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                    Mariana Rosati
                                 
                               Quinta‐ feira, 10:30

Estava terminando de pentear meus cabelos, acordei tem pouco tempo e não enrolei muito pra tomar um bom banho, aproveitando pra lavar meus cabelos, iria deixar ele secar naturalmente, Lua já havia acordado mas ainda estava deitada, começando a mexer no celular, ela é assim, tem um ritual, demora minutos pra ela realmente acordar, antes disso, é só um corpo com olhos abertos, era engraçado mas eu já estava acostumada.

— Levanta logo, vamos tomar café. Depois tu vai fazer chapinha em mim— Luanda arrumava tão bem o meu cabelo, que toda vez que ela vinha pra cá, eu explorava ela.

— Virei tua empregada agora né, vou fazer chapinha nenhuma, a menos que tu faça uma massagem em mim.— Safada, bom eu realmente era boa na massagem segundo as pessoas, eu até gostava de fazer.

— Vou fazer esse sacrifício pelo meu cabelinho.— ela se sentou rápido na cama, vendo algo no celular.

— Mari, olha isso— larguei rápido a escova na minha penteadeira e fui ao seu encontro pegando o celular da sua mão, vendo então uma mensagem que o Felipe mandou ainda essa madrugada— ai meu Deus, será que é o que eu tô pensando?

Na mensagem ele perguntou se as coisas ainda não estavam claras pra ela, que ele queria conversar pessoalmente pra desenhar se fosse preciso, porque ela não estava entendendo nada. Sorri, eu sabia que ele iria falar que gosta dela e quer tentar algo, tinha certeza, ainda mais depois da mensagem irritada dela dizendo que gostava dele.

— É minha amiga, acho que perdemos mais uma piranha— ela suspirou pesadamente sorrindo e se jogando na cama olhando para o teto, ainda sorrindo como uma boba.

(...)
                                         
                                                     12:30
Eu estava caminhando com Luanda e Aghata ao meu lado, andávamos calmamente pelo condomínio, sentindo as sombras das arvores que procurávamos para fugir do sol quente a caminho da mansão Bertolini, havíamos acabado de almoçar, Aghata iria ver Amanda, elas eram melhores amigas, mas também tinha o Kaique, provavelmente ela vai ver ele também, e Lua, bom, ela vai pra onde eu for, e digamos que ela se dar super bem com todos daquela casa, sério, a tia Lucia amava essa garota, Lua, assim como todas nós éramos de casa, nos sentíamos em casa, tanto que vivíamos lá, até a minha mãe, e eles lá em casa, ou seja, passamos realmente muito tempo juntos, sem contar que nossos pais eram sócios, tinham varias empresas juntos, por isso Pedro e eu nos conhecemos desde pequenos.

Lua estava animada desde que viu a mensagem, ela o respondeu e eles marcaram de sair hoje mesmo, o garoto estava apressado, mas eu achava bom, eles já tinham perdido tempo demais, pra duas pessoas apaixonadas, ele iria pegar ela aqui mesmo, pra irem pro shopping ver um filme e jantar, do jeito que os dois são fogosos, acho difícil se acertarem e não pularem logo pra sobremesa.

Chegamos e vimos que a casa estava toda aberta, estavam todos em casa, e tava rolando uma pequena discussão, vish, hora errada, em minha defesa, eu avisei que estava vindo, aliás todas avisamos, porque a Lua mandou mensagem pra Lúcia, disse que queria ver logo as lingerie da coleção nova, minha mãe havia dito a ela que a nova coleção estava na casa da Lúcia, e ela ficou doida, ela e minha mãe estão com um projeto novo, elas tem uma rede que loja, trabalham com peças, únicas, é basicamente um tipo de ateliê, que agora ira fazer lingerie também. E Aghata também tinha marcado com Amanda, de fazer sei lá o que.

— Você não vai e ponto final. Se o Kaique não for, você não vai.— Merda, a discussão era com Amanda, Jorge disse isso sem nem olha lá, ela estava indignada e olhava pra mãe em forma de apelo, Lúcia apenas passou as mãos nos cabelos em um sinal nervoso, como se pensasse em algo pra dizer.

Obra do destino Where stories live. Discover now