Capítulo 18

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Kihyun se sentou no sofá, esperando Changkyun voltar da cozinha. Naquele curto período, muitas ideias haviam passado por sua cabeça e nenhuma delas o deixava completamente tranquilo, enquanto os dois estavam planejando aquela tarde no dia anterior ele mal havia cogitado as ideias que agora pareciam o assombrar.

Dúvidas que o deixavam um pouco inquieto, será que Changkyun queria fazer sexo com ele? Não sabia se estava preparado para dar esse passo, quer dizer, não que não quisesse, queria muito, mas a falta de experiencia no assunto o deixava paranoico com o fato.

O motivo de sua ansiedade generalizada voltava da cozinha com algumas guloseimas em mãos, ele não comentou a cara de apavorado de Kihyun, e por alguns segundos o próprio pensou ter conseguido disfarçar o pânico, talvez até ele estivesse nervoso com a tarde que teriam pela frente. Eles se sentaram lado a lado e, de repente, tudo ficou muito estranho.

Changkyun dizia alguma coisa sobre videogames, mas Kihyun estava aéreo.

— Tá tudo bem? — Changkyun balançava as mãos em frente ao rosto de Kihyun. — Tá distante.

— Sim, sim... você estava falando sobre o que mesmo? — Sorriu amarelo.

— O jogo que a gente ia jogar. — Balançou os dois na sua frente.

Kihyun escolheu qualquer um e Changkyun colocou para jogarem. Quando o jogo começou a rodar, as inseguranças pareceram desaparecer, era um jogo de luta, e ambos ficaram imersos no jogo, logo o clima havia voltado a ser mais amigável e menos tenso. Kihyun estava focado em derrotar Changkyun pelo menos uma vez durante o jogo, já que ele seguia com cinco vitorias à zero para Kihyun.

— AH! Isso não é justo, você tem vantagem porque já deve ter jogado isso um milhão de vezes. — Cruzou os braços como uma criança emburrada.

— Você disse que não queria moleza. — Changkyun o enlaçou pelo pescoço, dando alguns beijos em sua bochecha.

— Não queria moleza, mas você poderia jogar no meu nível, pelo menos. — Descruzou os braços, aceitando os mimos que recebia do namorado.

— Como eu posso me redimir? — Perguntou virando o rosto de Kihyun em sua direção.

Tinha o indicador calmamente posicionado em seu queixo, o dedão fazia carinho em seus lábios já entreabertos. Kihyun fechou os olhos, a boca formigava de uma forma gostosa. Aproximou-se de forma instintiva, conseguia sentir a respiração de Changkyun no seu rosto, seus narizes se encostaram levemente.

Ficaram assim, por uns instantes. Changkyun, ainda de olhos abertos, contemplava o rosto do namorado, seus menores detalhes. Se aproximou ainda mais, tocou seus lábios novamente e o viu sorrir, finalmente o beijando, tomando para si os lábios de Kihyun.

Adorava a sensação de beijá-lo, a boca macia em contato com a sua o dava pequenos arrepios. O deixava completamente eriçado, pedindo por mais, levou as duas mãos até seu pescoço, o puxando para mais perto. As mãos de Kihyun percorriam timidamente o caminho até a sua cintura, apertando delicadamente o local, sentia que era a hora certa, toda aquela insegurança de mais cedo parecia se dissipar timidamente pela sala apertada do namorado.

Queria, mais que tudo, ser de Changkyun, ter Changkyun. O conhecer nos seus mais mínimos detalhes, ouvi-lo. Nada poderia tirar de sua cabeça que ele era o garoto certo para ele. Sabendo disso, aos poucos, se inclinou sobre Changkyun, deitando-se no sofá sobre o seu corpo. O encarou profundamente, os olhos castanhos eram profundos e o deixavam cada vez mais hipnotizado, voltou a beijá-lo, ainda mais apaixonado.

Suas mãos percorriam de modo atrapalhado todo o corpo do namorado, queria senti-lo, cada pedaço. Se levantaram rapidamente e seguiram para o quarto, naquele embaraço de beijos e abraços, as mãos perdidas no corpo alheio, os pensamentos anuviados por conta da paixão ardente que era criada.

The Village - CHANGKIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora