18 - Por um amigo

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- Eu não quero me prostituir - falo sério.

- Ah, que bom - ela fala aliviada e rio.

- Eu pensei sobre isso ontem à noite e essa é realmente minha última opção. Se eu continuar trabalhando que nem eu estou acredito que consiga juntar o dinheiro a tempo.

- Entendo - ela fala.

- E, por causa disso, não virei mais nos fins de semana, porque eu arranjei outro emprego depois da pizzaria e estou trabalhando até as cinco.

- Tudo bem - ela fala.

Ficamos num silêncio constrangedor por alguns segundos.

- Aquele cara... - ela fala. - O que brigou com você naquele dia. Ele vem essa tarde e só vai embora na quinta meio dia. Então...

Assinto.

- Então... te vejo quinta? - pergunto.

- Desculpa - pede.

- Pelo quê? - pergunto confuso.

- Por pedir para que não venha. Eu me sinto mal por fazer isso - diz.

- Tudo bem, eu sei que está pedindo isso apenas porque ele não gosta de mim. Quer dizer, é por isso, não é?

- É sim. Acredite, eu preferiria muito mais que fosse você ao invés dele.

Sorrio e vou até ela, abraçando-a por longos segundos.

- Até quinta então - falo.

- Até quinta - ela diz. - Vou convencer o Ed a gostar de você até lá.

- É bom mesmo, porque você não vai se livrar de mim tão fácil - falo me afastando e ela ri. - Eu sei onde fica a saída - ela afirma.

- Bom trabalho.

- Bom... você faz alguma coisa? Bom... dia? É, bom dia.

Ela ri.

- Bom dia.

Vou para o posto e até tem um movimento bom. É bom quando isso acontece me deixa feliz.

...

- Olá, senhora Bom - falo assim que a encontro no abrigo.

- Então se resolveu com sua amiga? - ela pergunta.

- O quê? - pergunto surpreso.

- A carinha depressiva sumiu - ela diz e rio.

- Sim, eu me resolvi com ela - falo.

- Que bom, eu não gosto de te ver triste - ela diz e afirmo. - Eu te disse, se ela é realmente sua amiga, ela vai te entender.

- Pena que os amigos dela não gostam de mim... - ela começa a fazer outro discurso motivador sobre eu ser amigo dela, mas percebo que estava falando de Edmundo, e que Edmundo não existe.

Mas e se Edmundo for apenas uma parte dela que realmente não tem total confiança em mim, isso não seria uma coisa boa. Talvez eu deva ler esse livro para ver como agradar esse Edmundo.

O.K., talvez eu esteja andando de mais com ela. Mas talvez isso não seja uma coisa ruim.

- TaeHyung, ainda está aqui? - a Sra. Bom me pergunta.

- Desculpa, não foi de propósito - falo com vergonha.

- Tudo bem, vá pegar o jogo. Vou acabar com você.

- Aposto que vai.

Vou para a cozinha.

- TaeHyung - Dong-yul chama.

Forever - KTHOnde as histórias ganham vida. Descobre agora