Capitulo 5

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ZABDIEL

2 semanas.

Era o tempo que eu não ia mais para o local onde Lau trabalha. Depois daquele beijo maravilhoso e da minha cagada a chamando de Gwen, parei para pensar no que estava fazendo.
Ainda por cima o que me deu para querer beijá-la. Não sentia vontade de transar com ela, ou algo do tipo. Mas aquele beijo... foi o melhor de todos, e eu consegui estragar ele em segundos. 

— Gwen. — murmurei e logo quando me dei por conta da merda que tinha falado apertei os olhos com força. 

— Errou. — sussurrou e eu saí de cima dela, voltando a me deitar ao seu lado, soltando um suspiro e colocando a mão na testa.

— Me desculpa, eu... 

— Tá tudo bem. — me interrompeu. — já to acostumada com isso é normal os clientes fazerem isso. — deu de ombros e eu a olhei. 

— Mas eu não sou seu cliente. E como isso pode ser normal? 

— Na maioria das vezes eles imaginam estar com mulheres que não podem ter como pessoas famosas ou uma paixão.

— Está dizendo que sou assim? — perguntei e ela riu. 

— Sem dúvidas. — falou e se levantou. — Fim do seu tempo, senhor. — completou e eu me levantei em seguida. 

— Sobre o beijo... hm... vamos fingir que não rolou. — pedi e ela assentiu. 

— Como preferir, senhor. — disse. — Volte sempre. — piscou e saiu do quarto em seguida. 

LAU

Mas que porra de beijo foi aquele? Saí do quarto sentindo meu corpo inteiro em chamas, e eu não podia fazer absolutamente nada a respeito. 
"Vamos fingir que não rolou." 
Só fingir mesmo, porque esquecer que rolou, jamais. 
Já fazia 2 semanas que ele não voltava aqui, e eu fiquei meio incomodada. Já estava acostumada com ele sentado sempre na mesa 6.
Já estava acostumada com a presença dele na minha vida, e isso era terrível. 

— Não vai aparecer ninguém naquela mesa mesmo que você fique a noite inteira a encarando. — falou Mari, se encostando ao meu lado no balcão do bar. — Se apegou no boy? — perguntou. 

— Claro que não! — nego rapidamente e ela ri. — Só estava encarando a mesa porque é a que está na minha frente. 

— Sei bem. — ironizou e eu revirei os olhos. — Gostou tanto dele que fica toda preocupada quando ele some.

— Eu não gostei dele. 

— Mente mais, vai que eu acredite. 

— Por que ele não tá mais vindo? — bufo. — Será que começou a namorar a tal de Gwen? — pergunto. 

— Quem é essa? 

— A mina que deu um pé na bunda dele e que ele é apaixonado. — explico. 

— Vixe, se ele conseguiu conquistar ela, ele não volta mais aqui, Laurinha. 

— Que apelido ridículo. — rio e ela me acompanha. — Não querendo ser egoísta, mas já sendo, espero que ele não tenha conseguido nada com ela. 

— Tá muito apaixonada, hein, Querida! Cuidado pra não quebrar a cara outra vez. — avisou e eu suspirei. 

— Não estou apaixonada, e aquilo não vai acontecer novamente. — falo e olho para os homens presente no local. — Licença que eu tenho muito prazer pra dar. — jogo beijo e saio de perto dela. 

Nothing but you • ZABDIEL DE JESÚS  Where stories live. Discover now