecion.

- Quero que vá embora daqui! E se eu vir o seu focinho estúpido em algum lugar, eu o transformarei em torresmo! Diga ao seu chefe que não irei poupá-lo também!- diz Coleombo, puxando e expulsando Lecion para fora.

O Vulcão da Vaca MalditaOnde histórias criam vida. Descubra agora