Capítulo 8

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-Capítulo 5 - Eu jogo pinoche com um cavalo.

- Quando vai aparecer um capítulo em que a gente realmente entenda o título? - Simas questionou perdido com mais um início de capítulo.

Tive sonhos estranhos, cheios de animais de estábulos. A maioria queria me matar. O restante queria comida. Devo ter acordado várias vezes, mas o que ouvi e vi não fazia sentido, então adormecia de novo. Lembro-me de estar deitado em uma cama macia, sendo alimentado com colheradas de alguma coisa que tinha gosto de pipoca com manteiga, só que era pudim.

A menina com o cabelo loiro encaracolado pairava acima de mim com um sorriso afetado enquanto limpava as gotas de meu queixo com a colher.

Quando ela viu meus olhos abertos, perguntou:

- O que vai acontecer no solstício de verão?

- Será que ela não vê que ele acabou de acordar? - Padma Patil questionou.

- Annabeth sempre é ansiosa quando quer saber sobre algo. - Piper respondeu com um sorriso.

- Você a conhece? Como? - Cho perguntou confusa.

- Claro, ela é uma das minhas melhores amigas. - respondeu novamente Piper, deixando alguns confusos.
Muitos ali acreditavam que os fatos narrados no livro não passavam de uma estória, mas ouvir as palavras da garota misteriosa os despertaram para crer que tudo aquilo que fora lido um dia ocorreu. O que tornava Percy Jackson um garoto real.

Eu consegui resmungar:

- O quê?

Ela olhou em volta, como se estivesse com medo de que alguém ouvisse.

- O que está acontecendo? O que foi roubado? Nós só temos algumas semanas!

- Ele acabou de acordar obviamente não vai entender nada. - Padma disse.

- Desculpe - murmurei. - Eu não...
Alguém bateu à porta, e a menina rapidamente encheu minha boca de pudim.

Quando acordei novamente, a menina tinha ido embora.
Um sujeito loiro e forte, como um surfista, estava no canto do quarto me vigiando.
Tinha olhos azuis - pelo menos uma dúzia deles - nas bochechas, nas testas, nas costas das mãos.

- O quê?! - o espanto foi geral.

Quando finalmente voltei a mim de vez, não havia nada de estranho com o lugar ao meu redor, a não ser que era mais agradável do que eu estava acostumado. Estava sentado numa espreguiçadeira em uma enorme varanda, olhando ao longo de uma campina para colinas verdejantes à distância. A brisa tinha cheiro de morangos. Havia uma manta sobre as minhas pernas, um travesseiro atrás do pescoço. Tudo isso era ótimo, mas minha boca me dava a sensação de ter sido usada como ninho por um escorpião. A língua estava seca e pegajosa, e todos os dentes doíam. Sobre a mesa ao lado havia bebida num copo alto. Parecia suco de maçã gelado, com um canudinho verde e um
guarda-chuva de papel enfiado em uma cereja. Minha mão estava tão fraca que quase derrubei o copo quando passei os dedos em volta dele.

- Cuidado - disse uma voz familiar.
Grover estava apoiado no gradil da varanda, e parecia não dormir havia uma semana.

Embaixo de um braço, segurava uma caixa de sapatos. Estava usando jeans, tênis de cano alto Converse e uma camiseta laranja-claro com os dizeres ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE. Apenas o velho Grover. Não menino-bode.

Quem sabe não tive um pesadelo? Talvez minha mãe estivesse bem. Ainda estávamos de férias e tínhamos parado ali naquela grande casa por alguma razão. E...

Magia de Sangue - Livro 1_ cross HDO & HPWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu