Rael

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Eduarda estava ao ponto de caçar a mina na praia e bater nela. As vezes eu fazia uns comentários zoando que a Eduarda levava muito a sério. Na real, era o meu jeito. Ela foi até a água para dar um mergulho e eu aproveitei para ir junto também. Ela foi entrando com receio no mar, olhei a cena e dei uma risada. — O que foi? Eu não sou acostumada com mar feito você, carioca. — ela debochou.

— Vem comigo — estiquei a mão para ela. Ela olhou meio receosa e eu dei uma risada. — Tá com medo de que? Que eu te afogue, pô. Relaxa e vem.

Ela me deu a mão e eu segurei na cintura dela colocando ela na minha frente. Ela foi afundando assim que chegamos numa parte mais funda do mar e as ondas quebravam na cintura dela. Ela entrava em desespero e segurava em mim. — Eu não sei nadar, Rael William. — ela resmungou — Se eu me afogar eu vou morrer.

— Segura em mim, pô. Vem cá! — eu puxei ela pela mão e colei nossos corpos. Seu olhar caiu dos meus olhos pra a minha boca. Eu dei um sorrisinho de lado e puxei uma das pernas dela em direção a mim, coloquei as pernas dela em volta da minha cintura enquanto encarava a boca vermelhinha dela. O sol batendo no rosto, o cabelo natural que deixava ela toda princesinha. Ela segurou nas minhas costas assim que a onda quebrou. Eu encarei seus olhos e depois sua boca. Seus olhos verdes vieram até a mim.

— Deu pra ficar me olhando, é? — ela perguntou com a sobrancelha erguida. Enquanto eu segurava suas duas pernas e ela segurava minhas costas. Ela estava no meu colo, no mar, para não se afogar.

— Você é linda! — eu fui impulsivo pra caralho. Ela ficou sem graça. — Você é linda demais, garota.

— Você não vai me comprar assim, Rael — ela segurou mais forte ainda minhas costas quando a onda quebrou na gente de novo. Qualquer um estava vendo que a Duda era super de fora do Rio porque ela gritava horrores quando a onda quebrava na gente e gritava que não sabia nadar. Eu dava risada, até as crianças davam risada da cara dela. Se ela não tomasse um caixote era impossível ela se afogar ali.

No impulso assim que ela me encarou de volta os meus lábios, segurei o cabelo dela e puxei o rosto dela para mim. Rocei nossos lábios e começamos um beijo lento. Suas mãos desciam e subiam minhas costas enquanto eu segurava ela para que ela não caísse. O beijo estava gostoso demais e a Eduarda nem estava mais se preocupando se ia se afogar, morrer, tomar caixote ou não. Segurei seu rosto enquanto beijava e tinha aquele gostinho gostoso de água salgada. Quando nos separamos a Eduarda ainda me olhava.

— Você é um cachorro — ela me deu um tapa nas costas e eu ri.

— Tampa a respiração. — Eu pedi e ela me olhou sem entender.

Ela tampou antes de pensar muito e eu afundei em uma onda que nós pegou. Subimos para a superfície e a Eduarda me deu uns tapas no braço e tossiu. Ela engoliu água. — Porra, Rael.

— Ah, fresca! — eu respondi com um sorrisinho.

— Quem é aquele cara com a Giulia? — Ela perguntou curiosa.

— Hm. Por que? — umedeci os lábios sentindo gosto de água salgada.

— Ele é bonito, pô. Pensei que fosse até rolo da Giu....

— Não — respondi — É um amigo dela.

— Pra segurar vela pra vocês? — ela riu — Por isso que você me chamou, né? Para eu ficar com o cara e você aproveitar com a Giulia.

— Não, não foi isso. Conheci o cara hoje, pô. Nem sabia que ele vinha com a gente... – respondi e ela mordeu o lábio inferior. – Além do mais eu não peguei a Giulia.

Ela segurou a risada como se fosse um deboche — Nicole viu vocês dois ontem, Rael. Para de gastar.

— Fofoqueira pra caralho — bufei. Odiava essa paradinha de fofoca. Sustenta a língua, caralho. – Giulia me deu um fora ontem e hoje, além do mais, acho que o negócio dela tá mais focado no meu irmão.

— Hm? — ela franziu a sobrancelha — Giu e João?

— Tu nao sacou as olhadas? – eu perguntei e ela negou – Você tá muito lentinha, Duarda.

— Você é muito malicioso.

— Ah, é? — eu segurei seu corpo e apertei sua bunda por de baixo d'água. Ela soltou um suspiro que já me fazia ficar maluco. Eu tava com uma vontade enorme da Eduarda desde quando acordei. Giulia era gente boa mas acho que pinta só amizade mesmo. — E você. — eu trilhei beijos pelo seu pescoço — É muito gostosa.

Me encantou demaisWhere stories live. Discover now