"Play it again, Sam!"

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Olá Astronautas! Em princípio o capítulo de hoje não vai ser muito grande, mas vamos ver como é que isto corre.

Para os curiosos que não sabem, o título do capítulo é uma citação do filme Casablanca. Em bom rigor, acho que nunca vi o filme. Eu sei, falha minha. Mas dizemos isto tantas vezes cá em casa que já a uso para tudo e mais um par de botas.

Indo ao que interessa, o tema de hoje são livros. Mas não são uns livros quaisquer. São aqueles que se devem ler mais do que uma vez na vida.

Pessoalmente, não tenho por hábito reler livros. Tenho sempre tantos na estante e há tantos livros por esse mundo fora, que perfiro quase sempre um livro novo ou diferente, para ter tantas novas experiências quantas as que me forem possíveis. Mas há livros que devem ser relidos.

Uns porque são intemporais e ageracionais e têm uma mensagem forte e importante que não devemos esquecer, como eu acho que seja o caso do Principezinho (no Brasil acho que é O Pequeno Príncipe). Toda a gente, especialmente os adultos, devia parar para o ler de vez em quando, afim de não perder a capacidade de distinguir um chapéu de uma gibóia que comeu um elefante ou de não se esquecer que "o essencial é invisível aos olhos".

Há outros que, em virtude de termos sido forçados a ler para algum trabalho académico, podemos não ter dado o devido valor ou não ter compreendido a sua mensagem, seja por falta de vontade ou falta de maturidade - porque toda a gente sabe que as pessoas que fazem estas listas nem sempre têm consciência do que estão a pedir a determinada faixa etária.

No meu caso, trata-se não só de um livro mas também de um autor. Fui obrigada a ler O ano da morte de Ricardo Reis, de José Saramago, no Secundário. Não gostei nada do livro. Mas estou decidida a dar uma segunda oportunidade ao mesmo (daqui a MUITOS anos) e ao próprio escritor. Eu queria ler O memorial do Convento mas depois desta experiência quase traumática, acho que não vou conseguir assim tão cedo. Estou de ressaca Saramaguiana, se quiserem ver assim.

Depois, há livros que devemos reler porque não só pertencem àquele grupo restrito de livros que levariamos sempre connosco na eventualidade de termos de fugir de casa à pressa por causa de algum desastre e não termos acesso a mais nenhum livro por muito tempo (batam todos na madeira três vezes, está bem?) como também pela sua complexidade. É mais fácil de entender se pensarem no exemplo dos livros de ficção científica, distopias ou alta fantasia. Na primeira leitura estamos tão concentrados em compreender como aquele novo mundo funciona que podemos menosprezar ou deixar escapar alguns detalhes relevantes. Mas não serve só para estes géneros. Acho que se adequa a qualquer um a partir de um certo grau de complexidade. Basta estarmos distraídos a pensar nalguma coisa ou a entender o significado de um dado acontecimento ou de uma dada passagem que deixamos de dar a atenção devida a detalhes interresanstes e/ou importantes.

Por fim, acho que só falta referir que há livros que devem ser relidos porque podemos entender a mensagem de maneiras diferentes com o passar dos anos. Na minha real ignorância e fraca especialidade, eu acho que esta razão se cola muito bem com a poesia e com livros psicológicos, em que há muita coisa que não vem devidamente explicada para que o leitor as entenda com muito bem quiser. É porque o facto de termos passado por esta ou aquela situação na vida ou pensarmos desta ou daquela maneira pode alterar a maneira como entendemos e interpretamos as mensagens que nos são dirigidas.

Acho que não tenho mais nada a dizer sobre isto. Espero que tenham gostado.

Concordam com o que eu escrevi? Acham que me esqueci de alguma razão? Digam-me tudo e não me escondam nada! Ahahahah

Fiquem bem e até à próxima.

Grace

Espaço WattpadWhere stories live. Discover now