Haunted |Z.M|

Capítulo 4 - Zayn Malik.

Eu tentava de todas as formas, impedir que aquele garoto fosse baleado na frente de sua irmã mais nova. Eu sei que era apenas um sonho, um sonho que eu tinha todas as noites, que nada daquilo era real. Mas não importava, continua a ser uma coisa horrível de se ver. E é uma coisa que eu sou obrigada a ver todas as noites, logo terei medo de dormir, acho que existe uma fobia para isso.

Eu simplesmente não entendo o por quê desses... Pesadelos. Não conheço essas pessoas, há alguns dias eu não conhecia este lugar, então por que comigo? O que está acontecendo?

- Holly, você está bem?- Skye balança uma das mãos na frente do meu rosto. Pisco os olhos diversas vezes com o gesto dela.

- Estou sim, só meio distraída.- digo para a loura.

- Com o quê?- ela sussurra.

- Vocês estão prestando atenção aqui, meninas?- o professor chama nossa atenção lá da frente.

- Claro que estamos.- Skye responde por nós duas.

O homem revira os olhos e volta a explicar alguma coisa sobre medicina. Eu gosto de escrever, mas também gosto de animais, por isso, decidi ser veterinária. Dessa forma, faço algo de meu agrado e ainda ajudo outros seres. O problema é que não consigo me concentrar mais nas aulas por causa dos pesadelos.

Já em frente a faculdade, ouço gritarem meu nome. Skye aparece acompanhada de um rapaz com belos olhos azuis, que não demorei muito para reconhecer.

- Onde esteve, Niall Horan?- pergunto. 

- Em casa, acabei dormindo até tarde. Perdi muita coisa?

- Ela não vai saber te responder.- intrometeu-se Skye.- Porque nem prestou atenção nas aulas de tão distraída, não é?- olhou pra mim.

- Talvez eu estivesse só um pouco distraída, mas eu entendi a maioria das explicações.- afirmei.

- Tudo bem, sabichona.- somos amigas há algumas semanas e ela já me chama de uma porção de coisas.- E agora, pode me dizer o motivo de tanta distração?

- Eu também quero saber.- empolgou-se Niall.

- Credo, dois fofoqueiros.- digo.

- Dois curiosos, só pra corrigir.- Skye cruzou os braços.- Anda logo, Walker.

- São só uns... Sonhos estranhos que ando tendo a noite. Na verdade, toda noite. É sempre o mesmo sonho, mas nada demais.- tem um pouco de verdade nisso.

- Está dizendo que todas as noites, você tem o mesmo sonho?- Niall arqueou as sobrancelhas. Concordei.- Saberia o por quê?

- É isso que tento descobrir, por isso estou sempre distraída.- ageito a mochila nos ombros e respiro fundo.- Bem, eu tenho que ir.

- Isso é tão legal, adoro essas coisas sinistras.- diz Skye de repente.

- Você me assusta.- concluí rindo e me despedi deles, andando até minha casa.

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O barulho de um trovão me pegou de surpresa. Acabei por riscar o caderno onde eu escrevia minha história.

- Droga, perdi minha inspiração.- reclamei. Com o susto, me esqueci das ideias que tinha na cabeça.

Joguei o lápis na mesa e me espreguicei na cadeira. Voltei a posição normal e olhei para a janela que fica ao lado da escrivaninha. Era uma noite de chuva forte, e me lembrei que nos pesadelos que sempre tenho, também chovia como agora. Xinguei mentalmente a chuva e a lembrança, me levantando da cadeira em seguida.

Pego o meu celular que estava jogado na cama e vejo algumas mensagens de Skye, outras de Niall e da Sam. Respondo todos e digo a minha irmã que também estou com saudades. Envio as respostas e segundos depois, apareceu um risco branco no céu, acompanhado de um estrondo.

- Estou levando sustos à toa.- digo pra mim mesma.

Ponho o celular de volta na cama e desço as escadas, correndo como sempre. Acendo as luzes da sala e da cozinha, que são praticamente a mesma coisa, separadas apenas por um balcão. Estava retirando a garrafa d'água da geladeira quando vejo um vulto passando com o canto do olho. Não havia ninguém. Outro relâmpago se fez no céu, iluminando uma parte da sala, onde avistei a silhueta de uma pessoa. Engasguei com a água. Dessa vez eu vi, claramente.

- Q-quem é você?- minha voz falha.- O-o que faz aqui?

- Eu que te pergunto.- uma voz rouca responde, e começo a ouvir passos. Eu realmente não esperava por uma resposta, podia jurar que era coisa da minha cabeça. O sujeito se afasta do canto da sala, e logo consigo vê-lo na claridade. Seus olhos escuros me fitavam.- O que faz aqui?

- Você... Eu sei quem é você...- eu fazia froça para dizer as palavras.

- É claro que sabe. Você já me viu morrer tantas vezes.

Eu não conseguia acreditar que o rapaz de meus pesadelos estava bem ali, na minha frente. Eu não podia estar vendo coisas, tinha certeza que aquilo era real. Os seus olhos vazios encaravam os meus, seu rosto mantinha uma expressão séria e ele falava com irritação na voz.

- Agora, responda a minha pergunta.- franziu a testa.- O que faz aqui?