8 - O espelho

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Snape encarou o presente com um sorriso largo enquanto Harry mexia as mãos inquieto, estava nervoso. E se Severus não gostasse do presente? E se...

— Eu adorei pequeno — disse segurando o colar antigo e envelhecido, tão familiar a ele e ao mesmo tempo estranho. Era de sua mãe, como Harry achou aquilo? — mas onde achou?

— Quando fomos naquela loja de penhores, que você comprou... aquela... como era o nome?

— Pérola da lua — respondeu ajudando o menino.

— Isso... eu vi e achei a magia familiar... como a sua... e... e eu quis comprar. Fiz bem? — as mãos inquietas do menino eram adoráveis e as bochechas gordinhas estavam vermelhas.

— Sim fez muito bem. Esse colar era da minha mãe... ela me disse que vendeu quando casou com meu pai... é o símbolo da família Prince. — O menino sorriu alegre pelo pocionista ter gostado de seu presente.

— É tão importante assim? — Perguntou se aproximando e Snape sorriu fazendo um carinho nos cabelos castanhos.

— Sim... eu... eu não tinha muito do que lembrar da minha mãe... obrigada Harry — Abraçou o corpo miudo e se permitiu derramar uma lágrima. Era perfeito tudo que estava vivendo e não se achava merecedor de tanta felicidade.

********

A lembrança do feriado foi interrompida por batidas na porta de seu escritório e ele teve que esconder o colar de corrente fina por entre as roupas. Abriu, dando de cara com Dumbledore sorridente.

— Ola Severus. — cumprimentou adentrando o ambiente sombrio e frio.

— Dumbledore — O moreno respondeu cortês.

— Vim saber se terminou seu enigma para... aquele assunto. — O mais velho encarava Snape em expectativa.

— Sim, elaborei minha parte. Basta avisar quando todos estiverem prontos e prepararei tudo.

— Perfeito Severus... Minerva disse precisar de mais alguns dias para escolher o feitiço certo e Quirrell precisa de mais tempo ainda para seu plano.

— Não me admira. Ele costuma ser tão incompetente como professor, como protetor então ele deve ser una lástima. — O diretor riu leve pela fala do moreno e seus olhos tinham mais questionamentos que Snape sabia que viriam.

— Como está o garoto Potter?

— Esta bem, passou um bom natal e recebeu muitos presentes. — foi curto e grosso, mas a resposta pareceu agradar o diretor.

— Que bom, um pouco de alegria é bom para uma criança. — o mais velho tinha um sorriso amável. — Molly me disse que enviou um presente, Weasleys sempre amáveis e gentis. Deveria levar o menino para uma visita a alguns dos amigos mais íntimos dos pais dele, talvez o alegre ainda mais.

— Dos amigos mais íntimos de James e Lily um está preso e outro desaparecido, os outros 2 enlouquecidos... Molly e Arthur eram no máximo colegas.

— Ainda assim, são alguns dos últimos que restaram para o menino. — disse gentil ganhando um resmungo do mais jovem.

— Se Harry desejar o farei. — cedeu no fim e ganhou um sorriso iluminado do diretor.

Dumbledore saiu da sala com uma despedida gentil. Talvez devesse atiçar a curiosidade do menino? Ou deixaria ele agir sozinho? Talvez o menino Weasley pudesse ajudar, junto da menina Granger talvez... matutando sobre estratégias voltou a sua sala.

*****

— Hoje farão uma poção do sono chamada Bona Somnia, ela causa na pessoa bons sonhos por cerca de 8 horas. Ajuda no tratamento para transtornos do pânico e alguns traumas. Hoje a farão em duplas diferentes do seu habitual. Serão sorteados. — a reclamação evidente dos grifinórios fez o pocionista torcer a boca em desgosto.

Seja um bom garoto HarryWhere stories live. Discover now