—Você deixou elas sozinhas? - Estamos voltando pra sala seguindo Krystian novamente.

— Sina não quer mais voltar Noah, se te conforta elas estão muito bem lá, são felizes eu prometo.

— Que bom que você é delicado. - Any cerra os dentes.

Noah não fala nada, anda até a o primeiro degrau da escada e se senta, Any tenta chegar perto do amigo mas ele estica o braço pedindo pra que ela recue, e ela obedece volta pra perto de mim.

— É isso então? elas saíram da nossa vida ? - Any se volta pra mim procurando uma resposta que eu não sei.

— Claro que não, a gente pode ligar, mandar mensagem ir visita- las. - Tento conforta-la.

— Vocês podem, eu nem isso. - Noah encara os proprios pés.

Me viro pra Krystian e o pego sorrindo com o canto da boca, quando percebe que eu estou olhando volta pra pose de triste.

— Krystian...

— Joshua.

—Não quer falar mais nada não?

—  Tá bom. - Ele cai na gargalhada. - Sina tá no apartamento de vocês te esperando.

Noah agora esta travado, com a maior cara de confusão que eu ja havia visto, Krys não para de ri e Any vira brava enquanto bate com uma almofada no chinês.

— Ela achou que você estaria lá, então decidiu ir direto do aeroporto. - Krys diz enquanto foge pra trás do sofá fugindo da brasileira.

— Aimê ?- Pergunto pra conferir, Sina não deixaria ela lá.

—Voltou também, vocês acham mesmo que eu seria tão malvado e deixar elas ? Assim vocês me magoam. - Ele voltou de lá mais debochado do que já era.

— Vai logo cara. - Digo pra Noah que ainda continua imóvel. - Elas estão te esperando Noah. - Desisto de insistir ele parece nem estar escutando mesmo depois de eu o chacoalhar pelo ombro.

As almofadas que Krys estava levando agora é Noah quem leva.

— Levanta dai Noah.- A morena fala entre uma batida e outra.

— Você não tá zuando com a minha cara ? - Noah encara Krys.

— Você só vai descobrir se for lá ver. - O chinês responde.

Noah sorri como não fazia a alguns dias e corre pela sala, em menos de segundos ele passa pela porta esquecendo até de fechar a mesma.

— Não se brinca com isso Krystian. - Any briga com ele.

— Foi engraçado vai dizer ? - Nós dois rimos enquanto Any lança um olhar nada amigável pro nosso lado.

— Desculpa. - Prendo a respiração pra não rir mais.

(...)

POV'S NOAH

Passo por uns dois sinais vermelhos, e levo algumas businadas mas nem se quer ligo, meu celular começa a vibrar em cima do painel do carro consigo ver pelo reflexo do vidro que é minha irmã ligando, passo o dedo na tela ignorando-a.

Estou tão empolgado que estaciono o carro na vaga do vizinho, não que faça muita diferença ele não tem carro, a vaga sempre fica vazia.

O elevador parece demorar mais que o normal, aperto o número do meu andar impaciente como se fosse acelerar o processo, o elevador para e... droga ainda estamos no terceiro andar, é Dona Mônica quem segura a porta mas não entra.

— Noah, que bom que eu te encontrei, estava indo chamar o porteiro mas você pode me ajudar.

— Eu adoraria mas estou com muita pressa.

—  É rapidinho. - Droga por não tem dois elevadores nesse prédio? era menor a chance disso acontecer.

— Chama o porteiro eu não sirvo pra nada. - Tento tirar sua mão da porta  já que é o que está me impedindo de continuar a subir.

—  É só pra trocar uma lâmpada. - A senhora insiste, juro que nas reuniões de condômino ela é muito mais legal, sempre leva seus bolos e adora cuidar da Aimê, mesmo não conseguindo nem a levantar do chão.

— Desculpa mas eu preciso ir. - Passo pelo lado dela e vou pela saída de emergência, subir mais quatro lances de escada correndo não foi a melhor das ideais considerando meu condicionamento físico.

Passo a mão pelo bolso e droga tinha esquecido a chave no carro, bato na porta até escutar barulho na fechadura pelo lado de dentro.

— Você voltou mesmo. - Meu coração tá prestes a pular do meu peito.

— Eu falei que a gente ia dar um jeito não falei? - Ela abre os braços e não penso duas vezes pra agarra- lá.

Termino de entrar no apartamento com ela pendurada no meu pescoço e suas pernas em volta da minha cintura.

Lágrimas escorrem tanto dos meus olhos quanto dos dela, não quero mais solta-la mas sou obrigado quando escuto alguém me chamar.

— Papai.

Olho pra baixo e vejo minha pequena de braços esticados esperando que eu a pegue.

Solto Sina no chão e agarro minha outra garota, num abraço tão apertado que a faz reclamar.

— Você tava com saudade do papai? - Ela balança a cabeça positivamente me encarando com aqueles olhinhos verdes quais eu senti tanta falta.

Passo um dos meus braços pelo pescoço da loira abraçando-a de novo ela ergue a cabeça e me beija. Ou tenta pelo menos por que uma certa mãozinha puxa meu rosto pro lado.

BY CHANCE/ BeauanyWhere stories live. Discover now