O homem estranho levantou uma sobrancelha para o menino e finalmente falou:
— Você é Harry Potter? — a voz dele era grossa e um pouco fria e o menino assustado apenas acenou positivamente — Sou Severus Snape, professor e vim entregar isso.
O homem intitulado Snape estendeu o papel amarelo com tinta verde que Harry viu vezes suficientes para reconhecer, era a carta. Pegou com mãos trêmulas e olhinhos surpresos. Severus viu a mão roxa do garoto, assim como uma hematoma em sua bochecha, teve medo de ser aquilo que imaginava. Dumbledore não deixaria o menino ser maltratado naquela casa de trouxas? Ou deixaria? Tinha suas dúvidas.
O professor se distraiu em suas desconfianças que não viu o menino gordo de aproximar e arrancar o papel das mãos de Harry. Severus olhou aquele situação com o cenho franzido e ouviu em silêncio um homem gordo se aproximar de Potter com raiva, a carta em mãos e o olhar tão frio dirigido ao garoto. O papel seria jogado na lareira, mas Snape impediu com uma mão.
Seu corpo se moveu sozinho e ele só percebeu quando segurava o braço do trouxa com força.
— O que pensa que está fazendo? — O gordo perguntou e finalmente encarou Snape.
— Valter, o que está havendo? — A mulher loira estancou na porta ao reconhecer o homem vestido de negro. — O que você faz aqui?
Depois do grito da mulher Snape soltou o trouxa, não antes de pegar a carta das mãos gordas.
— Você sabe o que vim fazer aqui. Harry tem uma vaga em Hogwarts desde que tinha um ano e vocês não podem impedi-lo de ir à escola. — Disse sério e frio, se aproximou do garoto, dando olhadas discretas ao corpo do menino, procurando machucados.
— Ele não vai para aquele lugar de aberrações! — Valter gritou e Harry se encolheu com a palavra.
— Isso não cabe a você decidir. — Severus continuou sério, mas o tom frio ganhava tons de irritação. — Lilian queria que ele estudasse lá, é direito dele conhecer o mundo ao qual pertence!
— Mundo de monstros e esquisitice — Valter resmungou e o professor o olhou frio, sua destra segurando a varinha por baixo da manga com raiva.
— Seu trouxa — O bruxo murmurou irritado, Harry tremeu em seu lugar, quando adultos ficavam bravos ele apanhava. Snape notou o comportamento do menino e viu os olhos brilhando em lágrimas mal contidas. O que aquele garoto passou naquele lugar? — Harry, se acalme. Preciso conversar com você e te contar sobre seus pais.
— Mas... eu sei sobre eles. — O menino disse baixinho e o professor estranhou.
— O que sabe sobre eles? — Perguntou querendo saber mais sobre aquela história.
— Meu pai era um bêbado desempregado e mamãe se apaixonou por ele em uma escola para pessoas esquisitas. Eles morreram em um acidente de carro, porque papai bebeu e decidiu sair. — O menino ainda estava encolhido e com medo.
— Não criança. Seus pais não eram assim. — o homem vestido de negro disse gentil e se ajoelhou ao lado da criança.
— Não permito que conte a ele sobre isso! — Petúnia quase gritou e Snape bufou irritado.
— Não é decisão sua. — Severus disse alto e finalmente pegou a varinha apontando aos dois trouxas que olharam assustados.
— Harry... quer passear um pouco? Tomar um sorvete? — Perguntou ao menino que se encolheu abraçando o próprio corpo. O que fizeram com aquela criança?
— Eu...
— Tudo bem, vamos conversar aqui — Ele viu que o convidar a sair era um ideia ruim, o menino tinha medo. Algo aconteceu. — Vocês, saiam.
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Seja um bom garoto Harry
FanfictionHarry não teve uma infância fácil, não teve uma família que lhe deu amor, mas ele vai aprender que família nem sempre é de sangue e que as vezes você pode sim desejar que os seus carrascos sofram, basta fazer direito.
2 - A carta que mudou Tudo
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