Capítulo 6

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Capítulo 3 - Grover de repente perde as calças

- Como alguém de repente perde as calças? - Percy Weasley questionou, sentado à mesa junto de sua família.

- Se as calças estiverem frouxas, ou alguém puxa-las. - Jorge respondeu rindo, sem deixar de imaginar tal cena acontecendo com seu irmão.

Hora da confissão: descartei Grover assim que chegamos ao terminal rodoviário.

- Que burrice! Grover não disse que estava protegendo ele? - um lufano exclamou alto.

- Mas ele não sabe do que está sendo protegido. - outro defendeu.

- Isso não significa que o certo é fugir. - um corvino respondeu na mesa ao lado.

Eu sei, eu sei. Foi rude. Mas Grover estava me deixando fora de mim, me olhando como se eu fosse um homem morto, murmurando: "por que sempre tem de ser na sexta série?"

- Pode ter sido rude? Talvez. Mas eu também fugiria. - Gina comentou.

Sempre que Grover ficava nervoso, sua bexiga entrava em ação, portanto não fiquei surpreso quando, assim que descemos do ônibus, ele me fez prometer que o esperaria e foi direto para o banheiro. Em vez de esperar, peguei minha mala, saí discretamente e tomei o primeiro táxi saindo do Centro.

- Ele devia ter feito como Grover pediu. - Molly Weasley comentou, aflita com o suposto perigo que o garoto corria.

- Cento e quatro Leste com a Primeira Avenida - disse ao motorista.

Uma palavra sobre a minha mãe, antes que você a conheça.
Seu nome é Sally Jackson e ela é a melhor pessoa do mundo, o que apenas prova minha teoria de que as melhores pessoas são as mais azaradas.

A maioria entendia o pensamento. Eles viram tanta gente boa sofrendo em vários aspectos, enquanto as pessoas ruins pareciam ter muita sorte. Mas o preço para aquela toda maldade havia chegado, e finalmente todos puderam ter paz.

Os pais dela morreram em um desastre de avião quando estava com cinco anos, e ela foi criada por um tio que não lhe dava muita bola.

Harry automaticamente sentiu simpatia pela mulher. Ele não sabia porque estavam lendo aquele livro, nem se tudo era de fato real. Mas ele conhecia o sentimento de ser indesejado, de não poder crescer com as pessoas que o amariam mais que tudo.

Queria ser escritora, assim passou o curso de ensino médio trabalhando e economizando dinheiro para pagar uma faculdade com um bom programa de oficinas literárias. Então o tio teve câncer e ela precisou abandonar a escola no último ano para cuidar dele. Depois que ele morreu, ela ficou sem dinheiro nenhum, sem família e sem diploma.

- Coitada dela. - alguém lamentou.

- Passou por tanto e no final ficou sem nada. - respondeu uma garota em outra mesa.

A única coisa boa que lhe aconteceu foi conhecer meu pai.

Algumas garotas suspiraram ao pensar que se tratava de um lindo romance.

Não tenho nenhuma lembrança dele, apenas essa espécie de sensação calorosa, talvez o mais leve resquício de seu sorriso.

Jason olhou espantado para a namorada.

- É possível?

- Eu não sei. Mas você sabe, dentre todos; ele sempre foi o que mais demonstrou se importar. - Piper respondeu.

Kingsley que estava próximo ao casal de semideuses, não pôde evitar ouvir e estranhar a conversa.

Minha mãe não gosta de falar sobre ele porque isso a deixa triste. Ela não tem fotografias.

Magia de Sangue - Livro 1_ cross HDO & HPWhere stories live. Discover now