Capítulo 16 - Os Gêmeos

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Narrador

  Hérus havia puxado Yang Mi para si com tanta rapidez que ela nem teve tempo de entender suas intenções, não até sentir os lábios alheios nos seus os devorando. E ela gostou do que sentiu.

As mãos do mais velho a cercavam, tomavam-na a cintura com pressão, mas medindo força para não machuca-la.

Yang Mi sentiu quando ele mudou o posicionamento de sua boca na dela, o que indicava que ele queria aprofundar o beijo, tocá-la em seu íntimo. Ela aceitou de bom grado e assim suas línguas se cruzaram com graciosidade. O beijo era faminto, mas não desastrado, feito de qualquer jeito. Não. O beijo era intenso, gentil e, é claro, muito prazeroso.

Hérus subiu uma das mãos até a nuca da jovem, e então até o fim de seus cabelos, enterrando seus dedos ali, a segurando com posse, mas sem perder o controle, nunca seria bruto. — A menos que tivesse sua permissão para agir como tal.

Yang Mi sentiu borboletas em seu estômago, talvez por não beijar alguém fazia alguns anos, talvez pelo beijo em si ser bom demais ao ponto de querer se perder mais um pouco ali, talvez por quem a beijava, afinal, Hérus era muito agradável aos seus olhos desde a primeira vez que o vira, só não tinha admitido isso para si devido toda a situação que foi colocada ali. Mas agora, agora ela conseguia vê-lo com calma, admira-lo ao ponto de perceber muito de seus detalhes enquanto o mesmo descia seus lábios para seu pescoço e beijava ali sempre alternando com alguns chupões controlados.

As mãos de Yang Mi tinham descido até seu peito coberto por uma blusa negra de mangas compridas puxadas para cima que esse usava. Ele era grande, não ao ponto de ser um daqueles homens que mais pareciam uma parede, mas ao ponto de marcar sua presença muito bem.

Quanto a Hérus, enquanto sua boca se concentrava em atender o pescoço da jovem e seu nariz roçava a pele alva no qual sentia o aroma do paraíso, sua mão que antes estava na cintura alheia agora descia pela lateral do corpo e parava no fim da coxa, onde a camisola negra terminava. Devagar, foi empurrando o tecido para cima e acariciando a região ao mesmo tempo.

Ele ouviu Yang Mi gemer baixinho, o que só contribuiu mais para se atordoar naquele momento intenso que ambos estavam por compartilhar.

Ele voltou sua atenção para o rosto de Yang Mi e assim roçou seu nariz no dela. Tanto quanto sua respiração, a dela se mantinha pesada. Estavam arfando pelo contato, as bocas tomavam a respiração um do outro e eles se perdiam com as trocas de olhares entorpecidos que davam. Hérus foi o primeiro a voltar seus olhos para a boca carnuda a sua frente e se desfazer ali mais uma vez, invadindo o interior novamente.

A mão do vampiro tinha parado no fim da coxa de Yang Mi, não subiria sem ter algum sinal dela. Ele precisava manter a calma, com os séculos e estando apenas entre vampiros, ele não era como um humano na hora de ter um momento íntimo com aquele com o sexo oposto. No normal, quando dois vampiros se beijavam, eles já não se importavam muito em ir aos poucos, a cama seria o próximo passo no qual passariam uma noite quase sem pausas tendo relações sexuais.

O sentimento para eles era algo que vinha depois, que viam se dava certo com o tempo, isso porquê vampiros tinham tanto tempo vivido que não se preocupavam mais em fazer cerimônias para as coisas, se eles queriam algo, eles iam lá e faziam. Simples assim.

Mas Yang Mi não era vampira, e mesmo que não fosse humana também, ela se achava uma, fora que foi criada como uma. Era uma mulher jovem alcançando a flor da idade, amadurecendo, se descobrindo.

Quando ela precisou respirar, encerrou o beijo de forma gentil, dando alguns selinhos ao fim.

Como se despertasse de um estupor no qual ambos estavam, ela se afastou um pouco e colocou suas mãos nos ombros alheios.

Entre Vampiros: Do Outro Lado Da MuralhaWhere stories live. Discover now