Christian se levantou da poltrona e veio até mim, se sentando próximo a mim no colchão. Ele se aproximou e lentamente afastou o cabelo do meu rosto e acariciou a minha bochecha como se estivesse se certificando de que eu sou real. Sua mão largou o meu rosto e deslizou para trás da minha cabeça, seus dedos agarrando o meu cabelo com força. Christian jogou suas pernas sobre a cama, ao redor da minha cintura e sentou-se em mim. Seu corpo enorme não teve problemas em me imobilizar enquanto pude ver seus olhos escurecendo com pura luxúria e desejo, sua respiração ficando mais rápida.

Tensão e medo coloriram o meu rosto e Christian percebeu. Ele me apertou mais forte, aparentemente meu medo servindo de gatilho para ele.

Após o nosso nada amigável confronto e toda a carga da noite passada eu já sabia que ele não estava brincando e que matar mais um ou cem não faria diferença para ele. Se eu quisesse a minha família e amiga salvos eu teria que jogar de uma maneira diferente para não irritá-lo de forma alguma.

Seu aperto no meu cabelo ficou mais firme e ele me segurou lá, descendo a cabeça e esfregando o nariz no meu pescoço. Eu queria fechar os olhos ou virar a cabeça para demonstrar todo o meu desdém e que aquilo não estava me afetando em nada, mas a idiota em mim se deixou hipnotizar pelo olhar predatório e desejo crescente. Ele era quente, atraente, muito do meu tipo e eu não sabia a muito tempo o significado de prazer no sexo.

Os olhos cinzas, cabelos bagunçados, os lábios cheios e perfeitamente delineados e a barba por fazer foram o suficiente para um calor a muito esquecido surgir no meu âmago e se espalhar rapidamente pelo resto do meu corpo.

— Só por que eu não posso fazer nada sem o seu consentimento não significa que eu consigo me controlar perto de você, Anastasia. — ele sussurrou e seus lábios fizeram cócegas nos meus, olhos fixados um no outro.

Seu aperto no meu cabelo ficou mais duro, me puxando contra o travesseiro. Um gemido saiu da minha garganta e Christian inalou alto, mordendo o lábio inferior. Ele se moveu e colocou a perna esquerda entre as minhas e eu me contorci um pouco, sentindo seu pau - com certeza enorme - roçar contra a minha pele através do tecido chique da calça.

Desejo ferveu nas minhas veias, mas também medo desenfreado do que ele poderia fazer a seguir. Ele jurou não me forçar, mas e se ele ponderou e decidiu não esperar mais?

— Eu te quero tanto, Anastasia. Quero possuí-la, completamente. — ele pressionou mais difícil contra mim. — Quanto mais frágil e vulnerável você se mostra mais me excita e enlouquece. Eu quero te foder como ninguém nunca fez. Quero te machucar e confortar. Quero ser o último homem da sua vida.

Minha respiração falhou, um misto de desejo e pavor. Me inquietava perceber que ele seria mais complicado do que eu imaginei, mais possessivo do que eu pensei. Mas também não adiantaria lutar contra ele. Poderíamos passar os próximos oitenta e nove dias travando batalhas épicas que não me levariam a lugar nenhum. Ou talvez até levariam mas as possibilidades eram ainda mais assustadoras e dolorosas, como se eu já pudesse sentir as picadas.

Eu olhei para ele e suspirei, levantando minhas mãos lentamente e colocando sobre o travesseiro em um ato de total submissão e vulnerabilidade. Christian arfou com isso e soltou seu aperto de morte no meu cabelo e deslizou suas mãos nas minhas, entrelaçando nossos dedos juntos.

— Isso é sem dúvidas muito melhor, baby. — ele sussurrou e sorriu caloroso. — Estou feliz que está aprendendo rápido.

Dezenas de ofensas vieram à ponta da minha língua, mas eu as engoli novamente, percebendo que suas mãos estavam ameaçadoramente perto do meu pescoço.

Christian apertou seus dedos contra os meus e empurrou o quadril com mais força contra a minha boceta, a renda da calcinha criando atrito contra o meu clitóris.

Ninety Days Where stories live. Discover now