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continuação...
                      Mariana Rosati

— Tô olhando caralho, essa porra de vestido tá me tirando do sério, fico imaginando tu na rua, dançando, sem termo nenhum— só revirei os olhos— não tô brincando assume que tu tá errada!

— Bom, se eu cometi algum erro, foi em não ter te mandado mensagem dizendo que iria em um barzinho, embora eu ache que isso é exagerado, porque eu não fico controlando seus passos e nem quero que você controle os meus— voltei a sentar na cadeira ao seu lado, cansei de ficar em pé.

— Não tem nada haver com controlar passos, tem haver com ser certa nas paradas, a gente não é solteiro, se eu fosse pra balada eu te avisaria— ri com deboche mas é um palhaço mesmo.

— É piada né? você já fez isso! me avisou que foi pra balada com seus amigos, no outro dia e eu não fiquei brava, também te contaria depois, simples!

Ele suspirou pesadamente, como se estivesse lembrado do episodio e eu me inclinei para frente, para desabotoar as fivelas da minha sandália, meus pés já estavam pedindo descanso.

— Ok, ok eu não fiz na intenção, a partir de agora um diz pro outro se vai pra uma festa, antes de ir pra festa.— tirei a sandália e deixei ao lado da minha cadeira, já sentindo o alívio nos meus pés.

— Mas e se a festa for em cima da hora? tipo, eu não fiz de propósito, você sabe que eu quase não bebo, mas hoje eu tive vontade e fui, isso não deveria ser um problema pra você.

— E não é, não tenho problema nenhum com isso, você pode beber a vontade, o que me irrita é você andando por aí, sem mim, praticamente bêbada—  senti que ele queria falar mais uma vez do vestido mas preferiu não brigar mais por esse assunto, muito bom porque se ele me chamasse mais uma vez de puta eu iria dar na cara dele.

— Não tô bêbada, longe disso ainda— estava satisfeita por ele não estar gritando e agora tentava ter uma conversa mais civilizada pelo menos— sério, tá tarde, eu vou dormir.

Disse isso já me levantando e pegando os minhas sandálias do chão, vendo ele dar um longo gole na sua cerveja,  quando cheguei em sua frente ele me puxou pela mão livre e me fez sentar na sua coxa, aproximou o rosto do meu, ele fez um movimento com os lábios, os pressando e passando a língua por eles que ainda estavam meio molhados de cerveja, ai papai, que tentação.

Em um movimento rápido, ele enfiou a mão dentro do meu vestido, na direção da minha coxa e ficou passando a mão lá, no limite entre a minha coxa e cintura, com o polegar na minha virilha.

— Eu só tava desejando que você estivesse tirando uma com a minha cara e estivesse de calcinha— negou com a cabeça apertando o local que segurava— só espero que amanhã a gente não acorde com uma foto vazada, porque eu juro que você vai se ver comigo.

— Jurou né more? esse vestido exige que eu não use calcinha, não iria usar só por sua causa! por que vazariam foto minha? eu não tirei o vestido no bar não, para de ser dramático— senti a mão dele arredando cada vez mais, sabia onde iria parar— aquieta essa mão.— o olhei brava e ele sorriu, sorriso lindo da porra.

— Pelo menos pra uma coisa tem que servir, tô doidinho pra rasgar ele e te comer até você jurar nunca mais usar uma porra dessas, principalmente longe de mim.— ele me impulsionou mais pra frente e também veio mais pra frente, de encontro a mim e foi direto em direção a minha orelha antes depositando um beijo no meu pescoço e uma mordidinha na minha orelha.

— Não iriamos sair do quarto então, porque é ruim de eu parar de fazer isso, se o vestido marca a calcinha, eu não vou usar calcinha!— senti a mão dele na minha intimidade, engoli em seco— para Pedro, não vai rolar, sério.

Obra do destino Where stories live. Discover now