Esquentei o leite no fogão. Peguei a mamadeira que eu trouxe naquela malinha, a enchi com cuidado e logo depois coloquei em sua boquinha. Ele começou a mamar desesperado. Provavelmente Changyo não tinha o alimentado o dia todo. Eu estava com medo de que Changyo nos visse e não quisesse me deixar cuidar do meu filho.

— Mama logo, meu filho... — sussurrei olhando para os lados tentando nos proteger.

— Por que a pressa? — Meu corpo paralisou, parecia que minha alma tinha saído dele.

— Changyo, eu...

— Termine o que está fazendo — eu assenti quase em um impulso olhando para o meu filho. Minha respiração ficou ofegante. Ele se aproximou e tocou meu pescoço. Começou a distribuir beijos por ele e eu apenas fiquei parado. Não me movi, não fiz nada. Não demonstrei prazer e nem repulsa, apenas deixei que ele fizesse o que queria. — É assim que eu quero você, cheirando bem...

Assenti fechando meus olhos por alguns segundos, e só quando abri e olhei nos olhos negros do meu filhote que eu pude recuperar minhas forças. Me virei para ele assentindo novamente.

— Eu sempre vou ficar assim para você.

Ele levantou sua cabeça e ficou me observando em silêncio. Minhyuk adormeceu nos meus braços enquanto mamava. Changyo parou na minha frente e estendeu a mão para mim.

— Vamos, agora é a sua vez de mamar — aquelas palavras, naquele momento, aquilo me fizeram quase ter um enjoo imediato. Como ele podia usar palavras tão doces de uma forma tão nojenta?

Eu não tive escolha, fui subindo as escadas segurando meu filho, indo ao lado dele. Eu não ia segurar sua mão. Eu entrei no quarto em que eu passei mais de um ano dividindo com ele. Eu não podia colocar meu bebê na cama, então eu joguei várias roupas minhas, que haviam no armário, no chão e o coloquei deitado. Era a única forma de eu ter certeza que ele ia ficar a salvo e não ia ser pego pelo Sojoon.

Olhei para ele que estava se sentando na cama, estava sentado. Meu corpo inteiro estava doendo, meu rosto estava doendo, eu não sei de onde eu estava tirando forças. Me ajoelhei em sua frente sem fazer nada e olhei em seus olhos.

— Eu fui tão bom para você — ele acariciou meu maxilar e eu permaneci olhando em seus olhos. — Minha antiga ômega não teve o tratamento VIP que você tem. Não me faça perder minha paciência com você...

— Changyo — sussurrei baixo o olhando fixamente nos olhos e toquei suas coxas — eu sei que é bom para mim... eu entendi agora que voltei. Eu vou ser o melhor ômega do mundo para você.

— É isso mesmo que eu quero, eu quero você sem aquela criança na sua barriga.

Eu suspirei fundo e sorri para ele sem mostrar meus dentes. Toquei seu membro em sua calça. Eu sabia o que devia fazer, mesmo que não fosse o que eu queria fazer. Minha vontade de chorar era gigantesca, mas como eu tinha afirmado que eu faria qualquer coisa pelo meu filho, eu não estava brincando.

Eu comecei a lentamente abrir sua calça, segurei seu membro com apenas uma mão, deixei a outra abaixada por baixo da minha perna. Olhei para o seu membro. Eu nunca havia feito aquilo na minha vida, eu não tinha ideia se eu conseguiria ou eu acabaria vomitando no processo. Mas eu fui, coloquei seu membro na minha boca e comecei a fazer movimentos. Ele estava focado em mim, então tentei aparentar que eu estava gostando de fazer aquilo.

Eu estava sentindo dor na minha mandíbula, e um nojo inexplicável, o cheiro dele, o gosto dele. A cada momento em que eu movia minha boca e ele gemia de prazer, mais eu queria morrer. Mais eu queria vomitar e desaparecer dali.

Ele começou a acariciar meu rosto lentamente e jogou sua cabeça para trás, quando estava perto de gozar, isso me deu uma chance. Apliquei a injeção em sua perna. Era tão fina a agulha que ele mal perceberia, da mesma forma que fez comigo.

Eu tirei minha boca de seu membro e joguei a seringa vazia debaixo da cama. Senti ele gozar e acabou caindo no meu rosto, mesmo que aquilo não tivesse sido planejado, ele pareceu gostar, pelo menos uma pessoa ali gostou. Eu me levantei de uma vez.

— O que eu devo fazer agora, meu alfa?

— Lave sua boca — ele me encarou sorrindo — vamos fazer um passeio.

— A essa hora?

Ele assentiu. Eu fiz isso, eu o obedeci. Fui até o banheiro e lavei minha boca o mais rápido possível. Quando voltei para o quarto, ele estava colocando meu filho em uma cesta. Eu corri desesperadamente até lá. Arregalei meus olhos e toquei a cesta desesperado.

— Changyo! Meu filho... o que você está fazendo?

— Quer passear e deixar o bebê sozinho?

— Deixa que eu levo ele — peguei meu filhote nos meus braços e ele assentiu. Ele se virou de costas e caminhou na frente. Eu fui o seguindo, eu não tinha escolha, tinha que obedecê-lo.

Ele chamou Sojoon para vir com a gente e ele veio por trás de mim. Sojoon era quem tinha sequestrado meu bebê? Eu tenho uma marca de Changyo, se ele tivesse entrado na minha casa eu sentiria minha marca pulsar pelo "meu" alfa estar ali. E Changyo não se daria ao trabalho de entrar lá.

Nós estávamos caminhando para a floresta, ele ia me matar? O que eu ia ter que fazer agora? Como eu ia fugir? Nós caminhamos, meu filhote não havia acordado ainda, ainda bem. Nós paramos exatamente no lugar aonde Jimin e eu havíamos nos conhecido. O lugar aonde eu lavava as roupas de nossa avó. Ainda tinha essa, esse cara e eu tínhamos a mesma avó.

— Me dá! — Ele sorriu estendendo os braços para mim, mas eu afastei meu filho. — Me dá o filhote!

— Não! — Arregalei meus olhos desesperado. — Changyo, você prometeu. Eu vou ser bom para você, não faça isso com meu filho.

— Meu filho sobreviveu quando eu o joguei no rio, talvez o seu sobreviva também...

— Não — dei passos para trás, Changyo não podia ter me feito cair em sua armadilha de uma forma tão cruel. Ele não podia matar meu filho e me deixar vivo.

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