Capítulo 11

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Mia

Já a noite, alguém bate na porta do meu quarto.

- Pode entrar mãe. - Continuo deitada ouvindo música.

Quando a porta se abre, percebo que não é minha mãe, e sim, uma garota morena segurando uma mala.

- Você deve ser a Mia. - Estende o braço para um cumprimento.

- E você a Isabel. - Aperto sua mão.

Estamos conversando quando minha mãe vem nos chamar para jantar.

...

- E então, você estuda no mesmo colégio que Mia? - Pergunta curiosa.

- Sim, fui transferida para lá a pouco tempo, mas somos de salas diferentes e ainda estou estudando por ter repetido um ano. - Responde amigavelmenre. - Passei por algumas dificuldades e tragédias faz um tempo, isso me afetou bastante e as minhas notas também.

- Que tipo de tragédias? - Paro de comer.

- Mia?! - Mamãe fica brava.

- Tudo bem senhora Peterson. - Continua falando calmamente. - A alguns anos atrás perdi meus pais e meus dois irmãos em um acidente. - Enxuga as lágrimas. - Eu fui a única sobrevivente, meu tio Luke me achou e cuidou de mim, hoje moro com ele.

Espera aí... Luke é tio dela?!

- Eu sinto muito querida. - Sorri confortando-a.

Aproveito que as duas ainda estão conversando e disfarçadamente envio uma mensagem para o Jonathan.

Mia: Você não me avisou que Isabel é sobrinha do Luke.

A resposta não demora.

Jonathan: Posso te assegurar que ela não é como o tio.

Mia: Tudo bem, depois conversamos.

Desligo o celular, terminamos e jantar e nós subimos para meu quarto.

- Preciso de um banho. - Abre a mala e pega uma toalha.

- Pode usar o banheiro no fim do corredor. - Bocejo com muito sono.

Isabel já está no banho e eu já estou quase adormecendo quando escuto um barulho na janela. Com medo, me preparo se tiver que enfrentar alguém, o quarto está escuro e uma figura aparece pulando para dentro do meu quarto, sem pensar duas vezes, eu me jogo contra a pessoa para bater nela e evitar que tente algo.

- Mia, sou eu! - Tenta se esquivar dos meus golpes.

- Jonathan? - Paro de bater quando já estamos no chão, ele deitado e eu sentada sobre o mesmo. - Poderia ter usado a porta seu tonto. - Resmungo.

- Não queria que soubessem. - Sussurra. - Mas com uma recepção dessas, acho que irei fazer de novo. - Fala em tom provocativo me fazendo corar. - Fora os socos, é claro. - Rimos. - Não sabia que lutava.

- Tem muitas coisas sobre mim que você não sabe. - Reviro os olhos brincando. - Meu pai me ensinou a lutar antes... - Respiro fundo. - Antes de nos abandonar sem nem dizer tchau. - Me sinto chateada.

- Me desculpa. - Se arrepende de ter dito.

- Tudo bem. - Saio de cima e o ajudo a ficar de pé. - Mas o que realmente veio fazer aqui?

- Eu acho que te devo uma explicação sobre Isabel. - Senta-se na cama. - Ela não é ruim como o tio, já me ajudou em várias situações e nunca se importou com o poder igual ao Luke, aquela garota tem um bom coração assim como você. - Sorri lembrando de algo. - Foi ela que esteve ao meu lado quando nosso alfa acabou com minha alcateia, ela é a única família que me resta.

Fico comovida com suas palavras.

- Eu confio nela. - Sorrio. - Me sinto uma tonta por ter julgado antes de saber.

- Obrigado por me dar a chance de explicar. - Me abraça por alguns segundos. - Agora tenho que ir, antes que alguém me encontre aqui.

- Espera. - O seguro pelo braço, fazendo-o se sentar novamente e beijo ele.

O clima vai esquentando e nosso beijo se torna mais ardente, Jonathan me deita e fica sobre mim.

Eu quero ser tocada por ele, quero que seu perfume permaneça em minhas roupas.

Infelizmente alguém entra.

- Bem que eu senti o cheiro de sangue. - Isabel coloca as mãos na cintura.

- Sangue? - Olho pra ele assustada. - Deixa eu ver.

- Está tudo bem, foi só uma conversa amigável que tive com o Piter sobre entrar para a alcateia deles. - Levanta a camisa revelando marcas de garras. - Já está curando. - Ele não demonstra, mas deve estar sentindo muita dor.

- Por que não me disse? - Estou preocupada.

- Um ferimento desses não vai me matar.

- Acho melhor não sair daqui enquanto está a noite. - A garota fala se encostando na parede. - Podem te pegar outra vez.

- Eu posso me virar sozinho. - Franze o cenho insatisfeito.

- Já te pegaram duas vezes... isso é poder se virar? - Discute com ele.

- Tá, você venceu. - Suspira. - Se importa se eu ficar Mia?

- Só não deixe que minha mãe te veja.

Arrumo um colchão para ele.

Acho que estou um pouco nervosa por causa do Jonathan tendo que dormir no mesmo quarto que eu.

Lobisomem - Paixão Perigosa Where stories live. Discover now