Crime (Quase) Perfeito // Jjk+kth+pjm

Por que não os dois?

Coreia do sul, Seul.
21:48h

--- Finalmente, Joon! Eu já estava quase dormindo.--- O tom manhoso que preencheu a sala luxuosa não condizia nada com a personalidade da pessoa que lhe balbuciou, cujo lábios bonitos carregavam um pequeno e afiado sorriso. Taehyung ficou de pé, sobre seus caros sapatos de marca.

---- Eu só me atrasei- --- A frase foi cortada quando a nova presença no cômodo guiou seus olhos escuros até o caríssimo relógio prateado em seu pulso, checando as horas. - Dezoito minutos, então não seja exagerado. - Respondeu enfim, revirando os olhos ao final de suas palavras.

--- Ainda sim, você sabe que o Jungkook é um completo anti social, chato. --- O de cabelos vermelhos protestou. Seu corpo agora perfeitamente ereto caminhou em sutis passos até o homem com quem trocava farpas, até estar de frente ao mesmo, razoavelmente próximo. --- Não trocamos mais que duas palavras desde que chegamos aqui. --- Uma falsa expressão chorosa nasceu em seu rosto enquanto seus dedos longos e livres de qualquer jóia se espalharam no peitoral do mais velho entre os três, deixando uma carícia quase imperceptível no tecido do seu terno caro.

--- Me surpreende que, durante meu atraso, vocês não tenham feito outra coisa além de conver-

--- Nós podemos ir direto ao assunto? --- O terceiro indivíduo presente e, até então calado, decidiu finalmente se pronunciar. --- Eu realmente espero que esse novo trabalho seja mesmo tão empolgante quanto você disse, porque eu interrompi uma ótima possível foda para vir até aqui. --- O tom era de total desinteresse mas ainda sim, os outros dois criminosos sabiam que o moreno jogado sobre um divã de couro, de forma relaxada, estava tão excitado para aquilo quanto eles.

Para os três homens alí, assim como para muitos ao redor do mundo, a vida não era nada sem uma boa dose de emoção. Sem o frio na barriga por fazer algo perigoso, arriscado ou até mesmo errado, proibido. Para isso, as pessoas optavam por coisas não tão recomendáveis pelo ministério da saúde, como beber até perder o controle, consumir drogas, participar de orgias ou esportes radicais.

Para Kim Taehyung e Jeon Jungkook, por outro lado, a emoção que lhes fazia sorrir em excitação estava sim, em tudo isso que foi listado a pouco, mas principalmente, e no topo da lista, estava no crime. Estava na satisfação da carga elétrica que percorria por todo seu corpo quando entravam em um novo caso, no sorriso que rasgava seu rosto quando o acelerador era pressionado com toda força até que velocidade fosse forte o suficiente para lhe rasgar o peito. Estava em tudo isso, e ainda tanto mais que não conseguiam explicar em palavras.

Não eram medíocres, por outro lado. Seus esquemas e trabalhos eram estudados por meses antes de serem executados. Não era simplesmente invadir um local a os gritos e obrigar uma atendente chorona a lhe passar todo dinheiro presente no caixa. Não, longe disso. Aqueles três, em específico, eram mestres na arte da manipulação, ganhavam a confiança de suas vítimas, descobriam seus secretos mais profundos e usavam aquilo contra eles.

Taehyung costumava dizer que eram um tipo diferente de Hobin Hood. Eles roubavam coisas que nem mesmo quem possuía, devia ter. Pertences, dinheiros, diamantes e tudo mais que podiam. Coisas que eram conseguidas de forma desonesta por quem lhes tinha. Corrupção, suborno, extorsão. Roubavam daqueles que não podiam nem mesmo denunciar que haviam sido roubados, já que não teriam como explicar a origem do que perderam.

Chegava a ser hilário, para eles.

--- Bom, vamos nos sentar. --- Namjoon coçou a garganta e caminhou até o grande sofá da mansão particular e razoavelmente isolada, que os três usavam para suas reuniões de trabalho. Tal residência sendo também fruto de um dos seus muitos esquemas.