Capítulo 15

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Ambos permaneceram deitados, a respiração de Kihyun ainda estava pesada e os espasmos haviam parado recentemente, euforia e culpa cresciam lado a lado competindo por espaço dentro de si, não sabia exatamente o que deveria sentir, talvez o medo de ser descoberto fosse uma grande possibilidade.

Kihyun se levantou e encarou Changkyun, parecia não estar tão nervoso quanto ele, estava feliz – pelo menos era o que aparentava – e gostaria de saber como ele fazia parecer tão fácil, mas não queria parecer um idiota fazendo essas perguntas sem sentido.

— Sua blusa tá suja. — Falou por fim, as bochechas voltando àquela coloração vermelha vermelhas. — Desculpa. — Riu escondendo o rosto.

Changkyun retirou a camiseta, ignorando-a completamente e voltando a se aproximar de Kihyun, o achava completamente adorável.

— Tudo bem, no fim valeu a pena. — Sorriu sacana.

Kihyun voltou a encarar Changkyun, sentado próximo a si, levou calmamente uma de suas mãos até próximo aos seus lábios, deixado um beijo rápido ali. Ele era mais lento em comparação a Changkyun, não havia achado ruim ele ter o masturbado – muito pelo contrário –, mas não conseguia se imaginar em situação análoga, não agora pelo menos.

Changkyun se levantou depois de beijar Kihyun, e trocou a camiseta, não sabia como faria para esconder aquilo de sua mãe, mas acabaria dando um jeito, evitaria pensar nisso agora.

— Quer comer alguma coisa? — Disse assim que voltou para o quarto, Kihyun já estava de pé e sorriu afirmando com a cabeça.

— O que temos para hoje, cheff. — Falou o seguindo.

Changkyun não era muito chegado em cozinha, sabia fazer o necessário para não morrer de fome, mas não era excepcional. Havia decidido fazer a sua especialidade – cachorro-quente – e usou da mão de obra de Kihyun para cortar a cebola e ele ficaria responsável pelo molho em geral.

— Eu deveria cobrar pelos meus serviços? — Kihyun disse enquanto picava a cebola que Changkyun havia pedido.

— Eu pagaria com muito grado. — Changkyun revelou se aproximando, o prensando contra a bancada, a boca próxima de sua orelha. — O que acha de eu pagar agora, hein? — Agarrou sua cintura.

— Acho que quem deveria pagar alguma coisa para alguém, devia ser eu, não acha? — Se virou ficando cara a cara com Changkyun, levando uma de suas mãos até o seu pescoço, o aproximando um pouco mais. — Nós podemos considerar o que aconteceu mais cedo como um pagamento adiantado? Ou um empréstimo?

— Eu não quero que você pense que me deve algo. — Segurou seu queixo dando um beijo demorado no namorado. — Eu ainda não estou acostumado com a ideia de sermos namorados. — Sorriu.

— Uau, eu realmente estou namorando, infelizmente ninguém pode comemorar isso comigo. — Fez uma falsa cara de tristeza, mantendo um biquinho nos lábios.

— Como assim ninguém? Eu sou ninguém agora? Você pode comemorar comigo, aliás, nós vamos comer cachorro-quente! Tem comemoração melhor? — Abraçou o namorado beijando seu pescoço.

Ouviram o trinco da porta e se afastaram, Changkyun voltou a mexer o molho e Kihyun continuou picando as cebolas.

— Uau, que cheiro ótimo! — A mãe disse entrando na cozinha. — Kihyun? Você por aqui? — A mulher fez uma cara de surpresa, mas logo sorriu.

Sabia que ele o filho eram amigos, mas ainda assim não o esperava ali, não sabiam que estavam tão próximos. Changkyun se aproximou dando um beijo longo e estalado na bochecha da mais velha.

The Village - CHANGKIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora