Capítulo 20

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Boa leitura! ♥️

Regina

Acho que em toda a minha vida eu nunca me senti tão devastada como me sinto agora, estou praticamente morando no hospital, na tentativa de arrancar Emma do meu coração e minha mente, o que parece impossível, já que ela está em tudo, não sei em qual momento eu me tornei tão dependente dela. Ouço batidas na minha porta ,Logo vejo Zelena , sorrio fraco e ela entra acompanhada de Henry e Robin.

-Acho um absurdo ter que vir ao hospital para te ver, sendo que moramos na mesma casa.. diz depositando um beijo na minha testa. Robin e Henry me cumprimentam em seguida.

-Zel você sabe que eu preciso distrair a mente.

-Mas não vindo morar aqui dentro, tenho certeza que até agora você nem se alimentou, e são quase 3 da tarde. Encarava o relógio em seu pulso.- Levanta daí e vamos fazer um lanche, e eu não aceito um não como resposta.
Acabo concordando com Zelena, e acompanha ela e as crianças, fomos em fastfood que tinha em frente ao hospital, eu não consegui comer nada, forcei algumas batatas, Henry e Robin conversavam e eu não pude deixar de prestar atenção, quando ele citou Emma na conversa.

- To com tanta saudade da Emma, ela gostava de comer esse hambúrguer aqui, aponta para o folheto sobre a mesa, e solta um longo suspiro.

-Porque ela não veio mais ver a gente, Robin pergunta para ele. Eu olhava atenta a interação dos dois, ainda não tinha contado a Henry sobre nós, mas ele sabia que estava acontecendo alguma coisa, por mais que eu não visse mas a Emma, não podia proibir meu filho de vê-la, já que os dois construíram uma amizade tão linda.

-Filho porque você não liga para ela ?

-Eu já liguei mamãe, mas ela disse que não está aqui, ela viajou. Fiquei surpresa em saber. Será que era algo relacionado ao livro. Espantei meus pensamentos, quando vi as horas no relógio.

-Meus amores eu preciso ir, meu plantão ainda não acabou. Como eles ainda não tinha acabado de comer, me despedi e voltei pra hospital, para finalizar minhas últimas horas de plantão.

...
Quando passei pela porta da emergência, haviam algumas pessoas sentada a minha espera, um acidente de carro tinha acontecido, nada muito grave, apenas algumas suturas que tomaram todo o resto do meu tempo. Voltei para minha sala, organizei minha bolsa e segui para o estacionamento, liguei o rádio assim que sai do  hospital, e a primeira música a tocar, faz meu olhos marejaram na hora, pois ela me lembrava Emma, foi uma música que dançamos na noite que ela me pediu em namoro, minha mente foi invadida por tantas lembranças boas, enquanto lágrimas teimosas banhavam o meu rosto, quando dei por mim, estava parada em frente ao prédio onde ficava o apartamento da Emma, “ nosso canto”, sorri quando me lembrei dela me falando isso pela primeira vez. Então pensei, acho que não terá problema se eu entrar um pouco, já que ela está viajando. Desci do carro e  cumprimentei o porteiro com um aceno, assim que abri a porta, passei meus olhos pelo local, como tudo ali me lembrava ela, andei alguns passos parando no meio da sala, sentei no sofá, pegando uma blusa sua que estava em cima, levei até o nariz inalando aquele cheiro bom do seu perfume, deitei usando sua blusa como travesseiro e me livrando dos meus sapatos, imersa em minha lembranças acabei dormindo.

(...)
Despertei naturalmente, me espreguiçando, ainda de olhos fechados e tive a sensação de que estava sendo observada, abri os olhos, dando de cara com Emma me encarando, suas pupilas estavam dilatadas, mas sua expressão era serena,  me levantei rápido, passando as mãos pelo rosto, pensando ser um sonho. Emma se aproximou de mim e tocou meu rosto, como se quisesse ter certeza de que eu realmente estava ali. E eu automaticamente fechei os olhos recebendo o seu carinho. Naquele momento o único sentimento presente ali era saudade, o meu corpo não me obedecia mais, eu queria sair correndo, e foi o que eu tentei fazer, mas ela me segurou, agarrou a minha cintura e ficou próxima demais do meu rosto, nossas respirações estavam misturadas, ela se aproximou do meu ouvido e disse.

-Não faz isso com a gente Gina, não me deixa por favor. Ouvir sua voz embargada, fez com que meu coração se quebrasse em mais pedacinhos, se é que isso era possível. Por mais que eu quisesse ter raiva ou qualquer sentimento parecido, eu não conseguia, eu queria me afastar e não conseguia, ela deitou a cabeça no meu ombro, apertando mais forte a minha cintura, enquanto eu estava estática, sem reação, meu coração poderia parar a qualquer momento de tão rápido que batia. Emma suspirava no meu pescoço, era algo como alívio e saudade, e eu não estava diferente. Ela acertou a postura, voltando a ficar cara a cara  comigo, balbuciou algumas palavras mais parou, assim que eu capturei seus lábios, eu não tinha certeza, mas eu precisava daquele toque, nem que fosse pela última vez. Nosso beijo foi se tornando cada vez mais intenso, quando o ar se fez presente, Emma fez uma trilha de beijos do pescoço até meu colo exatamente como eu gostava, nós já estávamos completamente entregues ao desejo, ali não tinha mais volta nossos corpos se encaixavam perfeitamente, e mais uma vez criamos uma bolha só nossa, completamente blindada, logo ela agarrou as minha pernas fazendo com que eu as passasse em volta de seu corpo e me levou até o sofá, nos entregamos de corpo e alma uma para outra, sem nos preocupar com as consequências. Em poucos minutos já estávamos nuas, atingimos o clímax juntas, e Deus como eu senti falta desse toque, de todo esse cuidado que ela tem comigo, ficamos uma semana separadas o que pra mim parecia mais de um ano. Com minha cabeça pousada em seu peito, ficamos em total silêncio, mas na minha mente o barulho era intenso, uma grande briga entre a razão e o coração, o que me fez levantar de forma brusca, assim que as imagens dela beijando Ariel fizeram presença em minha mente, aquela cena me doia de tal forma, que eu não conseguia dizer nada, eu senti o peso das lágrimas nós meu olhos, Emma levantou logo atrás e tentou se aproximar e eu a afastei, comecei a procurar por minhas roupas na sala, enquanto ela pedia com sua voz doce pra eu me acalmar.

- Eu não devia estar aqui, não devia!

- Regina por favor, me escuta, eu não fiz nada de errado, fui tão enganada quanto você. Ela dizia e suas lágrimas também estava presentes. Toda aquela mágoa que eu sentia voltou a encher meu coração.

- Eu preciso pensar Emma, eu não consigo esquecer o que eu vi. Fui sincera. Depois de pegar minha bolsa, sai às pressas deixando-a para trás. Eu não sabia se um dia retornaria aquele local...

Até o próximo capítulo. ❤️

Um novo amor nas férias- CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora