Capítulo 8

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Eles continuaram a jogar. Alex e Mulan eram os que estavam em maior desvantagem, enquanto Alex tinha apenas três dedos levantados, Mulan já havia abaixado nove deles. Catarina era a que ganhava.

— Eu nunca fumei — Disse Mulan, que comia alguns salgadinhos. Miguel aproveitou, já que o dinheiro era dele, e começou a comer junto com ela. — Cigarro, só pra deixar claro — Completou.

Alex continuou com os três dedos levantados, assim como Miguel, e todos lançaram um olhar de surpresa para Catarina quando a viram baixar um dedo.

— Catarina — Mulan proferiu seu nome em descrença. — A presidente do grêmio estudantil fumando? — Questionou retoricamente. — Seus pais sabem disso?

— Eu tinha 14 anos, ok? Nanda e eu queríamos experimentar algo diferente — Deu de ombros.

— E como é? Qual a sensação de fumar? — Miguel perguntou curioso.

— Eu não sei, não consegui terminar um inteiro. Na hora, eu acabei puxando a fumaça com força demais e me engasguei — Revelou envergonhada.

Os três riram da cacheada, por que já esperavam isso vindo dela. Catarina era muito certinha para fumar cigarro.

— Certo, minha vez — Ela falou, olhando para Mulan com uma cara de quem iria se vingar. — Eu nunca dancei bêbada em cima de uma mesa.

A aspirante a atriz a olhou incrédula e baixou o último dedo que restava. Catarina sabia ser má quando queria. Parece que essa noite com os três a estava fazendo se soltar mais.

Mulan sorriu ao se recordar do ocorrido. Há alguns meses, estava em uma festa na casa de Rafael, o capitão do time de futebol da escola. Acabou bebendo demais e decidiu que seria uma ótima ideia fazer um strip tese para todos na festa.

— Eu não tava sóbria — Se defendeu. — E você, Catarina — Apontou para a garota. — Foi muito malvada ao falar justo disso.

— Tô aprendendo com a mestre — Riu, sendo acompanhada por Mulan.

— Ok, qual vai ser o meu desafio?

Catarina, Miguel e Alex fizeram uma expressão pensativa. Tinham que escolher uma coisa bem constrangedora, pois não era todo dia que tinham a chance de fazer Mulan passar vergonha.

Eles disseram que precisavam pensar a sós e pediram que ela se retirasse, ela relutou, mas cedeu quando Miguel deu dinheiro para ela comprar um suco. Ele ia torrar seu salário inteiro do mês, do trabalho na livraria, com ela.

— O que a gente vai escolher? — Alex colocou a mão no queixo, pensativo. — Tem que ser uma coisa bem legal, tipo, ela dar um carro pra cada de um nós.

— Vamos ser realistas — Miguel interviu. — Além do mais, precisa ser algo vergonhoso.

Catarina concordou com a cabeça e se pôs a refletir também. Ela olhou para o movimento do Olympus. Algumas pessoas já iam embora, afinal, já se passava das onze da noite. Não queria nem imaginar o que seus pais fariam se descobrissem que ela não estava na casa de Nanda.

Seus pensamentos foram interrompidos ao avistar uma garota e um garoto se beijando. Uma lâmpada, assim como nos desenhos animados, se acendeu em cima de sua cabeça.

— Já sei — Disse chamando a atenção dos dois garotos. — E se a gente mandar ela beijar um cara aleatório que tá aqui hoje, nessa lanchonete? Vocês sabem como ela adora dizer que é bastante seletiva e não é qualquer um que pode ter ela. Se ela beijar alguém, vai parecer que tá se curvando a essa pessoa.

É Só O Vento Lá Fora | ✓Where stories live. Discover now