17 - Seja minha mais uma vez

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Após serem "devolvidos" a casa dos Kurosaki, Ichigo e Rukia tentaram, inutilmente, explicar tudo, sem mencionar o verdadeiro acontecimento, ao pai da família. Ninguém conseguia tirar da cabeça dele que o casal estava lhe encaminhando um neto de forma dramática.

As gêmeas ficaram aliviadas por ver que ambos estavam bem, mesmo porquê, já fazia cinco dias que não os viam. Rukia, de forma sombria, se despediu da família e foi deitar-se, pois não estava disposta a continuar ao lado de Ichigo. Ainda estava irritada e entristecida com a falta de tato do ruivo, ante sua preocupação com seu irmão mais velho.

Ichigo, por sua vez, tentava escapar do pai e de seus questionamentos, e observou sua morena subir as escadas sem sequer lhe dar atenção. Sabia que ela seguia com raiva do mau comentário que fizera algumas horas atrás no apartamento de Urahara. Este lhe havia dito que estava tudo pronto e que podiam ficar mais calmos agora, pois a tal equipe de vaizards lhe dariam cobertura e proteção contra seus inimigos, até que ele e Rukia conseguissem recuperar suas energias.

Mas o que lhe cortava a alma, era saber que não poderia pedir desculpas como desejava, estando próximo de seus familiares. Não queria que eles tirassem conclusões desnecessárias sobre eles, ainda não estava pronto para contar sobre seu romance.

Ao se livrar do pai e confortar as irmãs, Ichigo se trancou no quarto para esperar que todos adormecessem. Tinha uma idéia em mente e a colocaria em prática assim que todos estivessem nos braços de Morfeu. Ao não ouvir mais nenhum barulho, saiu silencioso e sorrateiramente foi até o quarto das gêmeas. Abriu devagar a porta e sem fazer nenhum barulho, chegou próximo da cama de Rukia. Esta seguia dormindo, assim como as outras duas. Ichigo sem pensar, cobriu a boca da morena, para que ela não gritasse e a levantou no colo, retirando-a rapidamente do quarto.

A baixinha tentou reagir, já que foi acordada de forma tão brusca, mas o ruivo não estava de brincadeira e a levou até seu quarto, depositando-a na cama com calma. Quando retirou a mão da boca da menina, ele lhe faz sinal para que não gritasse, para não acordar a família.

— VOCÊ ESTÁ LOUCO? COMO OUSA ME ACORDAR DESSE JEITO? EU VOU QUEBRAR ES- – teve a boca tapada novamente pelo ruivo, que lutava para não cair na gargalhada, com a cara cômica e irritada que a baixinha lhe mostrou.

— Não grita, senão eles vão acordar! Só te trouxe, pois preciso lhe pedir perdão pela grande besteira que falei, e como você sequer me deixou chegar perto quando tinha outras pessoas, achei melhor agir assim! – Ichigo falou, sentando-se no chão de frente para a garota que o olhava com ira.

A expressão dela foi suavizando até voltar ao estado calmo de sempre. Ela apertou um pouco a camisa do pijama que trajava e olhou para o lado para não cruzar com os de cor mel á sua frente.

— Eu sei, baka! Não estou mais pensando nisso, não precisava me assustar desse jeito! – mentiu a morena, já que ainda sentia seu coração apertado quando lembrava das palavras ditas horas antes por aquele, que agora, sabia tanto amar.

— Mentirosa! Vem cá então e me prova que não está zangada comigo!

Abriu os braços sugerindo que se abraçassem em forma de paz. Rukia hesitou um pouco, mas sucumbiu aquele olhar triste do ruivo e o abraçou, se jogando no chão. Não conseguia irritar-se com ele mais do que alguns minutos. Ele sempre lhe deixava em paz somente com seu sorriso.

— Perdão, Rukia! Nunca mais direi aquele tipo de besteiras! Mas fiquei com um ciúme idiota só de pensar que poderia te perder para alguém do outro mundo!

Afagava os cabelos sedosos da garota, enquanto com o corpo, a cobria em um abraço apertado, com o rosto da garota afundado em seu peito.

— Tudo bem, eu te perdoo! Mas nunca mais duvide de minha fidelidade, senão quebro essa sua cabeça de cenoura! – Rukia grunhiu para o rapaz que apenas riu do comentário da baixinha.

Recomeçar não basta!Where stories live. Discover now