Alegria efervescente explodiu no meu peito. Ela é exatamente como eu imaginava.

Alcancei a maçaneta, pronto para abrir a porta e puxá-la para o meu colo, mas Elliot prontamente me parou. Um homem alto e loiro gritou seu nome, balançando uma chave nas mãos e ela rapidamente interrompeu a sua caminhada e foi em direção a ele.

— Agora não, Christian.

Ele estava me parando, atrapalhando meus planos. Ela estava aqui, viva. Ela existia, porra. Eu poderia tocá-la, tê-la, amá-la e mantê-la, mas meu irmão estava colocando uma barreira entre nós.

— O que você está fazendo, porra? — eu gritei, ódio pingando de cada um dos meus poros.

— Ela está acompanhada. — ele apontou para um casal que estava abraçado perto da minha dea. — E nós não sabemos nem como ela se chama.

Taylor acelerou, entrando no trânsito caótico de Nova York na hora do almoço. Mas a minha mente ainda estava presa na figura perfeita da minha mulher.

— Eu já estou mandando pessoas para resolverem isso. Antes de chegarmos no hotel você saberá tudo sobre ela, Christian. — eu não reagi. — Você já esperou por sete anos, mais algumas horas não serão grande coisa.

Olhei para ele com tanta raiva que se ele não fosse o meu irmão eu poderia matá-lo agora mesmo. Minha mente estava uma bagunça, mas saber que ela existe, que não era fruto da minha imaginação, fez com que eu respirasse fundo e tentasse relaxar.

— Você tem uma hora. — eu rosnei, olhando para fora da janela na esperança de vê-la novamente. — Sessenta minutos, nem um segundo a mais, então sugiro que revire até no inferno se não quiser ser mandado para lá mais cedo que o esperado.

Estacionamos na porta do Waldorf Astoria e Ethan, segurança de Elliot já veio até ele com um envelope pardo. Não dei ao meu irmão a chance de sentir a textura do papel. O arranquei das mãos de Ethan e já entrei no lobby do hotel, deixando Elliot, Taylor e todos os outros para trás.

O elevador levou como que um século para chegar ao ultimo andar. Entrei no meu quarto e bati a porta com força, rasgando o envelope e espalhando seu conteúdo sobre a cama.

Eu ofeguei, agarrando as inúmeras fotos - não mais as várias pinturas que colorem as paredes da minha casa - e admirando cada um dos traços perfeitos. Ela realmente existe, porra. Tem nome e sobrenome, passado e futuro que ela ainda nem imagina, mas que será incrível.

— Anastasia Steele. — eu sussurrei, acariciando o rosto livre de defeitos impresso no papel.

Depois de meia hora observando as fotografias e lendo sobre sua vida, eu me joguei na cama ao lado de todo o conteúdo sobre a minha dea, pensando em qual seria o meu próximo passo.

— Posso? — Elliot perguntou ao enfiar a cabeça pela fresta da porta e na inexistência de uma resposta da minha parte ele entrou e puxou uma cadeira, se sentando perto de mim. — Bom, e agora?

— Vamos trazê-la para cá. — eu respondi indiferente, dando de ombros. Elliot riu, o que aumentou a minha raiva.

— E como você vai fazer isso? Vamos bater na porta do quarto do hotel em que ela está hospedada e dizer que quando tentaram te matar e você estava à beira da morte a sua mente materializou a figura dela e que agora...

Ninety Days Where stories live. Discover now