Correspondência 8J / Imagine Arthur Fleck

3.9K 119 88
                                    

E lá está S/N correndo desesperadamente para pegar o elevador que estava subindo. A mulher tinha acabado de chegar cansada de seu trabalho no apartamento, e não via a hora de tirar aqueles saltos que sempre deixavam um calo em seus pés. Já estava na hora de comprar saltos altos novos.

- Espera, Espera, Espera!- Gritou para um homem que estava dentro do elevador.

O homem conhecido como Arthur ao perceber que se tratava da sua vizinha do lado, colocou seus pés na porta do elevador o interrompendo.

S/J entrou no elevador ofegante, tentando não deixar cair as compras do mês em suas mãos. A mercadoria estava pesada, e com todo esse tempo desde o trabalho até seu apartamento em suas mãos, estava mais pesada ainda.

- Obrigada.- Falou ainda ofegante.

- De nada.- Arthur falou olhando para baixo envergonhado.

Ele sabia quem era ela, e como sabia. Dês da sua chegada ao apartamento do seu lado Arthur Fleck ficou obcecado pela S/N. A perseguia por todo o seu trajeto. Sabia de todas as suas vestimentas, estado civil, onde trabalha. Ele adorava o jeito que o seu cabelo ficava ao vento quando ela saia todo dia apressada do seu apartamento para chegar ao seu trabalho. Todo santo dia ela chegava atrasada.

Ele já tinha se programado. Das 7:56 até às 8:04 era o seu trajeto para o trabalho, ele a perseguia no meio da multidão- ela nunca nem desconfiou, sempre muito apressada para perceber. As 9:46 ela chegava do trabalho, cansada, estressada. Saía arrumada com seus famosas saias coladas ao corpo - o que sempre deixavam Fleck com um volume em suas calças. Quando entrava em casa, Arthur conseguia ouvir suas famosas músicas tocando na parede de seu apartamento, ele sabia que de vez enquando ela dormia no sofá todos os dias pois n conseguia nem chegar perto da cama.

Ele não podia negar que já passou noites se masturbando para ela. Apenas uma foto pequena que ele conseguiu de um currículo, já era o bastante para o dar prazer. Era vergonhoso ver ela no outro dia, mas ele continuava.

O silêncio desconfortável do elevador era normal. Apenas coberto pela respiração dos dois. Logo, o elevador começou a ter suas famosas paradas, como todos os dias. As luzes apagaram por segundos.

- Esse prédio aqui é péssimo né?- Falou quebrando o galho, enquanto apertava ainda mais a mercadoria com medo do papelão barato rasgar.

- É.- Olhou dando um sorriso generoso para ela, mas depois voltou a olhar para o chão suspirando.

O elevador parou de novo, e dessa vez n volto a funcionar. A luz ficou mais fraca e toda hora ficava piscando no pequeno espaço.

- Era só o que me faltava.- Suspirou.- Minha comida vai estragar.

- Você deveria se mudar daqui.- Arthur falou.

- Todos nós deveríamos.- S/N soprou.- Mas nenhum de nós temos grana pra fazer isso. Ah...Como nessas horas eu queria ser a porra de um Wayne. Eles devem estar comendo camarão enquanto fazem piada com o povo sofrido em Gotham.

- É...- Arthur concordou com a cabeça.

- Eu odeio os ricos, sabe?- A mulher falou olhando para o homem calado.- Parece que eles não tem um mínino de empatia por nós. Como se fossemos lixos... Invisíveis perante a sociedade burguesa. Li isso em um livro.

Olhou para ele sorrindo. Ele deu um olhada rapidamente para ela e voltou a fitar o chão.

- Você não fala muito né?- Perguntou.- Espera aí, você não é meu vizinho? O do correspondência 8J?

O elevador voltou a funcionar, as luzes piscaram e voltaram ao normal. Ela sabia que ele existia, ela tinha percebido a existência dele.

- A-ahn...Sim.- Respondeu olhando para ela. Seus olhos eram mais bonitos de perto.

- É você que cuida daquela senhora?- Perguntou.- Muito gentil da sua parte.

- Ela é minha mãe. Eu faço tudo por ela.- Falou.

S/N sorriu para ele. Arthur sorriu de volta e voltou a fitar o chão. Estava com medo de olhar para a sua saia e ter uma ereção ali mesmo.

O elevador parou, já tinha chegado no corredor dos dois. Arthur já estava pronto para sair.

- Ah...Arthur né?- S/N falou. Fleck teve um mini ataque ao ouvir ela falando seu nome.- Tem como você me ajudar com essas mercadorias? Estão pesadas.

- Claro.- Falou pegando as sacolas da mão dela.

- Muito obrigada. Você não faz ideia de como isso estava me incomodando.- Falou agradecendo e saindo do elevador junto a ele.

Enquanto a mulher andava em sua frente, Arthur tentava ao máximo não ver seu traseiro com aquela saia rebolando a cada passo. O som do couro se mexendo no corredor o excitava.

Os dois pararam na frente do apartamento de S/N. A mulher abriu a porta e olhando para Arthur que estava parado sem saber o que fazer.

- Pode entrar.- Falou já entrando no apartamento.- Coloque as sacolas no galpão pra mim por favor.

Enquanto Arthur colocava as sacolas, S/N tirava o salto alto, suspirando de alívio depois.

- Vocês homens nem imaginam como nós mulheres sofremos.- Falou rindo sem graça.- Obrigada Arthur. Eu tô te devendo uma.

- Que isso. Não precisa disso.- Falou sem graça.

- Claro que precisa.- Falou.- O que eu posso fazer por você?

Arthur parou para pensar. Ele não poderia pedir para ela simplesmente ficar nua para ele, sem motivos alguns, mesmo que ele quisesse muito.

- Jantar.- Falou.- Um jantar.

- Um jantar? Ok.- Falou sorrindo.- Então a gente vai jantar. Pode ser na lanchonete de baixo?

- Pode ser.- Falou ansioso. Já saindo do apartamento.- Te vejo amanhã?

- Amanhã.- Falou.- Obrigada Arthur.

- Não tem de que!- Falou no corredor, entrando no seu apartamento.

Quando fechou a porta, começou sua crise de risos. Mas dessa vez não era por algo triste.

•••••

Piratiei o filme e agora tô apaixonada pelo Arthur. Socorro tenho que parar de me apaixonar por cada Coringa.

Fiz de madrugada relevem.

🚫 Imagines Da Marvel E DC 🚫Where stories live. Discover now