A Epidemia

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ESSA HISTÓRIA É MINHA.

Não estou plágiando, estou repostando.

Conto com o apoio de vocês.
Espero que vocês gostem. 

EU MUDEI OS SOBRENOME DOS MENINOS PARA PODER FAZER A LIGAÇÃO ENTRE AS HISTÓRIAS. NO FINAL DO CAPÍTULO ESTARÁ A LISTA COM OS NOMES

BOA LEITURA

~...~

Capítulo 1 – A epidemia

A rua estava escura e fria, até mesmo um tanto úmida, o barulho de pessoas agonizando em algum lugar era alto e assustador. Tomado de medo, Park Jimin Villin, um menino loiro, baixo, de bochechas fartas e olhos grandes e redondos, caminhava apressado por entre casas abandonadas, apavorado com o que poderia ter escondido no escuro daquele lugar.

Escutar o som do que um dia haviam sido pessoas, agonizando e implorando por misericórdia, fazia seu estômago revirar em desespero e angústia. Poderia ser ele ali. Poderia ser sua família ou algum conhecido.

Tudo havia acontecido tão rápido. Há um mês atrás aquelas ruas estavam movimentadas e cheias de alegria, crianças brincando e os músicos tocando enquanto mulheres e homens dançavam alegremente em volta das fogueiras.

Era assim que era a vida para aquelas pessoas. Eram uma vila pobre e pequena, mas todos eram felizes com o pouco que tinham.

Então a primeira pessoa adoeceu e, do dia para a noite, mais da metade da vila estava contaminada. A doença era rápida e logo transformava todos em mortos vivos que se arrastavam pelos cantos implorando pela própria morte.

Pessoas simpáticas e carinhosas, agora eram violentas e perigosas. A praga fazia isso. Os transformavam em monstros. Aos poucos sua mente definhava, você se esquecia de quem era, de quem amava, da vida que tinha. Dor e sangue eram os únicos pensamentos que se mantinham presentes em sua mente.

E a vila que antes era feliz e pacífica, agora era um pesadelo sem fim para os poucos que ainda restavam vivos. Ninguém sabia ao certo o que fazer. Não conseguiam enxergar uma esperança e a única solução parecia tentar ao máximo evitar a morte, mas era difícil quando ela morava ao lado.

Aos poucos, pessoas de outras vilas apareciam buscando refúgio, mas encontravam a mesma situação da qual haviam fugido. Os vilarejos estavam mortos e os reis e rainhas não pareciam ligar muito para isso. Estavam seguros nos castelos e não ligavam para o povo doente das províncias.

Ninguém sabia de onde tinha surgido a doença ou como se pegava, até mesmo haviam jogado a culpa em uma pobre moça que fora acusada de bruxaria, mas mesmo depois de queimada viva, a praga continuava ali, atormentando as pessoas do vilarejo.

Jimin havia saído com a missão de encontrar alguma comida, qualquer coisa que não tivesse sido destruída ou estragada com o tempo. Aos poucos tudo se acabava e em breve não teriam mais nada para comer. As últimas plantações que restavam já estavam em misérias, o comércio pequeno da cidade já não existia mais e sentia que não havia nada que poderia fazer.

Havia procurado por todos os lados, qualquer coisa que tivesse sustância para ajudar sua mãe a se manter de pé, mas a rua parecia perturbadora mesmo para um menino de 19 anos e se não fosse pela sua sede em viver, já teria desistido a muito tempo.

— Merda — sussurrou ao encontrar a porta de sua casa aberta. A casa velha havia sido o lar de muito amor, mas agora era mais como um refúgio do mundo exterior. — Mãe? — Chamou entrando com receio. Temia que o pior tivesse acontecido e seu medo se tornou real ao encontrar o corpo de sua mãe caído rente à mesa mal-acabada. — Não. Não. Não. Isso não tá acontecendo. — Murmurou correndo até o corpo frio, deixando a sacola surrada com os rabanetes velhos no chão.

A Origem ABO - Jikook | LIVRO 2 | MY ABO UNIVERSEOnde as histórias ganham vida. Descobre agora