Um Gamer em Outro Mundo

Capítulo 117: Demônio em silêncio

  Reino Duria respondeu de forma diferente dos outros reinos, diante da ameaça Maoe. Invés de esconder sua força atrás dos muros da capital, o rei reuniu a força total de seu exército e o liderou para encontrar o inimigo em campo, longe de seu povo.

– Rose! – Chamou o rei, um homem velho, de barba e cabelos longos, grisalhos.

Uma mulher de armadura pesada, de cabelo loiro trançado, dona de lindos olhos castanho-claros, se aproximou.

– Meu rei?

– Nosso maior trunfo é seu esquadrão. Não me decepcione.

– Os grifos estão preparados e meus cavaleiros confiantes. Lhe traremos a vitória, ou não retornaremos.

O rei assentiu, voltando a encarar a floresta mais adiante. Nuvens negras com raios vermelhos tornavam o dia ensolarado, em escuridão. Como um eclipse.

– Cavalaria, espadas! – Ordenou o rei quando os primeiros inimigos surgiram, saindo da floresta.

– Espadas! Preparar para carga! – repetiu o comandante da cavalaria, com as espadas irrompendo em chamas ao deixarem a bainha, sendo espadas encantadas com runas de fogo de alto nível – Estejam prontos!! – O comandante olhou para o rei, esperando a ordem.

Os números do inimigo foram aumentando mais e mais, até que viram pairando no céu, uma Rainha Maoe. Cherry.

– Humanos, sempre tão apegados a lutas inúteis e a sua esperança falsa. – Comentou ela consigo.

O rei ergueu a mão.

– Trabucos! Disparar!

– Disparar!! – Repetiu o capitão, com grandes jarros redondos de óleo, cobertos por palha banhada em óleo, sendo acesos por tocha e disparados pelos dez trabucos.

Os jarros caíram no meio das forças inimigas, matando vários no impacto e se quebrando, espalhando o óleo e, juntamente, o fogo. Isso fez a força Maoe, que antes se organizava, avançar enfurecida.

– Arqueiros! – Gritou o rei.

– Arqueiros, preparar! – repetiu o capitão dos arqueiros, que ficou esperando o sinal do rei. Houve um momento de silêncio, antes do rei acenar com a mão – Soltar! – uma chuva de flechas caiu sobre o exército inimigo – Manter quarenta metros! Disparar à vontade!

– Cavalaria! – o comandante da cavalaria empunhou sua espada, com raios e chamas emanando da lâmina– Avançar!! Por Duria, e pela humanidade!!

Cherry abriu um sorriso excitado, com o rosto corado, como se sentisse prazer.

– Todos vocês... – ela estendeu os dois braços à frente como se pronta para receber um abraço – Morrerão de forma linda. – ela virou as mãos de frente – Morram por mim, humanos. – Ela bateu as mãos juntas.

Antes que os milhares de cavaleiros pudessem se chocar contra o exército inimigo, seus corpos explodiram em pedaços como uma bolsa de sangue ao ser furada dentro de suas armaduras, com apenas os cavalos sobrando.

Cherry mordeu a ponta do lábio inferior como se tivesse chegado ao climax, com um sorriso cheio de sensualidade.

– Não pode ser... – O rei ficou com os olhos arregalados.

– Grifos!! – comandou Rose, montando em seu grifo com armadura, junto com seus outros trezentos cavaleiros – Vamos voar e derrubar aquela Rainha Maoe! – Eles levantaram voo, com lanças longas em mãos.

O rei apertou as rédeas de seu cavalo em mãos, se contendo para evitar entrar em pânico.

– Ataquem!! Força total!! Ataquem com tudo!! Mostrem a força de Duria!!