Capitulo 2 - Lágrimas Vermelhas

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Um rosnado alto escapou de meus lábios a medida que as coisas se tornavam mais intensas. Era quente, ardente, abrasador e o suor que escorria por nossos corpos tornava cada movimento mais erótico.

Precisava daquilo.

Precisava dele.

Precisava toma-lo.

Cada fragmento de meu corpo implorava para que eu afundasse meus dentes em sua epiderme macia, havia uma necessidade crescente que remexia meu estomago em engolir cada misero suspiro que escapava de sua boca, precisando me submergir no oceano que era o seu corpo.

Precisava, para o bem de minha consciência, deixar claro que aquele homem me pertencia.

As bocas batiam-se uma contra a outra com raiva, línguas se roçando sem qualquer pudor, os gemidos se misturando em um único som.

Era o som da mais pura necessidade.

Tudo estava acontecendo muito rápido. Em um momento o moreno se encontrava em meus braços e o apertava com força por medo de que o mesmo fugisse mais uma vez, em outro o devorava sem pena, como um predador devora sua presa. Cobiçando seus grunhidos, desejando seus dedos, ansiando marca-lo de todas as formas possíveis até o cheiro doce que se desprendia de seu ser desaparecesse completamente.

Aquele cheiro doce que não lhe pertencia.

Seu cheiro de terra ainda era predominante, amadeirado, gostoso e forte que provocava todos os meus sentidos, contudo minhas narinas conseguiam detectar um leve aroma adocicado ao final; um maldito cheiro de ômega que parecia impregnado em seus ossos, doce como um bolo coberto de chocolate.

Era algo extremamente enjoativo que atiçava cada um dos meus nervos ao puro ódio, irritando meu lobo interior ao ponto de deixa-lo perto a beirada da transformação. Lembrando-me de quem Jongin, meu companheiro predestinado, havia escolhido para estar ao seu lado; atormentando-me com a ideia de outra pessoa obter-lhe, indignando cada célula do meu ser com a sua existência.

Ele era meu.

Jongin era meu.

Mesmo que estivéssemos separados por anos, mesmo que ele fugisse mais uma vez, sempre seria meu. Eu odiava aquele cheiro doce, por isso enquanto fazia questão de lamber e morder porção de tez de sua pele, estava decidido que iria consumir aquele corpo até que a única coisa que sobrasse fosse o nada.

O mais belo e incrível nada.

Até que eu, Park ChanYeol, estivesse tão marcado em seu ser que nada seria capaz de excita-lo novamente. Nem mesmo a pessoa mais linda do mundo ou o contato mais intimo possível, nada poderia suprir suas necessidades ou lhe satisfazer novamente.

No dia em que o vi adentrar o salão acompanhado daquela coisinha, algo me alertava dizendo que aquele garoto com cabelos pretos era uma ameaça. Naquele momento tentei conter todas as minhas inseguranças, raivas, mas no momento em que senti o cheiro exalando de sua pele não pude manter a calma.

Eu estava lembrando aquele moreno a quem ele pertencia e obedecia.

Segurando seus cabelos de forma grosseira me permiti arrastar a boca sobre o pescoço moreno, sugando, lambendo, marcando até que meu lobo rosnasse dizendo que isto não era mais o suficiente. Nada parecia ser o suficiente quando o calor consumia meu organismo, nada parecia ser bom o bastante enquanto não tivesse minha marca em seu pescoço e meu cheiro carregado, demonstrando para todas as almas vivas daquela maldita aldeia que aquele alfa me pertencia.

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⏰ Última atualização: Nov 26, 2019 ⏰

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