Noah é o típico fuck boy, ele não se importa com nada além de seu ego inflado e suas próprias palavras maldosas que atravessam todos em seu caminho como adagas afiadas, ou pelo menos ele era, até Angel aparecer. Quem diria que o garoto problema pode...
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Eu estava mais do que decidida quando bati na porta do quarto, parecia exatamente a coisa certa a se fazer, mas por algum motivo eu não lembrava de uma palavra sequer das que eu havia planejado tanto.
Ele abriu a porta parecendo ainda meio surpreso, e um silêncio sepulcral tomou conta do ambiente. Pigarreei constrangida
- não quero mais brigar - Semicerrei os olhos e cruzei os braços na altura do peito, enquanto observava o loiro por trás da porta
- Eu também não - Concordou - Mas se você continuar andando com isso na bolsa eu não ando mais com você
- Certo. - Acenei positivamente com a cabeça, fitando seus ombros largos e bronzeados. Acho injusto o fato de ele só ter tirado a camisa depois que eu saí - Desculpe
- Desculpa - Ele escorou no batente da porta, apoiado no ombro, me parecia ainda mais bonito, e ficava exatamente do meu tamanho - Pelos meus...
- Chiliques?
- Não chamaria disso, mas não tem problema - Sorri do seu rosto envergonhado - Prometo que tentarei não brigar mais com você
- Ótimo
- Ótimo
Houve um silêncio excruciante. Ele me observava ainda com o vestido preto da praia, enquanto vestia uma bermuda e a camisa de botões florida mais praiana que já vi.
- Anjo - Ele chamou minha atenção. Foquei em seus olhos e no sorriso ao canto da boca - passou protetor?
- O que?
- Protetor. Passou? - Repetiu devagar.
- Não. Já disse, estava de vestido e boné - Ele riu. Uma só gargalhada, contente demais para o meu gosto
- Acho que da próxima vez você deveria me escutar - Avisou
- Eu não... - arrastei os dedos suavemente pelo rosto. Estava quente, e o mínimo toque me causava um incômodo infernal - Merda
- Eu avisei - Respirei fundo
Sem brigas Angel
Não discuta por besteiras
- Quieto loiro - Minha voz soou tão dura que ele parou de rir
- Posso passar um creme se quiser - Deu de ombros entrando no quarto
Eu poderia negar, mas queria sentir seu toque. Queria ele perto, e queria muito mais a porra do creme, porque meu rosto ardia pra caralho
- Certo - Concordei. Ele fitou meu rosto como se fosse algum tipo de brincadeira. - Mas faça logo, estou com fome - Ele finalmente percebeu que não havia brincadeira, e abriu um sorriso radiante
