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Mariana Rosati

Sexta- feira, 13:30

Haviam se passado alguns dias após o aniversário do Pedro e as coisas voltaram a normalidade de certa forma, digo no trabalho e estudo, porque com relação ao Pedro, está tudo confuso, ele anda muito distante e isso tá acabando comigo, varias teorias estão se formando na minha cabeça, a principal delas: ele já teve o que queria, agora não me quer mais.

Se for isso quero que ele seja franco comigo e termine logo, não vou me humilhar pra homem! se era só sexo que ele queria é melhor mesmo que a gente termine, não mereço ficar com alguém que não goste de mim, homem é o que não falta, ele termina comigo hoje amanhã outro babaca que só pensa com a cabeça de baixo, bate na minha porta, simples.

Eu amo aquele garoto, mas me amo em primeiro lugar. Tem exatos três dias que a gente não ou se fala, nem ao menos por mensagem, se tem algo que eu não sou é grudenta, mas ele é, então por que ele não está me ligando 24h para a gente se ver? eu sei, parece exagero, só que eu conheço ele há muito tempo mesmo e isso é realmente o que ele estaria fazendo, ao menos se mostraria incomodado com o fato de não estarmos nos vendo, isso é estranho.

Outra coisa que esta me deixando um tanto preocupada é que ontem eu recebi uma mensagem do Vinicius, ele pegou meu número com alguém da festa, então é só questão de tempo até o Pedro descobrir. Nas mensagens ele pedia infinitas desculpas e eu desculpei mesmo com um pé atrás, ao longo do dia nós meio que conversamos, ele puxou vários assuntos dizendo que queria realmente ser meu amigo, porque me achou uma pessoa muito legal mas eu só respondia o básico.

Não queria problema e ainda não sentia que ele estava sendo sincero, pego ranço de homem escroto e ele me beijar sabendo que eu não queria, foi bem escroto, existem garotos que eu tenho ódio da cara até hoje uns que ficavam me cantando o tempo inteiro até eu perder a paciência e outros que acharam que tinham o direito que tocar no meu corpo.

— Mari, já comeu?— minha mãe apareceu na porta do meu quarto, neguei— então desce e vai comer logo.

— Tô indo— conectei meu notebook no carregador pra sair

— Ah filha, seu pai ainda está lá em baixo almoçando também viu— olhei pra ela, droga, estou fugindo do meu pais há dias, ele vai querer conversar sobre a noite que eu dormi com o Pedro e eu definitivamente não estou bem pra ter esse tipo de conversa com ele agora

— Ai mãe, vou ficar mais um pouco aqui, depois desço pra comer.

— Eu te achava mais madura Mariana, desce pra almoçar com o teu pai e conversa com ele— colocou as mãos na cintura— anda.

— Não é questão de ser imatura mãe, eu não tenho problema em falar sobre sexo com ele, embora eu prefira a senhora, é que eu tô com a cabeça bem cheia esses dias, não queria ouvir sermão e nem deixar ele bravo e ele vai ficar, é um fato!— suspirei

— Eu te entendo filha, mas ele já sabe o que aconteceu, ele não é burro e já está super insuportável esses dias de qualquer forma, conversa logo com ele pra acabar com isso— explicou— até porque já marcamos a ginecologista pra semana que vem e ele vai saber, ele é teu pai, vai ter que entender, a hora chega pra todo mundo e ponto, vou ficar lá com vocês, se preferir.

Concordei e saímos do quarto juntas, descemos as escadas até a sala e seguimos para a sala de jantar, onde meu pai estava falando no celular provavelmente sobre negócios, enquanto mexia no seu suco que ainda estava intacto, me fazendo perceber que ele ainda nem tocou na comida o que deixa a minha mãe irritada.

— Desliga— minha mãe disse apenas e ele deu um suspiro, ela seguiu na direção da cozinha, antes olhando para sua direção, para vê lo obedecer.

Obra do destino Onde histórias criam vida. Descubra agora