amor de carnaval ✧ besson

✧ nove

Uma garota aos prantos passou por mim assim que abri a porta, me fazendo levar um susto, porém assim que a vi sorrindo e gritando "MELHOR DIA DA MINHA VIDA!" para o celular, entendi que suas lágrimas eram de felicidade.

- Vocês realmente arrasam corações, huh? - brinquei ao me aproximar dos garotos da banda.

- Tentamos evitar, mas é difícil. - Zach disse todo convencido, o que me arrancou uma risada, e me abraçou.

- Minha surpresa era essa blusa? - Corbyn surgiu atrás de mim logo que soltei o moreno, e me virei para ele.

- Sim. O que achou? - coloquei as mãos na cintura.

- Acho que te deixou ainda mais linda. - ele me girou e eu ri, agradecendo.

- Ei, casal. Vamos? - Jack nos chamou, todos já estavam na porta da sala.

- Vamos aonde? - perguntei confusa.

- O meet and greet já acabou, então agora a gente vai pra outra sala se trocar e se preparar pro show. - o loiro explicou.

- Será que eu não posso tirar uma foto com vocês antes? - perguntei.

- Claro que pode! - Jonah concordou e então todos eles voltaram para o lugar com o fundo pronto para as fotos. - Caspary, você tira pra gente? - ele chamou a atenção do fotógrafo deles e só então percebi que o mesmo estava na sala, em um cantinho arrumando seus equipamentos.

- Ok, vou abrir uma exceção pra namorada do Corbyn. - ele sorriu e arregalei os olhos.

- Até você, Zack com K? Não acredito. - cruzei os braços e neguei com a cabeça.

- Desculpa, Cecília, Daniel me disse pra falar isso em algum momento. - ele apontou e o de olhos azuis deu de ombros.

- Quem sabe assim vocês se assumem.

- Gente, vamos tirar logo a foto? - Corbyn chamou e todos concordaram.

Eu fiquei entre Jonah e Corbyn, que me abraçaram enquanto Daniel, Zach e Jack se abaixaram na nossa frente. Sorri para a câmera e logo o flash disparou. Depois que tiramos a foto, finalmente saímos da sala e fomos para o camarim da banda.

- Vocês ficam ansiosos antes dos shows? - perguntei e me joguei em um sofá que havia lá.

- Depende. É claro que sempre dá um frio na barriga, mas geralmente não ficamos tão nervosos, a não ser quando estamos em um lugar em que nunca estivemos antes. Juro, no nosso primeiro show no Brasil, achei que meu coração ia sair pela boca. - Jack contou e soltei uma risada.

- Que fofo.

Ficamos conversando sobre assuntos aleatórios até que a porta se abriu e o tal Steve entrou. Ele falou algumas coisas relacionadas ao show e então se dirigiu a mim:

- Você vai precisar disso para entrar no camarote VIP. - o homem me entregou uma espécie de crachá que eu pendurei no pescoço. - Se precisar que alguém te mostre o caminho é só pedir, começamos em poucos minutos.

Assenti com a cabeça rapidamente e agradeci. Dito isso, o assessor dos garotos saiu do camarim.

- Acho que o Steve não foi com a minha cara. - comentei e Besson soltou uma risada.

- Acho que faz parte do trabalho dele. Tenho certeza que não é nada pessoal. - ele me assegurou.

- Menos mal. Então, sei que vocês vão morrer de saudade, mas preciso deixar vocês se arrumarem e ir pro meu lugar.

- Não sei se vou aguentar ficar muito tempo longe de você. - Zach fez um bico e joguei uma almofada nele. - Ei! O que foi?

- Foi falso demais pro meu gosto. - expliquei e os outros rapazes riram.

- Você vai nos encontrar depois do show? - Jonah perguntou e dei de ombros.

- Não estava sabendo de nada. Eu posso?

- Deve. Quando terminar você volta pra cá, vamos estar aqui dentro até a multidão diminuir um pouco. - o moreno disse e assenti.

- Tudo bem, até mais tarde. Boa sorte, arrasem lá no palco, vocês são incríveis.

Depois de dar um beijo na bochecha de cada um e jogar outra almofada em Zach, saí do camarim. No corredor, perguntei a uma mulher como chegar na área VIP e ela me acompanhou até a entrada. Mostrei meu ingresso para o segurança e entrei, encontrando meu lugar com facilidade.

Fiquei olhando em volta admirada com a quantidade de pessoas, a maioria meninas, que cantavam animadas a música que tocava nos alto falantes. Assim que essa música parou e as luzes se apagaram, começou uma gritaria e de repente pude ver cinco silhuetas no palco.

- Eu sei que geralmente começamos de um jeito diferente... - Corbyn começou a dizer, sua voz quase sumindo entre os gritos. - Mas acho que nosso último show no Brasil não poderia começar de outro jeito. Em homenagem a todas as fãs brasileiras, com vocês...

- COME TO BRAZIL! - todos eles gritaram juntos e o toque da música começou, me fazendo ficar arrepiada.