0: Prologue

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— Uma coisa mínima pode mudar sua vida. Num piscar de olhos, quando menos esperamos, acontece algo... que nos põe num caminho que não planejamos... rumo a um futuro que jamais imaginamos. Aonde seremos levados? É a jornada das nossas vidas. Nossa busca da luz. Mas, às vezes, achar a luz significa passar pela mais profunda escuridão. Pelo menos, foi assim para mim.

O som dos helicópteros ecoavam, agachados entre os escombros, eu segurava a arma pesada, sentindo o olhar atento dos meus companheiros sobre mim, esperando minhas ordens.

— Equipe de segurança pronta. — James um dos meus disse sussurrando ao meu lado.

— Mande avançar. — em prontidão eu disse aos meus companheiros, que partiram cautelosamente em disparada na minha frente.

As luzes das lanternas, os barulhos dos cortunos batendo contra o chão sujo, janelas quebradas, a respiração, é o que podia ouvir enquantos íamos em direção a uma porta, que rapidamente foi arrombada por alguns recrutas e logo o choro de mulheres e crianças estavam presentes.

— Não se mexam!- apontei a arma para as pessoas na entrada — Três civis! Revistem eles! — Eu disse duramente a ordem, seguindo rapidamente pelo local. — Mulher e criança! Para a esquerda.

Os gritos ensurdecedores das crianças ali invadiram meus ouvidos, juntamente as falas uma em cima da outra dos meus soldados, o pavor, todo o pânico junto. — Três crianças, três crianças! — eu continuava a dizer alto, para que todos meus companheiros me escutassem.

Segui por outra porta, com James em minha retaguarda, andei cautelosamente pelo corredor, a respiração ofegante, meu peito subia e descia, a adrenalida invadia meu corpo, eu sempre odiei toda essa sensação. A arma empulhada, apontada pra direção do corredor onde eu e meu companheiro andavamos, pronta para atirar caso aparecesse uma ameaça.

A lanterna iluminava o local completamente escuro, onde ouvimos vozes vindo em nossa direção.

— Por aqui. — ouvi a voz grave falar e minha arma já estava apontada em sua direção.

— Rick, encontramos o terceiro pelotão, avise pelo rádio antes que a gente se mate. — meu olhar fitava ainda sem reação o homem aparentemente mais velho.

— Sim, gênio. — o homem disse e rapidamente falava pelo rádio acatando as ordens de seu superior.

— Gênio? Voc- — os tiros foram acertados no homem que até então falava no rádio, logo todos estavam disparando contra os alvos pelo meio de todo aquele entulho. Eu descarregava com maestria o cartucho das balas mirando precisamente nos homens inimigos.

— Ei Rick, é o gênio, fala comigo! Vamos tirar você daqui. — o homem dizia segurando o corpo de seu companheiro em seus braços  no meio do tiroteio, isso é suicídio. — Homem ferido, precisamos do doutor.

Tiros foram disparados por toda a área, fazendo o homem que gritava por um médico para seu companheiro, cair no chão depois de ser atingindo pelos disparos da arma.
Agachei rapidamente, mirando no inimigo que desferiu os disparos contra o homem, acertando sua perna e abdômen, fazendo ele cair morto no chão.
[...]
— Entendido. Uns vinte minutos. Helicóptero a caminho — eu disse para o rádio que fez um chiado costumeiro.

A poeira subia no acampamento, fazendo nevoeiros, meus companheiros andavam pelo local, conversavam entre si. O vazio que constava em meus olhos, o uniforme sujo, tudo aquilo remetia a toda aquela guerra sem fim, eu odiava.
Escorei na barraca que eu descansava e vi no chão algo brilhando como o sol nas manhãs.

— Vamos embora. — disse para os soldados que circulavam pelo ambiente hostil, enquanto andava em direção ao que brilhava. Uma foto suja, cuspi na mesma a limpando olhando melhor o que continha, nela estava um garoto bonito sorrindo para câmera, guardei a mesma em meu bolso no uniforme me levantando para ir até meus homens.

O barulho do chão explodindo em meus pés era uma das sensações mais horríveis, a imagem de todos meus companheiros  voando com a explosão foi a última coisa que eu vi, e o zumbido ensurdecedor permaneceu quase estourando meus ouvidos.

— Você vai sair dessa. Foi um morteiro, bem onde vocês estavam, três homens não sobreviveram. O paramédico encontrou isso nas suas coisas. — eu analisava a foto que tinha me salvado da morte a alguns instantes. — Eu vi você pegando. — o soldado falava enquanto eu ainda admirava a beleza do homem na foto. —Parece que te salvou. — virei a mesma, lendo o que estava escrito em coreano, algo que eu não via a muito tempo; "fique a salvo, beijo".

— Você tem um anjo da guarda. — o soldado de sotaque alemão disse e se retirou do local.

— Não é minha. — falei baixo ainda encarando a foto.

A festa que fizeram em comemoração contava com uma banda que eu não fazia idéia de quem eram, mas aquilo definitivamente não era música, muito menos boa, caras estranhos praticamente fingiam tocar os instrumentos e gritavam alto para provavelmente ninguém perceber que eles não estavam tocando nada.

 Ficar naquela festa me traria muita dor de cabeça, mas eu continuava procurando o paradeiro daquela foto, já tinha perguntado para todos homens e mulheres naquele recinto se alguém sabia de quem era a foto. Mas ninguém sabia me dizer quem era aquele anjo.
[...]
Tinham se passado exatos oito meses desde aquele acontecimento, tudo continuava na mesma, eu não sabia quem era o garoto na foto e nem o dono dela, o carro chacoalhava me fazendo acordar com a voz do meu amigo.

— Você tem que encontrar esse garoto um dia. — escutei Sehun meu amigo dizer, podia fala coreano com o mesmo, eu me sentia perto de casa mesmo tão longe, e eu sei que ele também compartilhava do mesmo sentimento

Sorri para o meu amigo, que continuava a falar sobre o garoto na foto. — Tem que agradecer a ele. Sem dúvida, ele é o motivo de você ainda estar respirando. — beijei a foto com delicadeza. — Dá um beijo por mim Jeon. Só estou vivo porque segui você, seu maluco! — meu amigo dizia atrás de mim.

— A gente é só muito sortudo, Sehun, nada demais. — disse ainda segurando a foto fortemente.

— Você está louco! Coisas assim não acontecem por acaso, Jeon. Ele salvou você, estamos indo pra casa! — ouvi sua risada ficar mais alta, ele estava muito feliz, era a saída do inferno.

— Você só fala merda, Sehun! - debochei do meu amigo sorridente, prestando atenção na estrada a frente.

— Você deve muito a ele. — vi seu sorriso cessar.

Tudo claro e a imagem de meu amigo sumindo foi a última coisa que eu vi, junto a explosão estrondosa que eu escutei. 
Perdi o sentidos escutando os tiros, abri os olhos rapidamente, crianças jogavam perto do meu ascento na aeroporto, flashback sobre um passado recente, era costumeiro. Os barulhos emitidos pelas armas fizeram minha respiração se tornar ofegante, passei as mãos pelo rosto escutando muitas pessoas falando línguas diferentes.

"Atenção vôo para Busan partirá em quinze minutos"

A voz fina da mulher ecoou pelo aeroporto, fazendo algumas pessoas ao redor se levantarem, eu tinha apenas uma mochila, não sobrou muito do que eu carreguei na guerra, na verdade eu não tive nada na guerra a não ser coisas extremamentes ruins.

Eu estava voltando ao meu país, a minha cidade, minha família. Em busca daquele homem na foto, para agradece-lo por ter me salvado. Eu precisava encontrar ele, era minha última missão.

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aaaaaaaaaaaa

Sério, me desculpem pelos erros kkk to nervoso, é a primeira fic jikook que posto nessa conta e sempre fico nervoso.

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