- Nossa! Eu to todo arrepiado, olha só - eu ri quando um dos meninos esticou os bracinhos para mostrar seus braços.

- Mona... - não tinha reparado na garota que estava toda encolhida atrás dos meninos - ....tem uma parte que não foi contada.

- Ah sim?! - minha atenção ficou presa na garotinha - Conta pra gente qual é!

A garotinha havia se encolhido um pouco, visivelmente com medo e colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha começou: - o primogênito, para ser protegido, ele voltou para o ventre, mas de uma humana para poder sobreviver.

Ela fez uma pausa - o mesmo foi com o outro! Só que fazendo parecer que as mulheres que escolheram, fossem as mães verdadeiras, mas não são! A história tem duas versões, a que a Mona contou, e... - Ela engoliu a saliva - ....a versão que estou contando.

- Como assim Elisa??

- A história é verdadeira, mas nunca ninguém entendeu a história porque os filhos estavam desaparecidos. Por isso tem duas versões, a que foi contada e a que não foi.

O silêncio começou a pairar no ar e a única coisa que se conseguia ouvir era o som do mar e da fogo ardendo. Mas a história...é sóbria! Todos estavam em silêncio quando a garota olhou pra mim é abrio ligeiramente a boca, e seguindo o olhar dela, os outros também olharam e eu tinha a atenção de todos agora. A garotinha de repente começou a falar sem tirar os olhos de mim:

- O primogênito quando veio ao mundo, depois de 4 anos não tinha mais as suas memórias, pois havia as perdido em uma tragédia. O que ninguém sabe nessa história é que havia um assassino, ele ficou conhecido por matar todas as espécies de híbridos que existiam.

Então eu apertei os meus lábios e continuei a andar de novo. Sem prestar mais atenção a história, eu ando e vou subindo até algumas rochas e sentando na colina de areia, aceitando o vento acariciar meu rosto e meus cabelos sendo levados até as costas.

Por um momento me esqueci de tudo até sentir que não estava mais sozinha, tinha a meia lua como companhia.

Está tudo tão calmo, então eu fechei os olhos e comecei a chorar até me encolher abraçando meus joelhos sobre o meu peito deitada sobre a areia até pegar no sono!

Sonho/ lembrança

Eu me via de novo na época da escola, quando acenava para a Amy e seguia com os olhos o carro indo embora. Era o último ano do ensino médio e eu me sentia aliviada por me livrar desse colégio e das pessoas daqui. A medida que eu subia as escadas o sinal já havia tocado, entrei junto com a professora e sentei -me no meio, embora que ela esteja apenas sentada sem dar aulas, não estava encomodada. Tirei um caderno e o lápis. Eu tentava concentrar-me no desenho que estava a fazer, mas os cochichos dos garotos impediam-me. E eu estava a ficar mais encomodada e levantei o braço para pedir permissão para a professora se podia ir ao banheiro.

Quando me levantei e me dirigia em direção a porta, ouvi assobios e sentia os olhares queimando em minhas costas.

Pessimo dia para colocar jeans e uma blusa branca simples. Roupa que colava no corpo e o cabelo caindo em meus ombros!

Andava nos corredores, com os olhos presos no chão, de vez em quando olhava para as paredes. Andava tranquilamente até que parei de andar e olhei para os meus braços! Tentava manter a calma quando vi minhas veias sobressairem, ficando grossas como quase saindo do meu corpo. Então voltei a andar e cheguei no banheiro, ligando a torneira enchendo as mãos de água molhando assim o meu rosto e molhando a seguir os braços. Me tranquei na cabine e sentei -me na privada enquanto lidava com o silêncio até ouvir a porta a se abrir.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 05, 2019 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Impossivel Amar Você Onde histórias criam vida. Descubra agora