21- Sobre a maneira que meu pai pensa.

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As únicas situações em que meu pai pensava em números eram em relação a dinheiro, tanto porque passou muito de sua vida tendo pouco, quanto porque tinha que controlar o caixa de seu mercadinho. Os números forçaram meu pai a lidar com eles, primeiro de maneira totalmente empírica e, mais tarde, com estudo, de maneira técnica. Ele sempre teve uma cabeça boa para números e para coisas sólidas e reais, talvez por aptidão, talvez por adaptação. Frequentemente me dizia que poderia ser um economista ou coisa parecida, se sua vida tivesse sido diferente.

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