sucker ~ 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 ~

(03) taking care of cindy.

─ Não, Toni, que merd... ─ Cheryl bateu em sua boca e logo em seguida gemeu de dor, seu tapa tinha sido forte. Ela havia feito uma promessa a si mesma de que não falaria depois de se estressar e passar o dia falando palavrões ontem, porém não está dando muito certo...

─ Cheryl... ─ Fechei os olhos e me segurei para não puxar os cabelos e surtar.

Betty e ela estão a três hora tentando me explicar um exercício de matemática que o professor passou semana passada e ainda não entendi literalmente nada, se eu fosse elas já teria desistido a muito tempo atrás.

─ A convivência com a Toni tá tirando toda sua inocência, Cher. ─ Encarei a loira incrédula e vi Cheryl revirar os olhos enquanto levava um salgadinho até a boca.

─ Uhum. Devo me distanciar? ─ Ela perguntou certamente na intenção de me provocar e revirei os olhos.

─ Não! ─ Exclamei dessa vez com um tom de voz mais alto e a loira me encarou com um sorriso malicioso. Eu mereço?

Ficamos ali por mais um tempinho até que elas aceitassem que eu não conseguiria fazer a atividade e então desistissem de tentar me ajudar.

─ Você não tá fazendo esforço algum, Toni. juro, cansei de tentar. ─ Cheryl disse cruzando os braços.

─ Está dizendo que não vai mais vir aqui? ─ Betty e Cheryl estão vindo aqui em casa a duas semanas e me ajudando com as matérias, então acabou virando rotina.

─ Sim. Você vem, Betty? ─ A ruiva perguntou e a loira assentiu brincalhona.

─ Nãoooo. ─ Choraminguei enterrando minha cabeça em uma almofada que estava em meu colo.

─ Talvez com mais um pouquinho de esforço ela entenda, Cher. Não podemos desistir da Toni, eu acredito nela e sei que você também. ─ Ela alisou a nuca e Cheryl se sentou novamente na cama. Suspirei aliviada.

─ Obrigada, Betty. ─ Agradeci.

─ Betty?

─ Cheryl?

─ Antoinette? ─ Cheryl diz.

─ Cheryl?

─ Toni!

─ Cheryl. ─ Repeti.

─ Chega! ─ Ouvi Cheryl dizer.

─ Veronica. ─ A morena gritou adentrando meu quarto e foi inevitável uma gargalhada.

─ Okay, Okay, já deu. ─ Betty disse.

─ Ela já conseguiu? ─ Verônica se sentou ao meu lado e seu olhar foi diretamente a meu caderno totalmente em branco. Desviei os olhos até o chão e alisei a nuca sentindo o provável olhar incrédulo da morena.

─ Não, Veronica. Já vai fazer três horas que estamos aqui e a Toni não entende nada! ─ Cheryl se jogou para trás, caindo no colchão com seus olhos fechados e uma expressão de entediada.

Um silêncio desconfortável tomou conta do quarto por alguns minutos, até que em certo momento, em meio a todo aquele silêncio, que tive uma ideia totalmente louca.

─ Carambolas! ─ Exclamei enquanto mais idéias fluíam em minha mente e arregalei aos olhos ao perceber que tudo aquilo poderia dar certo.

─ Ninguém mais fala isso. ─ Veronica falou com uma cereja na boca e rolei os olhos.

─ Tive uma ideia... ─ Elas me olharam surpresas. ─ Mas ela é meio doida...

─ Diz. ─ Cheryl disse séria, o que me impressionou já que ela nunca queria ouvir minhas ideias malucas.