Lobisomem - Paixão Perigosa

Capítulo 14

Jonathan

Estou prestes a sair da casa com Manuela em meus braços porém, sinto uma presença.

- Saia, quem quer que seja. - Deixo minhas presas e garras aparecerem.

- Sou eu. - Bárbara sai das sombras. - Te segui até aqui imaginando que precisaria de ajuda.

- Não trabalho com caçadores, obrigado. - Ando e ela me para.

- Você não tem muita escolha neste momento. - Aponta para Manu que luta para ficar acordada.

Eu realmente não tenho escolha. Desistindo de tentar afastá-la, peço algo.

- Se quer ajudar, arrume a casa e deixe um bilhete para a mãe de Mia como se fosse ela dizendo que está bem e foi passar a noite na casa da Manuela. - Abro a porta do carro para colocar a garota. - Tenho que achar os outros. - Dirijo.

Já no esconderijo, chamo por Luke e sua sobrinha.

- O que aconteceu? - Isabel é a primeira a aparecer.

- Ela está muito machucada, precisa de algo para se curar mais rápido. - A deito em um sofá.

- Tente isso. - Luke anda vagarosamente mostrando um frasco em sua mão.

- Por que está andando assim? - Pergunto para ele.

- Nos pegaram despreparados. - A sobrinha responde pelo tio. - As duas não foram as únicas que que caíram na armadilha, o resto da alcateia do Erick estava na festa e nos atacaram.

Pego o frasco e coloco o conteúdo na boca da lobisomem desmaiada.

- Ela vai ficar bem, só precisa de tempo. - O alfa desaparece novamente para dentro de um dos quartos.

Mia

- Acorda lindinha. - Abro os olhos encontrando um cara muito bonito na minha frente.

- Deixa a garota, Isaac. - Piter puxa ele pega gola da camisa. - Em breve ela será uma de nós. - Fala me olhando.

- Ela está acordada? - Julie pergunta para os dois.

- Está sim, já pode trazer o alfa. - Isaac responde.

E agora?

A sombra de um homem alto aparece a alguns metros de mim, com seus lobisomens ao lado, só não consigo ver seu rosto.

- O que quer de mim?! - Sinto meu coração acelerar.

- Não tenha medo. - Uma voz familiar preenche o cômodo.

Eu só posso estar imaginando coisas.

O homem vem se aproximando e então consigo finalmente vê-lo.

- Pai?! - Arregalo os olhos. - Não pode ser. - Lágrimas escorrem sobre meu rosto.

- Sou eu, minha flor. - Me olha carinhosamente, mas não como antes.

Esse era o apelido que usava quando morava comigo e minha mãe, antes de sumir.

- Como ainda tem coragem de me chamar assim depois de nos abandonar? - Digo com desprezo.

- Foi necessário. - Me desamarra da cadeira. - Na época eu tinha acabado de me tornar lobisomem, conversei com a Cynthia e ela disse que era melhor eu me afastar de você.

- Ah é claro, minha mãe sabe que existem lobisomens. - Sarcasmo.

- Sim. - Confirma normalmente.

Quem mais esconde segredos de mim?!

- O que quer comigo? - Observo todos os lados do local a procura de uma saída.

- Quero que seja como nós. - Aponta para todos.

- Eu não quero. - Recuo enquanto se aproxima.

- Vai ter que querer. - Continua vindo até me deixar contra a parede. - Segurem ela. - Ordena aos outros.

Eles me seguram e eu luto com todas as minhas forças para escapar, em vão.

- Vai doer mais em mim que em você, minha flor. - Suas presas já estão visíveis.

Fecho os olhos esperando o que possivelmente pode ser o fim da minha vida humana.

Jonathan

Com a ajuda de Bárbara, conseguimos chegar ao local onde estão mantendo Mia.

Arrombamos a porta e todos estão lá.

- AFASTEM-SE DELA! - Grito com muita raiva.

- Já é tarde, garoto. - Erick sai da frente da garota e deixa a mostra uma mordida no braço dela.

A luta começa, até Luke resolveu ajudar. Infelizmente, a intensão deles não era ficar e brigar conosco, eles saem e nos deixam ali.

Vou até Mia que agora está caída no chão.

- Ele é meu pai. - Me abraça e chora.

Erick, o alfa de uma alcateia perigosa que nos atormentou por tanto tempo é pai dela?!

Sem saber o que dizer para consolá-la fico calado, apenas passando a mão em seus cabelos.

- Me perdoa por não ter te achado antes. - Abraço ela mais forte.

- Só promete que vai me ajudar e não vai esconder nada de mim. - Seus olhos vermelhos de tanto chorar vão direto aos meus.

- Como assim? - Espero uma explicação.

- Parece que todos a minha volta guardam segredos de mim. - Soluça.

- Está bem, eu prometo. - Beijo sua testa e ajudo a se levantar. - Vamos embora daqui.

- Para onde vamos? - Sua voz é quase inaudível.

- Para nosso esconderijo. - Caminho ao seu lado. - Bárbara já cuidou de tudo na sua casa.

- Bárbara? - Fica confusa. - A professora?

- Sim, ela é uma caçadora de lobisomens.