Eduarda

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Quando o Rael estacionou o carro lá na porta do hotel onde a desgracada estava hospedada, eu pulei do carro como se eu estivesse em um filme de suspense ou de ação policial pronta pra pegar um bandido. Eu não ia pegar um bandido mas eu ia acabar com a raça de uma golpista do caralho que estava articulando tudo para arrumar um pai para o filho dela e ainda arcar com os dinheiros e custos nas costas da minha família. Piranha. Eu entrei no hotel com o maior sorriso do mundo e a atendente me olhou — Em que posso ajudar?

— Eu sou amiga de uma das hóspedes — eu comentei e a mulher ficou com cara de "o que eu tenho com isso?".
— Hoje é aniversário dela e eu queria fazer uma surpresa, sabe?

— Eu não posso liberar sua entrada desde que a hóspede me libere, senhora — a atendente foi clara comigo. Eu puxei o cartão da minha bolsa e a mulher checou para ver se era verdadeiro. Era uma segurança precária mas eu agradeci por isso.

— Ela deixou o passe dela com você? — ela comentou e eu concordei com a cabeça. — Ah, se é uma surpresa de amiga você pode subir sim. Você tem o passe do quarto dela.

— Obrigada, meu bem — sorri para a mulher que deu um sorriso amarelo. Chamei o elevador e subi com o maior sorriso no rosto. Procurei pelo quarto da piranha e achei o mesmo, passei o cartão e entrei no quarto. Ele estava todo desarrumado e não tinha nem sequer sinal da piranha por ali. Eu dei uma checada nas coisas dela e não tinha nada que incriminasse ela por ali, o banheiro estava normal e o sinal que ela já tinha saído de lá por pouco tempo. Eu fui até a cama dela e deitei mesmo. Sou abusada pra caralho.

— Mensagem (2)
Rael: Estou aqui embaixo te esperando
Rael: Eu estou quase alugando um quarto pra gente ficar hoje rs
Duda: Aluga rs hoje eu quero comemorar no quarto ao lado dessa piranha
Rael: Não brinca, Eduarda.
Duda: Eu não to brincando. Manda a Giu ralar porque eu sou ciumenta para um treesome. Mesmo ela sendo minha amiga.
Rael: Hahahahahaha você me mata, garota. To no quarto ao lado te esperando então 🌝
Duda: 😉

Fiquei lá quase uma hora e o Rael já tinha até alugado um quarto ao lado da Rafaela para a gente. Hoje eu ia bater e transar. Rafaela abriu a porta do quarto e quase caiu pra trás quando me viu deitadinha na cama dela. Ela deu uns dois tapas para trás e tentou abrir a porta novamente mas eu fui mais rápida e levantei rapidamente bloqueando aquela porta. Minha mãe trabalhou em hotel por um tempo e eu aprendi a bloquear aquelas portas por dentro. — Você tá louca? Eu vou descer e falar que você tá invadindo meu quarto — ela tentou abrir a porta sem sucesso e eu dei uma risada.

— Ótimo. Eu desço e vou na polícia falar que você está me ameacando a divulgar um vídeo íntimo meu transando — eu suspendi a sobrancelha e ela me olhou — Você escolhe. Você paga uma multa enorme pra mim e eu vou ser expulsa do hotel apenas.

— O que você quer, Eduarda? – ela cruzou os braços e eu dei uma risada irônica. O que eu queria?

— Você que quer alguma coisa, piranha. — empurrei ela contra a parede e ela arregalou os olhos para mim. Sempre foi frouxa até mesmo não estando grávida e ainda mais com o rei na barriga como ela está. Aí sim que ela vai ser três vezes mais frouxa. Eu pisei em cima do pé dela e ela resmungou.

— Aí, Eduarda. Tá machucando — ela resmungou apertando os olhos e eu puxei o cabelo dela com força. O grito que ela deu foi alto que os outros hóspedes escutaram com certeza o gemido dela. — Você vão matar meu filho. Sua assassina!

— Seu filho nasce pelo cabelo, ô piranha? — eu puxei com mais força, enrolados na minha mão e com certeza ela perdeu fios daquele cabelo loiro todo quebrado e caindo os fios pelo chão e pela minha mão.

— Me solta, cara. Eduarda, você tá me machucando de verdade — Ela já chorava de dor e eu não senti pena. Não senti pena por ela e sim pela criança que estava na barriga dessa louca. Eu puxei ela pelo cabelo e arrastei até a cama dela. Eu taquei ela ali em cima sem desgrudar a mão do cabelo dela e puxava com mais força ainda. Nunca tinha batido em ninguém e ainda mais em grávida.

— Tá doendo? Nossa, morri de pena. — eu fui debochada enquanto ela se debatia. — Você não vai postar merda de vídeo nenhum e não vai ameacar minha família. Você tá ouvindo?

Ela não conseguia falar nada e só chorar de dor. Eu só estava fazendo massagem no cabelinho dela. Nada demais.

— Me solta, Maria Eduarda.

— Hm. Na hora de ameacar o Éric você foi a fodona mas na hora de me contar a verdade fica arregando dizendo que eu to batendo em grávida? — eu ri — Podre. Você é mais podre que tudo, garota.

— Eu vou postar esse vídeo só no ódio.

— Pode postar. Ouvi que na cadeia eles tem cela especial para grávidas, mas grávidas viu? Não quem tem lombriga mal cuidada na barriga. — eu debochei e vi que ela estava ficando vermelha demais. Longe de mim fazer ela parar no médico e perder essa criança. Eu soltei a mão do cabelo dela e ele caiu todo na minha mão. Todo não mas caíram vários bolos de cabelo na minha mão. Ela passou a mão e não sentiu o cabelo dela. Ela veio para cima de mim no ódio e eu empurrei ela de novo, subi em cima das pernas dela e meti um soco no meio da cara dela. — Vai, piranha. Não foi bom me fazer de idiota? De fazer de amiga pra sentar pro meu ex namorado? Vocês se merecem demais.

— Gabriel nunca te amou, idiota. Ele sempre me quis, sempre me desejou e quando transava comigo dizia que era assim que ele queria transar com você. Que você era inferior.

Eu dei uma risada — Graças a Deus. Porque vocês se merecem na linha de mediocridade.

Eu apertei o rosto dela com força enquanto ela se debatia. Meti outro tapa estalado no lado esquerdo do rosto dela e ela estava ficando vermelha demais. — Eu só estou aqui pra te dar um aviso, entendeu? Eu não quero que você ameace minha família. Quer postar o vídeo? Que se foda. Poste! Mas não ameace jamais minha família.

Eu saí de cima dela e sai do quarto muito menina. Como se eu estivesse dado apenas uma surpresa de melhor amiga pra ela. Bati no quarto ao lado e o Rael abriu o mesmo com um sorrisinho. Me puxou para dentro e cheirou meu pescoço — Escutei os gritos dela.

— Isso não foi nada. Ela tá grávida, eu tenho medo de quebrar ela no meio e fazer mal a criança.

— Você tá certa — ele cheirou meu pescoço mais uma vez e me puxou para perto. — Não sabia que minha mina era tão nervosinho assim.

— Sua mina? — eu perguntei, com a sobrancelha levantada e o coração batendo um pouco mais forte que o normal. Ele concordou com a cabeça.

— Sim, minha mina.

Ele me puxou para dentro e bateu a porta com o pé. Hoje eu só queria transar com o Rael e escutar os choros da Taiane no quarto ao lado. Só isso.

Me encantou demaisWhere stories live. Discover now