Capítulo 29

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Oi querides!

Como vocês estão? Espero que bem.

Eu sei, demorei para postar, mas vocês sabem meus dias andam oscilando bastante. Agradeço quem mandou mensagem perguntando como eu estava, respondo dizendo que estou tão bem esses dias que até consegui escrever. 

Obs: estava conversando com uma leitora querida RosiHenrique6 sobre os personagens e ela me deu uma ideia ótima para o avatar do Rixon (foto) Me falem o que vocês acharam da nossa ideia. Lembrando sempre que os avatares são apenas ilustrativos, vocês podem usar e abusar da imaginação para criar o Rixon particular de vocês rs

Espero que vocês gostem do capitulo. Beijinhos, não se esqueçam de usar mascaras, lavar as mãos, se protejam, quem puder se vacine. Quero todo mundo aqui para comemorar com bastante aglomeração quando essa pandemia acabar. <3 <3<3

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 s Meu skate seguia correndo pelaruas vazias do bairro, as luzes dos postes passavam como se fossem linhas brancas brilhantes, o vento batendo no meu rosto era gelado. A noite estava fria, mas eu não estava ligando muito para aquilo também. Não sei dizer se era o efeito da bebida que tinha tomado no bar com o Drew, ou se era aquele monte de pensamentos que tomavam conta da minha mente, mas minha cabeça parecia mesmo tomada por borboletas como o Eddie Vedder cantava na canção que tocava absurdamente alta nos meus fones. 

Eu estava namorando com a Sarah, tinha acabado de me aliar ao James para ajudar a tirar a Mariah de casa e meu irmão tinha ido parar na casa dos Grant. Eu não sabia o que fazer, para ser bem sincero, eu nem mesmo queria voltar para casa dos meus pais naquela noite. Não parava de pensar em como o mundo era uma coisa louca, sem sentido. Como era possível pais não gostarem dos filhos? Como era possível um irmão querer ferrar tanto com a vida do outro?  Será mesmo que no fundo aquilo era o normal? Um destruindo o outro o tempo todo por causa de cor de pele, de dinheiro, porque não acreditavam no mesmo Deus, ou por outra coisa tão estupida quanto aquilo tudo...um bando de coisa sem nenhum sentido. Qual era a dificuldade de cada um aceitar o outro do jeito que era?  "Nem tudo no mundo é ruim Rixon.  Se fosse assim, alguém como a Sarah não poderia existir." meu lado racional apontou no fundo do meu devaneio.

Eu tentei me focar naquela parte, na parte boa, na Sarah, na família dela, no Drew, nos meus poucos amigos... nem tudo era tão ruim, eu ainda conseguia encontrar alguma coisa pela qual valesse a pena estar naquele mundo maluco. Acabei trocando de musica, queria alguma coisa que me condizia mais com aquela sensação estranha que eu estava sentindo.

-"A direção do olho, tão enganosa/A desistência da alma, estonteantemente rápida/Eu não questiono nossa existência/Eu apenas questiono nossas necessidades modernas..."- eu fui cantando enquanto me focava na melhor parte da minha vida. 

Aquela musica do Pearl Jam realmente condizia com o que se passava na minha cabeça enquanto eu ia correndo de skate pelas ruas frias e vazias. Era incrivelmente triste pensar que muita gente existia para simplesmente seguir uma logica tão hipócrita, com necessidades que não tinham nada de necessário, com problemas criados sem o mínimo sentindo de existir. Afinal de contas tudo não seria mais fácil se gente como os pais da Mariah ou do James percebessem que cor de pele não mudava o fato de todo mundo morrer e apodrecer do mesmo jeito no fim da vida? Não seria mais fácil se pessoas como a dona Katherine simplesmente aceitassem que nem todo mundo era igual, que pessoas como o Franklin vivessem a vida que quisessem sem prejudicar outra pessoa? Qual era a necessidade de viver querendo dinheiro, mulheres ou status, se no fundo aquilo tudo não passava de necessidades que não preenchiam nada. Dinheiro não nos tornava imortais, a companhia de milhares de pessoas era uma solidão se nenhuma delas se importassem com você verdadeiramente ou te entendessem no seu intimo e status não passava de uma ilusão. Quantas pessoas deveriam viver com status, mas no  fim da noite choravam na solidão de casa? Por que as pessoas não se importavam com o que realmente tinha valor? Por que tinha tanta gente que não conseguia perceber que no fim a gente só leva o que se vive de verdade, o que toca no intimo e faz a gente mudar por dentro?

Sarah #Wattys2019Onde as histórias ganham vida. Descobre agora