Já tiveram um amor não correspondido?
Eu sim, passei minha infância e adolescência ao lado dela, sem expressar o que sentia.
Já tiveram um amor de infância? Aqueles inocentes, que com o passar do tempo deixa de ser?
Meu Deus, como eu amava aquela g...
Os três dias restantes da minha folga resolvermos por não fazermos coisas tão extravagante. Tivemos um dia inteiro dedicado ao cinema, assistimos de heróis aos romances. Também assistimos uma série ou outra, foi muito bom e admito que precisava disso, desse descanso pra mente.
Ficar no sofá sem fazer nada nunca foi o meu forte, mas eu precisava, então entre lutas épicas e beijos apaixonados eu apreciava suas reações, as risadas, os abraços e as lágrimas quando se emocionava, e por fim ela deitada em meu colo. E assim o dia se foi e ficamos por ali eu, ela e a TV.
No penúltimo dia fomos a um picnic, estava perfeito pra isso tinha sol, mas a temperatura estava amena. Entre conversas, lembranças e brincadeiras; percebi que sempre sentimos falta de pessoas que amamos, mas só nos damos conta do quanto ela faz diferença em nossas vidas quando ficamos longe delas. Eu amo Julia, amo demais; porém percebi que talvez não demonstrasse tanto assim. Sabia o que era sentir falta dela, contudo nunca tínhamos ficado mais de uma semana afastados e hoje percebo que depois que parou de me responder é de me ligar eu fiquei com raiva, eu podia ter ido procurar por ela e então perceberia que algo estava errado; só que eu não fui porque na minha cabeça ela já não me queria por perto e pra quem já tinha sofrido anos por um amor não correspondido sofrer mais essa dor era demais.
Dirigindo de volta pra casa eu me dei conta de que nunca lutei de verdade pelo meu sentimento por ela e isso me faz questiona que amor é esse que desiste? Sempre tive tanto medo de perde-la que me contentei em ter menos do que realmente queria. Aquela noite eu estava calado, quando ela disse que iria deitar eu fiquei na sala e acabei por dormir no sofá.
- Nick.- eu via sua imagem ao longe.- Nick- sua voz em tom baixo.- Nicolas, acorda.- abro os olhos e ela está bem a minha frente.
- Bom dia, que horas são?- me sento e passo as mãos no rosto.
- Nove.- senta ao meu lado
- Caramba, já?- sorrindo ela assente.- Vou fazer o café pra gente.
- Já fiz.- diz apontado para a mesa posta.
- Obrigada Jú.- passo a mão direita por seu pescoço e paro na nuca puxando à pra mim e lhe dando um beijo na bochecha.
- Nick?- apoiando a mão esquerda em meu braço, a direita em meu peito me afastando o suficiente para olha em meus olho.- Você está bem? Ontem chegou calado e distante, dormiu aqui. Está tudo bem?
- Sim!- olho bem fundo em seus olhos.- Só fiquei pensando que amanhã eu volto ao trabalho e você vai ficar sozinha.- acaricio seu rosto, tiro os cabelos que estão em seus ombros.
- Não se eu conseguir um trabalho.- desde que mandamos seus currículos ela está ansiosa para receber uma oportunidade de entrevista.
- Vai conseguir.- chego mais perto e a puxo para um abraço, ponho a cabeça na curva do seu pescoço aspirando o aroma de sua pele e depois deposito um beijo em seu ombro.- Vamos tomar café então?
Saímos do sofá e vamos para a mesa.
- O que pretende fazer hoje?- pergunta.
- Que tal, nada? Vamos só curtir o último dia, pode ser?
Ela diz que sim e toma um gole do líquido em sua caneca, comemos falando sobre quaisquer bobeira e o tempo passou assim, fizemos o almoço juntos, brincando como dois adolescentes; jogamos alguns jogos, assistimos televisão, comemos mais. E lá se foi nosso último dia, inteiro, juntos. Mas algumas questões ainda rodavam a minha cabeça aquela noite, enquanto ela descansava tranquilamente eu mantinha meus olhos bem abertos e focados nela. Eu não sabia o que pensar direto, só sabia que continuava com aquele medo de perder o que tinha.
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Olá, amores. Espero que gostem do capítulo ate o próximo. 💋😍
